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quinta-feira, 28 de dezembro de 2006

A revolta das oferendas

Não sei se é o fim do ano se aproximando, não sei se tá todo mundo querendo fechar 2006 com o Carnê do Baú da Felicidade em dia, mas o negócio é que os palhaços estão frenéticos e as oferendas não param de voltar.

No meio da correspôndencia normal, e-mails dos leitores e mensagens de fim de ano dos amigos o que mais tô recebendo é contatinho de figurinha repetida querendo apresentar reprise de espetáculo. Ah, eles vêm via torpedos de celular também.

Lembram da novela dos palhaços sumidos que reapareciam? Pois é, reapareceram.

Primeiro foi aquele que marcou comigo e me deu bolo. Ele me ligou, ele me chamou pra sair, ele marcou hora e lugar. Ele apareceu? Não. Ele ligou pra pedir desculpas? Não. Duas semanas depois, eu tô eu saindo de um show e pego o celular pra mandar uma mensagem pra uma amiga que ficou em outro lugar. Havia uma mensagem. Pensei "Ih, a Alba Valéria já saiu".

Não, não era minha amiga Alba Valéria. Como se nada tivesse acontecido, o bruto me mandou um torpedo no meio da madrugada "Tá na Phunk??". Phunk é uma festa popular no Rio de Janeiro, que eu até já freqüentei em outros tempos, quando era no falecido Cine Buraco, depois só fui uma vez, mas achei que já não era a mesma coisa e talz, isso não vem ao caso...

Bom, o show começou às 2h e eu olhava o celular de vez em quando pra ver a hora. Logo ele me mandou o torpedo depois das 2h. Deve ter chegado na festa, não achou ninguém pra ficar e me mandou o torpedo. Como eu não tava na festa, não pretendia ir e, mesmo que estivesse, não pretendia ficar com ele, não respondi. Contatinho tem limite, né?

Por enquanto ele não apareceu de novo. Será que dessa vez a oferenda vai embora?

Amanhã conto outra.

quarta-feira, 27 de dezembro de 2006

Eu, leitora e empresária circense: clássicos!

O relato enviado pela leitora Dora conta outro espetáculo de palhaço indeciso: termina o namoro, mas quando sabe que a ex tá com outro dá pitizinho, se faz de traído, faz que quer voltar. Tolas as que caem nesse espetáculo.

Na sexta meu namorado (o palhacinho) disse que precisava de um tempo, na minha opinião não existe tempo em namoro, então terminamos... Fiquei puta da vida!!! No sábado resolvi sair. Fui numa festinha de um amigo meu, já tinha bebido bastante, tava só curtindo, quando um amigo, o XXX (melhor não citar nomes), veio dançar comigo, ele não sabia que eu era a mais nova solteira do pedaço, dançamos muito até rolou certo assunto:
- Sabe o que eu queria agora?
- O que?
- Te dar um beijo!
- ?
- Desculpa, esqueci que vc ta namorando.
Pensei no Palhacinho Namorado no momento e dei um beijo no XXX, e que beijo bom... depois expliquei que não estava mais namorando e curtimos muito o restante da noite.

No domingo o Palhacinho me ligou 9h da matina avisando que estava na porta de casa, levantei e fui atendê-lo. Ele veio com um papinho que me viram na festa com outro e ele queria saber se era verdade, pois preferia acreditar que não. Eu, morrendo de sono, só disse que a fila tinha que andar. E não é que ele quis dar piti comigo, fechei a porta na cara dele e voltei pra cama.

Vê se pode, o cara termina, e depois ainda quer exigir! Mais tarde o XXX me liga pra ir a um churrasco na republica dele, eu fui... estava lá dando uns beijos gostosos, e depois de um tempo quem chega, o palhacinho, ficou de longe só olhando, ainda bem que não veio fazer graça.

sexta-feira, 22 de dezembro de 2006

Palhaço ilusionista
Estava eu, leeenda de viver, dirigindo e cantando pelas ruas do Rio de Janeiro, quando avisto no meu lado direito um carro com um homem ma-ra-vi-lho-so ao volante. Fiquei encantada com a visão de seus olhos grandes, seu queixo furadinho e sua boca carnuda sorrindo para mim, mas a grossura da sua aliança na mão esquerda foi o que mais me chamou a atenção. Entretanto, o rapaz se mostrou um palhaço de múltiplas habilidades artísticas e fez o número do desaparecimento da aliança. Gente, o cara é bom! Melhor que Mister M ou David Copperfield. Ele levou sua mão para baixo e quando retornou com ela ao volante, a aliança não estava mais lá. A manobra durou milésimos de segundo e me deixou impressionada. Tanta destreza e habilidade só se conseguem com prática constante e exaustiva do número. Admirável sua dedicação. Palmas para o palhaço que ele merece.

quarta-feira, 20 de dezembro de 2006

Eu, leitora e empresária circense: clássicos!

"Em 2001, nós nos conhecemos na faculdade. Eu, com 18 anos recém completos e ele, com 21. Quase dois adolescentes. Começamos uma paquerinha na aula mesmo. Nunca tinha tido coragem de chegar em alguém, mas aproveitei minha nota boa na prova pra jogar um charminho no monitor (leia-se: ele) e dali descemos pra lanchar e conversar um pouco. Já neste momento, descobri que ele também era fã de Tom e Chico e prometi lhe emprestar um dos meus cds.

Foram poucos dias daquele momento até começarmos a namorar, não sem antes ter uma palhaçada. Sabe aquele segundo que antecede o beijo, segundo Herbert Vianna? Pois, neste segundo, eu escutei um tilintar que não soube ser de sinos ou uma cigana que se aproximava para ler o nosso destino. Já sentindo aquele frio na barriga, perguntei a ele que barulho era aquele. Segue diálogo:

Ele: - São moedas pra fulana!
Eu (mentalmente): Quem seria fulana?
Ele, apressadamente: - A sobrinha da minha namorada!
E mais apressadamente ainda: - Mas estamos pra acabar, tá tudo péssimo.

Confesso meu lado palhaço neste momento, mas se ele não a respeitou, por que eu faria isso, eu pensei. Tá bom, tem aquela história de que não faça com ninguém o que não queria que fizessem com você, mas eu estava apaixonada desde o primeiro dia de aula, e mais ainda depois da aula que ele havia dado. Paciência! Beijei o bruto, como dizem no HTP e mandei ver. Fiquei esperando o namoro oficial dele acabar e nada.

Ele freqüentava a minha casa como meu namorado, ou coisa parecida. Íamos pra sorveteria de mãos dadas - eu falei que era uma coisa adolescente e eu era meio nerd - congressos sempre juntos, apelidos recíprocos... Apesar de não tocarmos no nome dela e eu pensar que já era fato consumado, depois de dois meses, cansei. Queria alguém só pra mim e parecia que esse namoro dele não ia acabar. Na verdade, era ele quem eu queria, mas não daquela forma. Pulei do barco. Qual não foi a minha surpresa ao saber que a namorada oficial dele estudava com a minha vizinha e melhor amiga de infância. E pior, que queria me conhecer. Medo. Pânico. Terror. Tudo isso em letras maiúsculas. Fui, né? Eu tinha culpa no cartório mesmo. A menina foi um amor. Disse que o namoro estava realmente uma porcaria, apesar de ele ser o melhor namorado que ela já tinha dito, blá blá blá e que não tinha raiva de mim, e que até entendia porque ele tava se envolvendo comigo, já que eu era maravilhosa e devia estar dando a ele um suporte emocional que ela já tinha cansado de tentar. Resultado: depois da nossa conversa, ela também acabou o namoro com ele. E quem tinha duas, passou a não ter nenhuma.

Cada um seguiu seu caminho, eu e ela nos falávamos com certa freqüência, ele continuou a ir pra minha casa, mas como amigo da família e eles dois como bons amigos.

