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sábado, 28 de junho de 2003

Palhaço de patente
Chegando no trabalho hoje, ?s 7h45, fiquei presa na catraca, que resolveu ?puxar? a alça da minha mochila da academia. No mesmo momento estavam chegando um dos engenheiro e um coronel que trabalha na segurança. O engenheiro, brincalh?o de renome na empresa e com um pentelhéssimo de intimidade a mais comigo que tal coronel, começa a falar:

? Ih, programaram esta catraca... Homem ela deixa entrar pra trabalhar e mulher, barra. Que negócio é esse?

O coronel, empolgado com a deixa, abre um sorriso e comenta cheio de bossa, achando que vai fazer sucesso:

? E mulher bonita!

Cara, que palhaço! Que intimidade ele tem pra fazer este tipo de brincadeira comigo e ainda mais na frente de outras pessoas? N?o cheguei a me sentir ofendida (tanto que escrevi outra vers?o deste post, mais contemporizadora, no meu blog pessoal), mas foi um comentário completamente desnecessário e t?o constrangedor que fez-se sil?ncio no elevador e todos rezamos para chegar logo o 3? andar.

quarta-feira, 25 de junho de 2003

Como s?o estranhos os homens que estranham, quando a gente vai embora sozinha...
N?o sei se já aconteceu com voc?, colega de trabalho, mas comigo já aconteceu mais de uma vez. Voc? conhece o palhacinho na boate e fica com ele. Chega a hora de ir embora e ele pergunta com quem voc? vai.

? Vou sozinha.
? Sozinha?
? É. Vou pegar um táxi.
? Jura?

O cara n?o acredita. Ele n?o consegue conceber que uma mulher vá sozinha pra casa, ainda mais de táxi. Pra mim isto é t?o normal que demorei a entender porque eles acham estranho. Eis a resposta: eles n?o v?o embora sozinhos. Só v?o embora com os amigos.

Mais de uma vez aconteceu de eu estar com o palhacinho e ele me dizer que tinha que procurar o amigo porque n?o poderia perder a carona.

? Como assim? Voc? n?o pode ir sozinho?

Geralmente eles n?o podem. N?o sei se é falta de grana ou de culh?o de ir sozinho, só sei que palhacinhos chegam em bando e v?o embora em bando e por isso estranham quando a gente entra no taxi e dá tchauzinho.

segunda-feira, 23 de junho de 2003

Palhaço Amarelão
Tempos de faculdade. Eu e uma amiga cantávamos em coro “V'ambora”, da Calcanhotto. Um palhaço, digo, um colega, viu nisso um quê de lesbianismo e insinuou que eu e ela tínhamos um caso.

– Ih, vocês duas... Sei não...

O engraçado foi que tivemos a mesma reação: constranger o bruto e não, defendermo-nos da calúnia.

Eu sentei do lado dele e languidamente falei:

– É, mas a gente anda tão sozinha... Você não quer se entrar na nossa brincadeira, não?

E minha amiga, que já estava do outro lado dele, também sussurrava ao seu ouvido:

– É! Não quer, não? Você bem que podia...

O palhaço ficou branco! Seu sorriso sarcástico e debochado murchou em dois tempos e ele mal conseguiu gaguejar:

– Pô, gente, que isso... Tava só brincando...

Nós também, palhaço. A gente sabia que, mesmo que quiséssemos, você não ia topar.

segunda-feira, 16 de junho de 2003

Literalmente palhaço
Homem é tudo palhaço só que em outro sentido.

Tenho um amigo que é muito requisitado pela mulherada. Uma delas resolveu pegar pesado a agir com viol?ncia para conseguir dele favores sexuais: trancou-o em sua casa e só o deixou sair depois do sexo. Quase um estupro, mas, verdade seja dita, n?o foi muito sacrificante para o meu amigo. O problema é que a mulher gamou e o cercava por todos os lados para conseguir uma segunda vez.

Cansado da brincadeira de ser caçado, meu amigo resolveu apelar. Chamou a mulher pra conversar e falou:
? Escuta, eu tenho uma coisa pra te contar.
? Fala.
? É meio chato, mas é verdade e eu acho que tenho que te contar a verdade.
? Ent?o, conta.
? É que... é que...
? Diz!
? É que eu tô saindo com um travesti.
? O QUE?!?!?
? É. Eu estou saindo com a Fulana de Tal, travesti que faz ponto perto do meu quartel (ele é militar).

Óbvio que a mulher tomou nojo dele e agora muda de calçada quando o v? na rua, mas segundo meu amigo foi a melhor saída, ainda que ele tenha colocado em risco sua reputaç?o de militar padr?o e pai zeloso de tr?s meninos.

domingo, 15 de junho de 2003

Nova enquete!!!

Pessoal a nova enquete já está no ar!!!

Votem e digam : quem se dá ao trabalho de esculhambar os comentários dos outros é...

quarta-feira, 11 de junho de 2003

Como tudo começou....
Outro dia tava falando do HTP com algumas amigas e veio à baila o in?cio. Como tudo começou...Achei q valeria a pena contar aqui, inclusive pra contextualizar o Palhaço Inspirador, ou Palhaço Original, o q serviu de inspiraç?o a esse maravilhoso circo, e cujos espet?culos circenses pretendo narrar aqui. Afinal, precisamos dar crédito ao bruto: sem ele nada disso teria acontecido!

