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domingo, 23 de março de 2003

Palhaço brigão
Era um quase-PA, mas era uma coisa na encolha. Nosso amigos em comum não sabiam de nada (nós combinamos que eles não precisavam saber e eu, pelo menos, não contei pra ninguém). Uma vez, marcamos um chope com estes amigos.

O palhaço chegou bem tarde, mas compareceu. Qual era minha intenção? Dar uns beijos na boca do bruto no final da noite e quiçá ir a casa dele! Humpf... O artista arrumou uma briga com uma amiga nossa, o clima ficou pesado na mesa e resolvemos sair todos na mesma hora.

Já na rua, de ânimo acalmado, ele ofereceu carona pra brigona. Não entendi muito bem porque, já que o caminho para a casa dele não passava nem perto da casa dela, mas, enfim, o cara devia querer se redimir da briga.

Como não adiantava eu pegar carona até a casa da brigona e ele não falou em me levar em casa, vim de ônibus.

Quando já estava de banho tomado pra ir dormir, o telefone toca. Era o palhaço lamentando não ter ficado comigo e propondo ir me buscar para passarmos a noite juntos.

Nem pensar! Eu estava ao lado dele, perto da casa dele e o palhaço não me chamou para ir lá! Sequer me ofereceu carona! Quando eu já estava no recesso de meu lar, ele queria que eu fosse pra casa dele? Ah, não, meu camarada... Devia ter tido mais culhão de se prontificar a me levar em casa e não ter pensado tanto no que os outros iam achar da oferta. Dormi na vontade, mas também fiz o palhaço amargar mais uma noite de punheta.

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