Cinco anos depois, tudo neste mesmo ritmo, terminei um outro namoro. Eis que, há dois meses, eu ligo pra ele a fim de conversar pra ver se ele me ajudava a conversar com minha mãe e minha irmã - as duas são loucas por ele e estavam de bico comprido pro meu lado - como AMIGOS que conseguimos ser durante todo esse tempo. "Ele está noivo. Estabilizado emocionalmente, pode ser que me dê uma mãozinha", pensei. Doce ilusão. Mal comecei a contar minha história, ele se saiu com um: "É, se eu fosse teu namorado, saberia como dobrar tua mãe, ela é osso duro de roer. O teu ex deveria ter tido mais jogo de cintura"... "Ah, mas só quem convive com a tua mãe sabe como ela é... tu lembra que a gente sempre podia fazer isso ou aquilo?" (risadas ao fundo). Pensei: "Ah, Pedro Bó, isso é época de tu me dizer isso? E vem fazer inveja agora? Só porque tu tá noivo de outra". Deixei...

Conversa vai e vem, o menino começou a se declarar. Isso mesmo, declaração... Dizendo que tinha que me deixar namorar (?) para poder esquecê-lo (?), mas que eu sempre estive nas lembranças dele. Que ele freqüentava minha casa por não conseguir parar de me ver, saber como eu estava. Ao questioná-lo sobre as razões pra ele vir pra cá e mal conversar comigo, escuto um "Eu tinha que te ver, saber como você está, mas não podia chegar perto, pois tinha medo de não me agüentar. Teu toque, teu abraço, por mais amistosos que fossem, me deixavam quase sem autocontrole".

Perdi o chão... de novo! Minha paixão adolescente me dizia tudo que eu sempre quis ouvir. Com cinco anos de atraso. Tudo. Ah, isso não se faz. Isso foi só uma parte pequena do que eu ouvi. A parte publicável, digamos assim. Me esqueci de mim no beijo que ele me deu. Assim, no meio do povo, como se não tivesse mais ninguém no mundo. Tava bom demais, né? Sabe como eu acordei do beijo que ele me deu? Com ele falando: "Ai, você não mudou nada, teu cheiro, teu toque no meu pescoço, teu beijo continua uma delícia. Ah, uma coisa mudou sim: o tamanho dos teus quadris e isso é bom, muito bom". Apesar de eu ser uma falsa magra, quem merece?

Enfim, após juras de amor (secreto) eterno, nos despedimos depois de relembrar tudo que já havíamos vivido. Passamos a tarde toda e o começo da noite juntos. Ríamos como crianças lembrando das nossas presepadas durante o nosso namoro. E olhe que nós aprontamos muito.

Cheguei em casa um pouco acima das nuvens, sonhando com toda a nossa história, me sentindo um pouco menos carente e com parte dos meus problemas aparentemente resolvidos. Acordei no dia seguinte com uma mensagem no celular: "Dormiu bem ou não?". Comecei a ouvir o cd que havia emprestado a ele anos atrás e lembrei que havíamos prometido colocar o nome da nossa primeira filha o de uma música que nós gostávamos muito. Respondi a mensagem dizendo que dormi como há muito não fazia. E que estava ouvindo o cd e se ele lembrava da promessa. Imediatamente, recebi a resposta: "Sempre que ouço a música, lembro". Voltamos a nos falar com mais freqüência, nos encontramos no final de semana seguinte para resolver uma historinha dele.

Depois disso, não nos vimos mais até terça-feira. Mesma lenga-lenga. Antes disso, eu ligava pra conversar, saber o porquê de ele ter me dito tudo aquilo, mas ele sempre tinha uma desculpa diferente. Queria que fosse, ao menos, uma história com começo, meio e fim. Não digo que agora tá doendo, mas, às vezes, incomoda. Onde ficaria esse amor todo que ele disse nutrir ou ter nutrido um dia por mim?

Não sei se ficar sem saber disso tudo teria sido melhor. Talvez sim. Li no orkut dele que ele vai se casar em setembro. Simples e clássico assim. Como diz o ditado popular: Um é pouco, dois é bom, três é demais. Minha paciência com ele e o e-mail acabam por aqui".


Palhaçada enviada pela leitora Isa. Depois disso a moça entrou para a comunidade Odeio homens Jason.

segunda-feira, 18 de dezembro de 2006

Atitude palhaça: coçar o saco
Os pentelhos te incomodam? A cueca aperta? A calça jeans esquenta? Problema é seu! Vá a um banheiro e alivie-se. Eu é que não tenho que ficar vendo a cena grotesca de você levar sua mão entre as pernas e enchê-la com seu saco grande e seu pau pequeno até ajeitar tudo da melhor maneira possível. Já viu alguma mulher coçando a buceta na rua? Então, por que a gente tem que ver homem coçando o saco a torto e a direito por aí?

sexta-feira, 15 de dezembro de 2006

Palhaços fora-da-lei

Como todos sabem, o metrô disponibiliza carros só para as mulheres nos horários de rush. E é claaaro que sempre tem um ou dois palhaços que entram nesses vagões nos intervalos proibidos.

Viajei em um desse carros pela primeira vez na semana passada. É impressionate como o ambiente parece muito mais civilizado. Na hora de saltar, por exemplo, não precisei atravessar uma parede humana antes de quase perder a estação. As mulheres não ficam paradas feito estátuas nas portas dos vagões como os homens. Já na plataforma, dei uma olhadinha em direção ao carro ao lado só para tirar a prova dos nove. A quantidade de pessoas era quase a mesma, mas no vagão dos homens, lá estavam eles, bloqueando a passagem como se fossem os donos do pedaço. Deve ser complexo de porteiro.

Mas voltando aos palhaços que insitem em andar no vagão que não lhes pertence. O que será que passa na cabeça deles? Sempre fico me questionando. Será que são tão retardados a ponto de não perceberem que estão no carro errado ou simplesmente intencionam impor sua presença como protesto a uma lei que acham desnecessária? Nas duas hipóteses, só provam uma coisa: são palhaços! Outro dia, um deles foi convidado a se retirar pelo segurança do metrô. Hahaha, adorei!

Na boa, se é lei tem que respeitar. Além do quê, não é uma lei idiota como tantas que existem por aí. A medida veio bem a calhar. Nada mais nojento do que andar espremida num coletivo feito sardinha em lata com um bando de caras xexelentos e muitas vezes tarados. Fiquei horrorizada com o relato de uma amiga que disse já ter saído do ônibus com uma gosma nas pernas quando era do ginásio e voltava da escola. Advinha o que era? Nem precisa dizer, né? Por essas e outras é que os homens merecem mesmo ser segregados. Quando eu virar política, penso até em estender a medida. Que tal horários reservados para as mulheres nos bancos? Ou então, um ônibus todo cor-de-rosa só para as mulheres? Nesse caso, acho que até abriria uma exceção: uma porcentagem pequena de homens poderia entrar, mas só os que fosse parecidos com o Gianecchini. Que luxo!

quarta-feira, 13 de dezembro de 2006

Eu, leitora e empresária circense

Sim, amigos, hoje é dia de relato das leitoras. Escolhi essa pois me identifiquei, já assisti a um espetáculo bem parecido, talvez eu até já tenha postado aqui, não lembro mais.

Durante a faculdade tinha um colega que era até gente boa, namorou uma menina da turma, tipo assim, pra mim não fedia nem cheirava - nosso relacionamento era aqueal sociabilidade básica de cálegas de classe. Nos formamos e não nos vimos mais. Passados alguns meses, tô eu no meu trabalho e chega um e-mail do bruto. Estranhei e abri. Ele dizia que eu era muito legal, muito gente boa, que não queria perder o contato comigo e talz. Aí sugeria que marcássemos algo como "um cinema, um chope, olhar as estrelas ou algo mais", não lembro as palavras exatas, mas era algo desse naipe. Lembro o do "olhar as estrelas ou algo mais".