Foi em janeiro de 2002 (como passa r?pido....)
Eu tinha me terminado um relacionamento looongo....Entre ficar, namorar e morar juntos, terminar, volta, brigar... foram 10 anos. Isso mesmo, amigos: assisti ao mesmo espet?culo por 10 longos anos da minha vida - de julho de 1990 a fevereiro de 2001. (esse ex n?o é o Palhaço Original, é o Palhaço Punk, do qual vou tratar no futuro).

Mas até ent?o n?o tinha reclamaç?es sobre os homens. Ap?s um per?odo de tristeza voltei a pista e n?o tava entendendo o comportamento dos rapazes. Ser? q eu tinha desaprendido as 'regras' do biscate, da paquera? Ser? q o mundo tinha mudado tanto assim nos ?ltimos 10 anos?

Desde q tinha me separado tinha tido 2 quase-namoros, v?rios rolos e biscatinhos. Com alguns até poderia ter evolu?do pra algo mais sério, com outros era s? beijar na boca e ser feliz mesmo. Mas por algum motivo q transcendia minha compreens?o esse ‘relacionamentos’ sempre terminavam mal, sem necessidade na minha opini?o.

Comecei a conversar com minhas amigas vi q as reclamaç?es eram sempre as mesmas. Fui expandindo minha pesquisa com outras mulheres, fora do meu c?rculo de amizades, pessoas com outros h?bitos, outras maneiras de viver e.....sempre a mesma coisa e as mesmas queixas, fossem jornalistas, advogadas, médicas, recepcionistas, donas de casa. Eu me perguntava “mas pq eles fazem isso?”. Ta certo q o mundo é estranho, disso sei h? tempos, mas mesmo assim eu n?o entendia. Apesar de Narinha sempre repetir q porquê é coisa q n?o existe, eu n?o me conformava. A cada novo relato eu pensava “Q palhaçada! N?o precisava!”. Um dia tava conversando com uma amiga e outra garota q ela tinha me apresentado e falei a frase “ent?o é isso mesmo, né? Homem é tudo palhaço mesmo!”. Pronto! Caiu a ficha: se a princ?pio eu achei q tinha desaprendido, depois conclu? q o “mundo tinha mudado” e agora, homem era tudo palhaço!
(hj em dia j? me descobri q o mundo n?o mudou – homem é palhaço desde q mundo é mundo. Eu q amadureci meu senso cr?tico, mas isso é assunto pra outro post....)

Até ent?o eu contava as palhaçadas no meu blog pessoal mesmo, o http://mundoestranho.blogspot.com, q me fazia muito feliz. S? q a partir dessa constataç?o (de q homem é tudo palhaço) tive a idéia do blog coletivo, j? q todas tinham as mesmas reclamaç?es. Convidei TODAS as minhas melhores amigas (12 no total). A idéia era justamente mulheres com vidas diferentes contando suas experiências e de suas amigas com os palhacinhos. Das 12, apenas 7 aceitaram, mas Isabela e Lilian nunca escreveram. Kelly respondeu q não se imaginava escrevendo num blog. Nathalia e FNovarino ignoraram o mail-convite. Marcela foi figurante por algum tempo: s? escreveu 2x. Tirei o nome dela, mas ainda pode postar se quiser. As donas do circo atualmente somos eu, Ana Paula, Nara e Vanessa.

Na verdade a inspiraç?o final foi de um rapaz q com quem eu tava saindo, o famoso “Doutor Trolol?”. Ele se comportava t?o bizarramente q superava a palhaçada. Acho q era maluco mesmo. Ele é o 'palhaço inspirador'. Era t?o esquisito, fazia coisas t?o inusitadas, desatenç?es e grosserias t?o inesperadas q resolvi dividir essas experiências com todos.
Detalhe: ele é (ou pelo menos era na época) orgulhos?ssimo de ser o Palhaço Original. Como sempre digo, o mundo é estranho.

terça-feira, 10 de junho de 2003

Palhaço na fila

Eu e minha amiga esperávamos a vez de sermos atendidas no balcão da lanchonete. Atrás de nós, três palhaços falantes. Aqueles tipos que "conversam" para todo mundo ouvir. Péssimo.

A tal lanchonete vende sanduíches em bisnagas, que podem ser servidas inteiras ou pela metade. Fiz o meu pedido, ela fez o dela, e em seguida mocinha perguntou ao palhaço (que trajava calça preta, camisa preta, gravata preta, cordão de prata, cavanhaque, rabo de cavalo e celular pendurado na cintura):

- Qual o tamanho (do sanduíche)?

Ele responde se achando incrivelmente "sagaz":

- 28 centímetros.

Os dois colegas dele morreram de rir. A mocinha, que fingiu não entender ou fingiu não querer entender, pegou um pão e começou a fazer o sanduíche.

É pra rir?

E essa obsessão com tamanho de pau?

Faça-me um favor. É melhor ser surdo a ouvir um troço desses.

quinta-feira, 5 de junho de 2003

O fim da cantada palhaça!
Confesso que tenho pudores de chupar (ou tomar, como queiram) picolé ou sorvete de casquinha na rua. Quase todas as vezes que tentei, fui brindada por uma cantada grosseira e agora só saboreio o doce no recesso de meu lar ou apelo para um de copinho. Mas agora tudo mudou! Roberta me enviou um email com respostas a 20 cantadas idiotas e entre eles estava a sensacional “Como eu queria ser esse picolé”. Ei-la:

Quando o palhaço vier na sua direção, sorrindo marotamente, gingando malandramente, se achando o “pica de ouro” e soltar a famosa frase “Como eu queria ser esse picolé”, você mulher já pode respirar fundo, abrir seu melhor sorriso e perguntar alegremente:

– Fresco e com um pau enfiado no rabo?

Eles merecem!