Achei totalmente sem noção e não respondi. Dois dias depois chega outra mensagem da criatura. Curto e grosso, perguntava "Custava responder?". Achei mais sem noção ainda e comentei com a Ana Paula. "Ih, a fulana recebeu um igualzinho dele", caiu na gargalhada. Fulana é gay. Começamos a perguntar pras outras colegas de turma e descobrimos que ele mandou o mesmo e-mail pra várias garotas da turma, só mudando o nome da destinatária. Êita falta de noção e critavidade, hein?

Pois é, abaixo o espetáculo relatado pela leitora RR. Os dois palhaços devem ter estudado na mesma escola.


Palhaço sem criatividade - só sabe fazer um espetáculo

Desde muito tempo sempre passava na rua que moro e ficava flertando com um carinha bem gatinho, trocávamos olhares, passávamos um pelo outro, virávamos a cabeça, mas nunca rolou nem um assunto. Volta e meia nos esbarrávamos pela Lapa mas ele é tímido demais e eu também não chegava.

Um belo dia estava num shopping com uma amiga e o vi passando com um amigo. Entramos numa loja e os dois ficaram passando toda hora na porta, até que o amigo entrou e me entregou um bilhetinho com o nome e telefone do palhaço. Passaram-se uns dois dias e resolvi ligar. Ele disse que tinha uma paixão platônica por mim mas era tímido e tal...

Chamei o cara pra sair e ele pediu meu endereço dizendo que queria deixar algo que fez pra mim. Desconversou sobre o convite pra sair... No dia seguinte peguei um envelope na minha portaria e dentro tinha uma linda carta de amor e um cd com musicas românticas. Fiquei toda boba, achando que tinha achado o palhaço da minha vida, porque além de bonito e apaixonado por mim, era um romântico, sensível.... Sim, eu era jovem e tola. Humpf.

O cara sumiu!! Nunca mais o vi na rua, nunca mais me ligou. Resolvi ligar e disseram que ele havia viajado. Estranho, mas tudo bem. Depois de quase 1 ano, vi ele na rua novamente e ele não falou comigo, passou direto. Resolvi ligar e saber o que se passava. Ele disse que viajou pra fora do país, foi fazer um curso, que pensou em mim, sentiu minha falta, etc. Mas então por que não ligou, escreveu, mandou um sinal de fumaça? Pois é.

Disse a ele que eu estava estudando em tal universidade e ele disse que tinha uma grande amiga que estudava lá e falou o nome dela. Nunca mais nos falamos.

Eis que um dia estava eu sentada assistindo na aula e uma menina ao meu lado escrevia o nome dela na lista de chamada, quem era a menina???? Sim!!! Era exatamente o nome que o palhaço havia citado! Não me contive e perguntei à ela se conhecia um cara assim e assado... ela disse que sim, e vimos que se tratava da mesma pessoa. Ela me disse que ele conheceu ela na faculdade, mandou cartinha e cd gravado e sumiu! Fiquei chocada e contei o que havia feito pra mim, exatamente a mesma coisa!

Rimos muito do cara e no outro dia trouxemos nossos presentinhos pra comparamos o mais bonitinho. Não havia comparação! A única diferença era a data e o nome da otária! As mesmas músicas e mesmas palavras... sem por nem tirar nada! Moral da história... no dia seguinte compramos um belo buquê de flores e mandamos pra casa dele com um cartão assim... Você é muito criativo! Ass. Eu e Ela...

Hoje em dia ainda o vejo pela rua, mas o palhaço passa direto por mim, finge que não me conhece!!

segunda-feira, 11 de dezembro de 2006

Palhaço Gene Kelly ou Palhaço italiano maratonista

Relato de uma amiga via e-mail:

É engraçado como é só falar que somos brasileiras que o tratamento muda.

Estava morando na Itália em 1998 há um mês quando um cara na minha rua me abordou.
Detalhe importante: tenho nome italiano, cara de italiana e me vestia igual a uma italiana...
O cara puxou papo comigo no meio da rua. Não era de se jogar fora, mas como na Itália os homens são maravilhosos do lixeiro ao motorista de ônibus, confesso que não me interessou desenvolver uma relação de afeto com ele visto que a oferta lá era bem melhor. Eu tinha 18 anos e era apaixonada pelo meu namorado no Brasil.

Como sou educada, me limitei a responder às perguntas embora não tenha parado para conversar. Continuei subindo a ladeira que morava e ouvindo mais o cara do que falando, pois meu italiano era péssimo. Ele disse que me via há um mês andando pela vizinhança e queria saber quando havia me mudado.

Continuei andando apressada e ele veio me acompanhando. O local era movimentado. Eram 16h, mas como chovia horrores e estava frio parecia que eram 18h. Eu carregava um álbum grande de fotografias abraçado junto ao tórax com uma mão e com a outra segurava um guarda-chuva. Nunca vi alguém tentar fazer amizade ou estabelecer qualquer outro tipo de relação com outra pessoa no meio da chuva. É isso mesmo. O cara resolveu puxar papo comigo no meio da chuva quando eu subia uma ladeira até minha casa. Dava até para fazer um esquete com o título “Cantando na chuva”.

O Genne Kelly continuou o seu monólogo e quando notou que eu não era italiana e, principalmente, soube que vinha do Brasil, ficou mais animadinho. De fato os olhinhos brilharam. Eu estava perdendo a minha paciência até que lê disse algo que não entendi e me agarrou no meio da rua. Foi isso mesmo. O palhaço me agarrou no meio da rua debaixo de chuva. Será que ela achou que eu me apaixonaria por ele com este ato de coragem?

A cena foi ridícula. Eu estava com as mãos ocupadas e a única coisa que me veio na hora foi bater nele com o guarda-chuva. Eu segurava o álbum e espancava o cara com o guarda-chuva. Enquanto eu batia nele, as pessoas nos olhavam e riam. É isso mesmo. Eu estava sendo atacada por um palhaço italiano e as pessoas achavam engraçado. Na Itália é bem comum casais brigarem no meio da rua. Provavelmente as pessoas acharam que era isso.

Quando o guarda-chuva estava destruído, eu subi a ladeira correndo. Ele não desistiu e correu atrás de mim. Fiquei apavorada. Eu usava bota e roupas pesadas e ainda carregava um álbum enorme, mas não parava de correr e o cara na minha cola. Aquilo já passava dos limites e agora eu estava com medo que ele quisesse revidar a agressão. Já imaginava as manchetes “Brasileira é espancada no norte da Itália depois de recusar cantada”. Ele só ficou para traz quando atravessei uma rua perpendicular com o sinal aberto e ele não conseguiu passar e quase foi atropelado.

Continuei correndo até chegar em casa e subir as escadas do prédio. Entrei esbaforida e fechei a porta. Colei as costas na porta e me agachei para descansar. Eu não consegui nem respirar direito. Minha prima me viu sentada com as costas na porta de entrada do apartamento abraçada com o com o álbum de fotografia e com um guarda-chuva em pedaços na outra mão e perguntou o que havia acontecido. Eu demorei 20 minutos para me recuperar. Agradeci minha boa forma da época e morri de rir com o ocorrido.

domingo, 10 de dezembro de 2006

Espetáculo repetido

Uma oferenda devolvida me ligou outro dia, tipo pra fazer contatinho. Perguntou onde eu tava e disse que tá do outro lado da cidade, mas pensando em mim e em ir pra Lapa me procurar. Avisei que não tava na Lapa, mas tava perto e pretendia terminar a noite lá (como sempre). O Palhaço enrolou e depois disse que não vinha não. Então ligou pra que? Só pra saber da minha disponibilidade ou pra exibir pros amigos seus contatinhos telefônicos? Palhaço.

Seguindo o segundo ato do show, o pândego me chamou pra sair no dia seguinte, disse que tava com saudade, que queria me ver e talz. Esse é o espetáculo clássico dele. Liga sempre dizendo que quer me ver, me chama pra sair, combina algo. Só que nunca é praquela hora, é sempre pro dia seguinte. No dia seguinte ele some. Eu já me divirto, falo "tá, então amanhã você me liga pra confirmar". Jacaré liga? Nem ele. Qualquer diz vou perguntar por que ele me procura e diz que quer me ver se não pretende me ver e se eu não o procuro. Ele vai enrolar e dizer "Que isso, Robertinha" e uma lenga-lenga qualquer. A resposta verdadeira e impronunciável eu sei que é "ligo pra marar território e fazer contatinho, caso algum dia eu queira te comer". Pobrezinho, tão previsível.

Esse espetáculo é tão manjado que nem valeria o post. O sensacional foi a pérola que bruto mandou, sem a menor vergonha na cara. Depois de dizer que não ia dar pra vir pra Lapa (então pra que ligou dizendo que tava pensando em ir pra lá me procurar?) pergunta o que eu estou "aprontando". Sim amigos, ele mandou "E o que que você tá aprontando aí, hein?". Ele é pândego, eu também sou.

– Tô aqui curtindo um sambinha, tomando uma cervejinha gelada e batendo papo com minhas amigas.
– Ah, bom. Só com as amigas, né? Mas não vai pegar ninguém, hein?

É, bem, desculpe querido, mas essa frase não está no roteiro.

Como assim "não vai pegar ninguém, hein"? Ele me ligou chamando pra sair e desistiu. Eu não perguntei onde ele tava, com quem tava, porque ligou ou insisti para que viesse. Muito menos pedi pra ele não pegar ninguém já que não vinha! Nunca perguntei quem ele pega ou deixa de pegar!

Tá, eu sei que foi uma frase "retórica", mas mesmo sbaendo disso sou obrigada a dizer: Palhaço!

quinta-feira, 7 de dezembro de 2006

Atitude palhaça: falta de compromisso

Não é medo de se relacionar. É medo de assumir compromisso mesmo. O cara “sai” com a mesma menina durante meses, mas nada de assumir namoro.

– Quem era no telefone? Sua namorada?
– Não. É só uma amizade... Assim, sabe?

Uma amizade que dura meses, talvez anos. Uma “amiga” para quem ele liga todos os dias para contar o que houve no trabalho; uma “amiga” que o atura nas crises de depressão, rinite, tendinite; uma “amiga” com quem ele vai ao cinema todo domingo, uma “amiga” que dorme na casa dele e faz um pene ao pesto com ninguém! Mas é só uma “amiga”.

Pior que não assumir namoro, é não assumir casamento.

– Você é casado?
– Não. Moro junto.

De onde eu venho “morar junto” é a mesma coisa que casar. Pode não o ser tecnicamente falando, mas na prática é a mesmíssima coisa. Requer os mesmos compromissos e traz embutido os mesmos ônus e bônus da vida a dois. Infelizmente, o cérebro masculino não entende os dois termos como sinônimos.

Palhaçada. E imaturidade das grandes esse negócio de não assumir compromisso. Será que o palhaço pensa que a “amiga”, imediatamente após ser nomeada “namorada”, vai sacar um par de alianças, firmar noivado e marcar o casamento pro mês seguinte? E quem disse que a menina quer casar com o palhaço?!?!?

Quem será que ele pensa que engana com esse papo de “morar junto”? És casado, palhação!

quarta-feira, 6 de dezembro de 2006

Eu, Leitora e Empresária Circense

Na segunda semana da nossa sessão de relatos enviados pelas leitoras vamos a um espetáculo internacional. Provando que homem é tudo palhaço, não importanto a idade, profissão, escolaridade ou localização geográfica, vamos a uma palhaçada argentina.

**************

Aí eu fui fazer o exame médico obrigatório da academia, que o do ano passado venceu. Entro. O médico, um careca, entre 30 e 35 anos.

Começo a preencher uma ficha, ele pergunta meu nome e minha nacionalidade, eu respondo. Ele pergunta minha idade, quanto tempo faz que estou aqui, por que vim. Ok, normal. Respondi sorridente: quatro anos, minha mãe veio trabalhar aqui e vim com ela. Agora trabalho também.

– Soltera, casada, con hijos? – Fo-deu. Quando um argie pergunta isso, batata, ele quer o seu corpo.
– No, soltera.
Ele faz uma cara de surpreendido. Insiste.
– Nada, nem marido, nem namorado?
– Nada.
– E por quê?
Ok, isso não tem a ver com o exame médico. Se tenho namorado ou deixo de ter não vai influir no meu eletrocardiograma nem se estou apta a fazer ginástica. Alguma coisa ali estava errada.
– Pois é, não sei...

Calma. Vai ver ele quer ser simpático. Tá só criando assunto. Tudo bem. Mas aí veio a primeira pérola: "AS BRASILEIRAS NÃO NAMORAM, NÉ"?

Não, Pedro Bó. Só damos a bunda por aí. Pra qualquer um. A qualquer hora, em qualquer lugar. Vivemos em uma eterna orgia, ao ritmo do samba e tomando caipirinha. Fechei a cara e falei "sim, namoramos, mas não sei o que acontece."

Aí ele tinha que fazer eletrocardiograma em mim. Pediu pra eu baixar a parte de cima do vestido e tirar a blusinha de baixo. Ok, normal, exame médico, fazer o quê. O cara tá se engraçando mas ao mesmo tempo tá me examinando, o que se há de fazer.

Tô eu lá deitada, de sutiã, um momento de fragilidade. Ainda mais nessa situação um tanto estranha. Ele me passando um gel, colocando os trocinhos da máquina, as mãos perigosamente perto dos meus peitos. Calma, tá tudo bem. É só não olhar pra cara dele, fazer cara de paisagem, faz de conta que não estou de sutiã e que ele não falou nenhuma merda. Só que aí o cara me solta: "es verdad lo que dicen, que las brasileras son más... más... más..."

Pronto. Ele vai falar "melhores na cama". "Putas". "Gostosas". Certeza. Já sei, quatro anos aqui, sei muito bem a fama das brasileiras. Ele está procurando um eufemismo pra "vagabunda" na cabeça dele. Aposto. Babaca, que puta babaca.

Interrompo: "sí, más simpaticas, no?". Eu tentei. Até o último instante, eu tentei. Mas ele: "NO, MÁS ... EEEHHH... MÁS LIBERALES".

Ainda disse que estava me perguntando isso porque nunca tinha falado com uma brasileira. Meu, se eu estivesse num bar, ok, ele não deixaria de ser um imbecil mas pelo menos eu daria uma resposta atravessada e sairia andando. Não, era um exame médico, ele era um médico, ele nunca tinha me visto na vida e em dois segundos estava me perguntando se las brasileras eran más... más... más... eeeehh... más liberales. Ainda por cima ficou procurando a palavra, sabem? Idiota.

Fechei mais ainda a cara e disse, meio curta e grossa: "no, no es verdad. É a mesma coisa que dizer que todo argentino é metido, que é a fama que vocês têm no Brasil. E isso não é verdade".

Nem entendi direito a resposta do cara, ele resmungou algo tipo "é, realmente", e calou a boca. Acho que se tocou. Meio tarde demais, não acham?

Terminou, pus minha roupa, falei gracias e fui embora. Nem olhei pra cara do infeliz.
Liguei pra uma amiga, também brasileira, pra contar o sucedido. Ela, mais barraqueira que eu, disse que eu tinha que voltar lá e denunciar que tinha sido assediada sexualmente. Achei que não era pra tanto, mas gostei da idéia de voltar lá. Isso não podia ficar assim, o cara foi muito imbecil. Volto. Chego pro cara da recepção: "olha, eu não quero confusão, não quero brigar, nem discutir, nem fazer escândalo. Só peço, por favor, que vocês falem pra esse médico que tá atendendo agora que, da próxima vez que ele atender uma brasileira, que não faça perguntinhas idiotas."

Mereço?


Palhaçada enviada por Djones

terça-feira, 5 de dezembro de 2006

Bom, depois desse momento "Educadora de Palhaços", explico o motivo. Além do desnecessário "Número do Desaparecimento" ser um clássico recorrente, soube de um essa semana que (quase) me chocou. Se eu não fosse uma Dona de Circo escolada ficaria obnubilada.

Uma amiga minha tava saindo com um carinha. Tavam no maior grude, ela dormindo direto na casa dele, se vendo sempre. Ele ligava todos os dias, ia buscá-la no trabalho, construía castelos. Ela até tentou ir mais devagar, mas foi levada na pressão.

Eis que, de repente, sem aviso nem mudança no comportamento, ele sumiu. Uma semana desaparecido. Reapareceu casado. Pois é, dileta audiência, é isso aí. Ela vai escrever a história com riqueza de detalhes sórdidos, mas eu estava indócil pra contar.

*********

Lembrei de outro palhacinho que outro dia reclamou de eu não ter ligado depois que ele sumiu. "Quer dizer que eu não apareço e você nem pra me ligar? Pra me procurar? E se eu tivesse sido atropelado, seqüestrado?". É um pândego, não é? Legítimo artista circense.

Babe, vocês nunca morreram, foram seqüestrados, abduzidos, atropelados, estão em cárcere privado, presos a uma cama de hospital, impedidos de nos contatar. Estão lépidos e fagueiros por aí, flanando na pista, armando circo e protagonizando novos espetáculos. Posso relevar o sumiço se assim me convier, mas ficar preocupada? Rárárárá! No meu picadeiro esse espetáculo não tem mais audiência.
O clássico do desaparecimento

Definitivamente o "Número do Desaparecimento" é o maior clássico circense. Clássico e desnecessário. Alguém disse nos comentários que os homens somem para não dizer que enjoaram da gente/encontraram uma mais gostosa. Bom, não é preciso dizer isso assim. Sinceridade nesses termos já descamba para falta de educação, justamente nossa maior queixa.

Assim como não é preciso dizer "cansei da tua cara/já te comi o suficiente", se este é o caso, também não é preciso dizer "você é maravilhosa", "vamos sair amanhã", "estou com saudade", "te ligo amanhã pra combinarmos de nos encontrar", "nos encontramos tal hora", "nos vemos no sábado" e coisas do gênero.

Se não está a fim, se não está empolgado, se não sabe se vai querer sair, pra que diz que está, que quer, que deseja? Não pedimos muito, apenas ser tratadas com educação. Não necessariamente precisa haver envolvimento, compromisso, namoro. Pode acontecer, mas também pode não acontecer. Às vezes nós até queremos, mas noutras nem nós queremos.

Se estamos gostando de estar ali, o cara é uma boa companhia, é divertido e gostoso, se rolar outra vez vai ser bom, se não rolar, vida que segue. Somos todos adultos e estamos preparadas pra isso. Só que o cara começa a dizer que-isso-que-aquilo. A princípio não levamos a sério, mas algumas vezes acabamos nos empolgando. Vem cá, meu bruto, pra que isso? Pra que construir castelos pra depois desmoroná-los? Não é preciso construir um castelo pra comer a princesa, ela quer dar.

Só pedir o telefone e não ligar não chega a configurar palhaçada. Quero crer que, na hora que pediu o telefone, ele achava que ia querer ligar ou, não tendo certeza, achou melhor pedir pra caso quisesse ligar. Tudo bem. Na hora que dou meu telefone pra alguém acho que vou querer atender a ligação e ver o bruto de novo, mas também acontece de, no dia seguinte, eu mudar de idéia. A questão não é essa. O que configura espetáculo circense é o cara ligar, marcar e...não aparecer. Se não está a fim, não marca nada. Se marcou e mudou de idéia, apareceu programa melhor, quer cortar a unha do pé...liga avisando. Não tem coragem de ligar? Manda um torpedo pelo menos.

Sim, já estamos escoladas, já imaginamos que o bruto pode não aparecer, já não levamos muito a sério empolgações precoces. Não, não ficamos plantadas esperando em casa, temos outros compromissos, outros programas, outros amigos. Ainda assim, avise que o combinado não tá mais valendo.

Exigimos ser tratadas com educação, a básica. Pra começar já basta.

segunda-feira, 4 de dezembro de 2006

Noite pródiga em palhaços

Tô eu em mais uma roda de samba da vida. Tinha trocado uns beijos com um palhacinho lindinho e tamos conversando enquanto tomamos uma cervejota. Sei lá como surgiu o assunto, mas comentei que gosto muito de cerveja. "É, reparei que você tem uma barriguinha de cerveja". Hein? Como assim? Olhei o bruto e disse "É tenho sim. Não sou gente de plástico".

– Ficou chateada? não fica não! Só comentei. Você é linda.
– Achei um comentário indelicado, mas também azar o seu. Ficou comigo porque quis.
– Não! Eu gosto. Mulher não pode ser perfeita, tem que ter uma barriguinha. Eu também tenho barriga – nisso levantou a camisa pra me mostrar a suposta barriga. Um tanquinho sequinho perfeito. Só pode ter sido pra me humilhar.

****

Palhaço vai, palhaço vem, outro veio me dizer que fez um MBA numa famosa e respeitada instituição. Olhei pra cara dele e respondi "Eu vendo Avon".
– Mentira.
– Mentira nada. Olha, e tenho um complexo anti-olheiras que seria ótimo pra vc.
– Você tá de sacanagem com a minha cara.
– Tô não. Mas olha, só vendo Avon. Natura não que eles fazem testes em animais e sou militante da causa animal.
– Mentira, eles são tão ecológicos.
– São nada! São sórdidos!
Nisso emplaquei meu discurso anti-vivisecção. Claro que o palhaço vazou com medo. ;)

****

Palhaço vai, palhaço vem, tô eu lá emplacando uma sociabilidade com outro artista dos picadeiros cariocas. "Você é sapatão?", dispara ele. Hein? Como assim?
– Não, não sou sapatão. Por que, você é viado?
– Não, não, que isso!
– Ué, achei que você era viado e queria me dar o c*.
– Não, pô, que isso. Não fica bolada não. Ah, mas vc tem um jeitinho. Esse cabelo curtinho, sandalinha....
Juro que na minha ingenuidade eu achava que sandália, dedinhos de fora, eram coisas femininas.

Mas antes que eu dissesse que, se ele preferia, eu tinha lindos coturnos pra chutar-lhe a bunda, ele completou que adora uma "nuca à mostra" e é doido por pé. O mundo é estranho e homem é tudo palhaço.

domingo, 3 de dezembro de 2006

HTP na TV

Finalmente chegou o dia que todos vocês esperavam. A Dona do Circo tirou a máscara e vai mostrar a beleza e graça de sua tez morena em cadeia nacional. Sim, amigos desse circo, repeitável público, dileta audiência!

O programa Domingo Espetacular, da Rede Record, vai apresentar hoje às 18h uma matéria sobre o HTP e uma entrevista comigo, sem máscara!

sexta-feira, 1 de dezembro de 2006

Palhaço de samba

Outro dia fui com uma amiga pra uma roda de samba popular na cidade. Pretendia rebater o calor com uma cervejota gelada e um sambinha de qualidade. Juro que a idéia nem era catar uns caboclos pra prestação de serviços mútuos de diversão adulta, embora o jardim estivesse florido, digamos assim.

A noite foi pródiga em palhaços. O primeiro foi uma figurinha repetida.

Tamos sambando, dando pinta, tomando nossa cervejota e minha amiga conclui que precisa comer um breguete ou vai ficar bêbada. Saímos da muvuca pra ir sondar as barraquinhas. Como ela que tava com fome falei pra ir na frente. Parece até sacanagem, mas a bruta foi direto na direção de um palhaço que conheci em outra roda de samba e já protagonizou espetáculo no meu picadeiro. Não deu nem tempo de dizer "por aí não!". Ela passou bem na frente dele e eu fui junto. No caminho claro que nossos olhares se cruzaram, mas eu virei a cara.

Não contente, minha amiga parou um pouco atrás dele pra decidir o que comer e nisso meu celular tocou, era um amigo perdido. Desenrolei meu amigo e avisei a ela "vamos sair daqui que já fiquei com aquele carinha ali". Ela garantiu que ele e os amigos tavam me olhando e dizendo "É ela sim!". Vazamos pro outro lado da praça.

Tá lá minha amiga atracada com um espetinho de frango e meu celular avisa o recebimento de uma mensagem de texto. "É tu que tá aqui no ****?". Resolvi me fazer de desentendida e respondi "Estou no ****, mas quem pergunta?". Seguiu-se uma frenética troca de torpedos.

- A gente se conheceu no ***** há pouco tempo, lembra?
– Oie!
- Lembra de mim?
– Sim!!! Vc marcou comigo outro dia e não apareceu. :p
– Pô, tentei falar com vc!!! Depois te explico. Vem pra cá!!


Ah, então tá. Some e depois vem com um "vem pra cá", pra mostrar pros amigos que ele chama e a mulherada vem correndo? Não é assim que a banda toca não. E tentou falar comigo? Tentou pouco, babe. Nós nos conhecemos num sábado, marcamos de nos encontrar no mesmo lugar na quinta seguinte. Jacaré foi? Nem ele.

– Me engana que eu gosto! Vem vc aqui.
– Hehehe!!! Blz. Mas você lembra meu nome?

Porra, que pergunta idiota é essa? Que diferença faz o nome?

– Não, mas você também não lembra o meu.
Eu lembrava, mas fiz graça.

– Roberta!!!
Ah, até que desmoriado de todo ele não era.

– Tá certo. 1 a 0. Me fala teu nome então.
Não respondeu mais.

Achei que tava só marcando território, essa prática comum em machos mamíferos quadrúpedes. Né que daqui a pouco o bruto aparece do meu lado? "Tava de procurando". Até que mostrou serviço, né?

– Bom saber que você freqüênta os mesmos lugares que eu – avisou o bruto. Putz, não posso mais nem dar pinta nas rodas de samba da cidade que vou encontrar a criança?

Papo vai, papo vem, ele confessa que no dia que nos conhecemos ele mentiu a idade. Disse que tinha 34 pois achou que, se confessasse os 29, eu não teria ficado com ele. Fofo e tolinho. Até que pra bruto que eu já tinha tacado no mar como oferenda, ele tava aparentando ser um revival interessante. Tolinha eu. Se Iemanjá não quis a oferenda e jogou de volta é porque nem pra isso ele serve. Ficamos. Marcamos de nos ver de novo no dia seguinte. Jacaré apareceu? Nem ele.

quinta-feira, 30 de novembro de 2006

Novela do palhaço sumido

Lembram do palhaço sumido que ficou me ligando à cobrar? Né que me ligou ontem de novo? Dessa vez telefonou pro meu trabalho. É o mal de palhaço apresentado por amiga: tem informações demais a seu respeito, até onde você trabalha.

Primeiro ligou num momento que eu tava enrolada de trabalho. Minha amiga N. atendeu e avisou "ela não vai poder atender agora, está ocupada, quer deixar recado?". O palhaço manda "mas ela tá ocupada mesmo? eu só queria dar uma palavrinha com ela". Como assim, Pedro Bó? Nem sabia quem era, mas se não era minha mãe morrendo, avisei que não ia atender e pedi pra anotar o recado.

Quase no fim do expediente liga ele de novo. Dessa vez eu mesma atendi. "Roberta? Oi, é Fulano".
– Sou eu, fala.
– Desculpe ter ligado a cobrar aquele dia. Percebi que vc não atende, né?

Olha! ele é sagaz!
– É.
– Então, quer vir aqui pra casa hoje?
– Não. Não rola não.

Silêncio.
– Por quê?
Ai, minha nossa senhora dos pentelhos grandes, essa pergunta não existe.
– Porque não rola mais, pra mim já foi.
Ele gargalha! O palhaço ri do próprio espetáculo.

– Já foi? Então tá, você que sabe. Mas por quê?
– Ahhhhh, me encheu. Olha, você que perguntou, por isso vou falar. Sou sincera e prefiro deixar as coisas claras. Você sumiu duas vezes e isso me aborreceu. Você não tem compromisso nenhum comigo, o único compromisso que você tem é o que combinar comigo.
– Então, se não temos compromisso por que você tá cobrando isso?
– Justamente por que o único compromisso que você tinha comigo era o que tínhamos combinado. Combinou de sair tem que aparecer ou ligar desmarcando. Liga e diz "não vou porque vou cortar a unha do pé" ou "Não vou porque não quero mais" ou simplesmente "Não vai rolar". Eu não ia questionar. Agora sumir não, sumir é palhaçada e papel de moleque, não de homem.

Silêncio. Eu e essa minha mania de educadora de palhaços....
– Então tá, mas podemos sentar pra tomar uma cerveja como amigos?
– A gente se encontra por aí.
– E tomamos uma cerveja como amigos? Amizade colorida?

Uau, que termo demodé, hein? Palhaço fora de moda.
– Não, nada colorido. Amigos sem benefícios nem privilégios.
– Ah, a gente ainda vai se encontrar pela noite da Lapa e eu vou tentar reverter essa situação.
– Tenta a sorte.

Desliguei.

Vou evitar a Lapa por uns tempos, a última coisa que pretendo é encontrar o bruto, mas parece que ainda vai haver mais capítulos nessa novela.

quarta-feira, 29 de novembro de 2006

Eu, leitora e empresária circense

É isso aí, respeitável público, hoje inauguramos a seção com relatos das leitoras. O espetáculo narrado abaixo é um clássico, um clássico não precisava. O palhaço precisava mentir? Precisava enganar? Eles já não tavam tendo um caso independente do namoro dele? Por que eles fazem isso? Porque são tudo palhaço!

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O clássico do palhaço comprometido


Conheci o Palhaço por intermédio de um amigo. Começamos a sair e logo o negócio pegou fogo. Pra mim era só sexo mesmo, até porque ele namorava. Até aí já é uma grande palhaçada, mas eu não tava me importando, afinal... era só sexo mesmo.

Depois de conversar, descobrimos que tínhamos algumas coisas em comum. Papo vai, papo vem e o relacionamento começou a ir além de sexo, mas não quis me envolver pois ele namorava há cinco anos com uma amiga das irmãs dele. Comecei a me afastar um pouco.

Mas o bruto me procurava, me ligava, achava incrível tudo o que eu fazia pra ele, dizia que eu era a mulher mais incrível do mundo, que o relacionamento dele tava uma merda e que já tinha terminado com ela, disse que falava de mim pra mãe dele. Viajamos juntos e ele disse que eu era a mulher da vida dele. Clássicos circenses!

Ele insistia que estávamos juntos, mesmo com minha neura com a ex-namorada. Me levava pra vários lugares, ligava sempre e reclamando quando eu não ligava, me enchia de elogios. O circo tava armado.

Num dia 2 de novembro, Dia de Finados, o palhaço me pediu em namoro. Fiquei muito feliz, tava começando mesmo a gostar dele. Como o território estava mesmo livre me joguei na relação. Tolinha.

No dia seguinte, na casa de uma amiga, entrei no Orkut pra mostrar as fotos das irmãs dele e da ex-namorada, de pirraça mesmo. Eis que no scrapbook da ex tinha um recado *dele* dizendo exatamente isso:
"E aí, magrela!
Vi as fotos do seu namorado...Bonito ele, né...rs
Independente do que aconteça daqui pra frente, vc é, e sempre será, minha vida.
Já que não deixa eu ter Orkut, eu escrevo do seu, mesmo.
TE AMO...não tem jeito...rs
Palhaço"


Palhaçada enviada pela leitora M.S.

terça-feira, 28 de novembro de 2006

Palhaço desmemoriado, para não dizer retardado

O carinha tá dando em cima de uma amiga minha há algum tempo e eu mesma já presenciei o assédio. Ele até dá um caldo e é estiloso, mas ela tá meio em dúvida. Ele é estiloso, estilo esquisito, sabe? Pois é. O trelelé tá rolando há um tempão, mas o palhaço parece ser meio ruim de jogo também.

Outro dia chamou a moça pra dar "uma volta de moto" e já convidou até pra conhecer a casa dele, mas quando ela fala "vamos marcar aquele passeio de moto" o bruto pipoca.

Hoje ela pediu o endereço eletrônico do moço, pois queria convidá-lo pra sua festa de aniversário. De posse do e-mail, enviou imediatamente a mensagem-convite. Daqui a pouco chega a resposta e, ansiosa, ela corre pra ler. "Desculpe, mas quem é você?".

Pois é, amigos, o palhaço é tão retardado que em cinco minutos tinha esquecido o nome da moça e que ela ia convidá-lo para sua festa.

A atitude acabou precipitando a decisão da moça de realmente não aceitar o assédio. Segundo ela, ficou constatado que o produto realmente não está em condições de consumo humano.

segunda-feira, 27 de novembro de 2006

Além de "tudo palhaço"
Homem é tudo maluco também. Uma amiga acabou de ligar pra contar a última do namorado. Assim que ela autorizar eu posto, mas que é tudo maluco, é.
Palhaço do contra

Essa aconteceu com uma amiga minha, mas na verdade já ouvi relato semelhante de várias outras mulheres. Esse espetáculo tá batido e já foi apresentado aqui no HTP mais de uma vez por outras donas do circo. Como dizem por aí, se não sabe brincar não desce pro play.

Depois de muita paquera, umas ficadas e saídas, foram pro motel. Lá pelo meio da noite o bruto começou "quero comer sua bundinha". A moça, que não é muito adepta da modalidade, disse que não queria. "Mas por que?", "Mas você não gosta", "Mas vou te fazer gostar". Ai, que saco. Não quero e pronto, pensou ela. Ele insistiu, pentelhou mas ficou por isso mesmo.

Como no final da contas o saldo era favorável, marcaram de sair de novo no fim de semana seguinte. Ela pensou bem e concluiu que, apesar da insistência chata, ele era doce, educado, gentil e quase pirocudo. Nessa semana de intervalo, relembrando os momentos de prestação de serviços mútuos de diversão adulta, ela pensou que fofo daquele jeito de repente ia rever sua decisão. Pensando melhor, ela concluiu que tava a fim de uma sessão de sexo anal. Chegaram no motel e, mal começaram, ele "hoje eu vou comer sua bundinha".

– Vai é? Eu quero.
– Ah, hoje você quer?
– Quero.
– Só que hoje eu não estou inspirado.
– Vai me fazer pedir?
– Nem que você implore.

Como dizem lá em casa, o mundo é estranho e homem é tudo palhaço.

sexta-feira, 24 de novembro de 2006

Palhaço com problema na rebinboca da parafuseta

O cara era ex-candidato a peguete. Tinham se comido uma vez e marcado a partida de volta, mas demorou muito e o lance venceu o prazo de validade. Para piorar, além de sem tempo, o palhaço era dado a lamúrias. Viva resmungando que tava sem dinheiro, endividado, com problemas no trabalho, dormindo mal, com dor "nas vista", "nas costa", enfim todo podre, produto inadequado ao consumo humano, principalmente ao consumo de uma das luxuosas Donas do Circo. Não adiantou a moça dizer que "pois é, todo mundo tem problemas", "pois é, um dia a gente paga essas dívidas" ou "pois é, cada um com suas tragédias". Ele seguiu choramingando... Tava até ficando engraçado, rendia assunto pra rir na mesa de bar qual era a desgraça da vez na vida do bruto. Até que, num arroubo de falta de jeito e de loção, aliados a excesso de talento circense, o bruto quis fazer graça e foi grosso:

– Na verdade as minhas "vistas" estão vencidas. Tenho de ir correndo num oftalmo. E tenho de fazer o check up tb. Tenho de ver se o motor tá bem, calibrar os pneus, fazer a retífica e tal. Para trocar o óleo posso marcar contigo, né?

Peraí, trocar o óleo? E eu lá sou mecânica ou coisa que o valha? Vai trocar o óleo com a borracheira da tua mãe, palhaço!

quinta-feira, 23 de novembro de 2006

Novela dos palhaços sumidos
Né que os dois realmente reapareceram hoje?

O palhaço sumido e falecido ligou à cobrar pro meu celular. Uma vez durante a tarde e outra depois das 22h, quando eu tava indo pra casa. Não atendi e desliguei o celular.

Quando cheguei em casa e liguei o aparelho de novo tinha uma mensagem de texto. O wanna be palhaço que tinha ido viajar mandou outro torpedo. "E aí, srta? Qual vai ser a boa do fds? Bjo". Well, o cara fica de contatinho, manda um torpedo por semana há três semanas e nem sequer me vem com um convite concreto? Respondi "Não sei ainda, sugestões?". Ele não respondeu. Acho que esse foi o último capítulo de ambas as novelas e não vai ter remake.

Como sempre digo, o mundo é estranho e homem é tudo palhaço.

quarta-feira, 22 de novembro de 2006

Novidade no circo!

A leitora Angela postou na comunidade do HTP no Orkut, as Donas do Circo deliberaram e a sugestão foi aprovada. A partir da semana que vem passaremos a postar histórias enviadas pelas leitoras todas as quartas na seção "Eu, leitora e empresária circense".

Ao enviar os relatos, por favor, caprichem na redação e nada de escrever tudo em caixa alta, hein meninas. Também indiquem como querem ser indentificadas. O primeiro nome, um apelido, um nome falso, as iniciais, as inicias invertidas...cada uma escolhe sua identificação circense.

A seção da leitoras era uma reivindicação antiga da audiência e um sonho eterno da Direção do Circo, mas sempre faltou tempo pra viabilizar. A idéia era fazer um seção separada mesmo, um link na home para uma página com vários relatos de palhaçadas. Quem sabe com o também sonhado novo layout, né? Enquanto isso vamos nos divertindo com os posts semanais.

Já tenho mais de 100 e-mails com palhaçadas, mas nem tudo dá pra aproveitar. Podem continuar enviando para tudopalhaco@gmail.com. Essa semana não terei tempo de escolher uma história boa e dar uma guaribada no texto, então aguardem a estréia no dia 29 de novembro!

terça-feira, 21 de novembro de 2006

Dos palhaços sumidos namoradoiros

Essa não chegou a ser uma palhaçada ainda, foi digamos assim, o trailler de um espetáculo circense. Mas que promete....promete.

Fiquei com um brutinho há umas duas semanas. Eis que na última sexta ele me manda um torpedo "tô indo viajar, semana que vem a gente se fala". Ué, e eu com isso se ele vai viajar? Não perguntei nada!

Como ele foi fofo no dia que ficamos, e o mundo é estranho mesmo, não levei a mal o, digamos assim, hiato na nossa comunicação. Respondi um lacônico "ok".

Mostrei pra Ana Paula que deu uma gargalhada. "Ele tá namorando com você!". Agora é moda, é? Além do palhaço que sumiu e voltou se achando namorado esse aí também?

Será que ele vai ligar também? Será que vai dizer que aconteceram um monte de coisas ruins e ele precisou de um tempo sozinho? Aguardem desfecho.
Número do desaparecimento: reinventando clássicos

Essa tá fresquinha, aconteceu hoje. Tô eu no meu trabalho, escrevendo aquelas matérias maravilhosas de todos os dias, provavelmente uma com a qual iria ganhar um Prêmio Esso, e eis que toca meu celular. Adivinhem quem era? Um palhaço falecido, quase um morto vivo!

Eu tava saído com esse palhacinho que parecia legal. Educadinho, gentil, divertido e outras cositas más. Ele me ligava sempre, me chamava pra sair várias vezes na semana, demonstrava disponibilidade e interesse. Saímos algumas e na última dormimos juntos, embora já tivessemos transado outras vezes, digamos que essa foi mais proveitosa. Quando nos despedimos, combinamos nos ver de novo em três dias, pois até lá tanto eu quanto ele estávamos enrolados de afazeres e compromissos. O trato era nos encontrarmos de tarde, almoçarmos, irmos ao cinema, tomar um chope e dormir juntos de novo, passar bastante tempo juntos. "Então amanhã eu te ligo pra saber como você está e combinarmos a hora pra eu te pegar", disse o palhaço quando deu tchau. Jacaré ligou? Nem ele. Mais uma edição do manjado número do desaparecimento.

Como sou uma dona de circo experiente, já assisti espetáculos de todas as modalidades, já aprendi que quando eles não ligam, não aparecem, somem não estão doentes, não foram atropelados nem seqüestrados. Simplesmente não estão a fim, mas não têm coragem nem boa educação suficientes pra ligar dizendo que o combinado não vai rolar.

Confesso que, no dia combinado, fiquei meio decepcionada e senti falta dele, mas vida que segue. Dois dias depois já nem lembrava. Quando alguma amiga perguntava "e fulano? Sumiu?" eu respondia "Yemanjá levou de oferenda".

Pois é. O malandro passou um óleo de peroba na cara e ligou "Roberta, é Fulano".

– Eu sei.
– Pô, foi mal ter sumido. Nesses dias aconteceram muitas coisas ruins na minha vida.
– É, é? Que coisa chata.
– Perdi meu emprego e fui mal na prova.
– Você já tinha perdido seu emprego quando nos conhecemos.
– Pois é, juntou tudo. Você tá chateada comigo?
– Não, eu te entendo. Mas acho que você fo mal educado. A prova você ia fazer de manhã e íamos nos ver à tarde. Você não sabia que ia se sair mal e já tinha sumido.
– Não, é que quando acontecem essas coisas eu fico mal...
– Não precisa se explicar ou dar satisfações. Agora, o que combinar tem que cumprir ou telefonar dizendo "hoje vou cortar a unha do pé, não vai dar pra te ver". Sumir é palhaçada e falta de educação.
– Pô, você me perdoa? Estou com saudade, tenho sentido sua falta.
– Perdoar eu perdôo, mas continuo achando que você agiu mal.
– Você não sentiu minha falta?
– No dia senti, mas depois entreguei como oferenda.
– Poxa, me botou na lista dos falecidos?
– Isso, morreu.
– Eu quero te ver, vamos nos ver amanhã?


Ah, palhaço!

– Amanhã não dá, essa semana estou enrolada.
– Enrolada? Você tá namorando outro? É isso que você tá me dizendo? Conheceu outro e está envolvida! –
disse o palhaço ensaiando um piti. Agora vejam vocês, desde quando eu tava namorando ele pra agora estar 'namorando outro'? Posso com isso?

– Não, não estou namorando com ninguém nem estive há muito tempo. Eu já te disse que não namoro. Estou enrolada com compromissos profissionais. Eu trabalho – Tóin!
– Entendi. E na quinta?
– Não sei. Me liga pra ver se vou poder.
– Eu vou ligar, vou ligar. Não vou sumir de novo não.


Duvido que ele ligue, mas vamos ver. Uma amiga que sempre deu força pra eu sair com ele defendeu de novo. "Avisa ele que você só quer o corpinho, não quer namorar e não tá interessada no que acontece com ele, que não quer saber de explicações e chorumelas. Mas continua pegando!". Na hora pensei "é, não tô fazendo nada mesmo...". Depois fiquei pensando no caso e, apesar daqueles olhos azuis cor-de-ardósia-como-os-do-Chico Buarque, não senti a menor vontade de ver ele de novo.

Aguardem próximos capítulos da novela do Palhaço Hell Raiser!

segunda-feira, 20 de novembro de 2006

O circo tá bombando
Hoje tem matéria sobre o HTP no caderno Link do Estadão.

domingo, 19 de novembro de 2006

Palhaço mangá

Tô eu dançando e um palhaço me aborda. Começamos aquele papinho básico "Qual seu nome? Você vem sempre aqui?" quando ele dispara "Você é oriental?". Gargalhei. Sou sim neném, linda, loura e japonesa. Ele não entendeu e ficou me olhando com cara de pastel. Mandei circular.

Deu sorte o palhaço, ando generosa e bem humorada. Em outros tempos teria dito "Oriental é a cabeça do meu pau" ou "Sou sim. Se você for um bom menino te mostro minha xoxota invertida".

Mais tarde o bruto voltou e disse algo como "E aí japinha linda, ainda sozinha?". Antes só do que mal acompanhada. Cada maluco que me aparece.



Em tempo: Ana Paula disse que eu deveria ter dito "sou sim, meu olho de trás é puxadinho". Tem coisas que só Ana Paula faz por você.

sexta-feira, 17 de novembro de 2006

Palhaço brasileiro: não desiste nunca

Lembram do artista circense que inovou e apresentou um espetáculo inédito? Me chamou pra ir pra casa dele e quando eu disse sim me trocou por uma loura? Pois é. Acaba de me manar um torpedo "E aí menina, vai fazer o que no findi?". É um palhaço, mas me ufano da insistência dele. Deve ter tomado toco da lôra.

Apesar de já ter programa para o fim de semana, resolvi lançar uma enquete e deixar meus leitores decidirem a resposta que o bruto vai receber (ou não). Na opinião de vocês eu...

1)"Chupar cocô pra ver disco voador".
2)"Dar muito pra outro mais gostoso que você"
3)"Sair com você"
4)NRA: Ignoro e não respondo.

quinta-feira, 16 de novembro de 2006

Palhaço bandido

– Você é rock'n roll. Não adianta fingir que é samba, porque eu sei que você é do rock.
– É, é? e por que você tem essa certeza?
– Nem adianta, você tem cara, tem rosto, se veste rock'n roll. Eu também sou rock'n roll e por isso te reconheci.

Ah, tá. Que bom que ele explicou, né? Bom, eu tava de calça jeans, bata branca, all star preto e uma bolsa preta com flores coloridas bordadas. Sei lá se isso é se vestir rock'n roll.

– Assim que eu te olhei pensei "aquela é uma mulher bandida".
– Bandida?! Eu não era rock'n roll?!
– É, nem adianta negar, tu é bandida que eu sei.
– Como assim bandida?
– Você sabe.... Eu também sou bandido, por isso que a gente combina.
– Combina?
– Claro que combina, foi por isso que eu cheguei em você, porque vi que éramos iguais.

É, bem, tipo assim... se sou bandida não sei, mas sei que não combino com um palhaço que quer me dizer quem eu sou. Principalmente porque ele não decidiu se eu sou rock'n roll ou bandida. Vazei.

quarta-feira, 15 de novembro de 2006

Filial circense

Vocês já entraram pra comuidade do HTP no Orkut? Tão esperando o que?

Fica em http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=13209176

Estão todos convidados.

terça-feira, 14 de novembro de 2006

O porquê do Homem é Tudo Palhaço

Agora eu me senti importante: vejam o link.

Vem cá ... Eu preciso responder porque?

Siiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiim!

Então vou me entrevistar.
Visualizem a cena.

Narinha, porque Homem é Tudo Palhaço?

Olha .. porque eles criam blogs agressivos chamando de putas quatro moças que apenas relatam aqui suas histórias verídicas.

É verdade que vocês tentam ridicularizar os homems, chamando-os de palhaço, como compensação pelo desprezo que esses sentem por vagabundas, mulheres fáceis das quais se servem meramente para um divertimentos lascivos e satisfação do apetite sexual?

Não! Ridicularizamos os palhaços e não os homens por terem um comportamento ridículo. Além do mais, o divertimento lascivo é de ambas as partes. Os que fazem sexo solitário não entendem isso.

Esse blog tem atraído como leitoras outras putas e putinhas (escancaradas, discretas ou mesmo com aparência de anjo) que se identificam com aquela vida de vagabunda que as quatro levam?

É possível que putas e putinhas leiam nosso blog. Mas somos democráticas e aceitamos todo os tipos de leitores.

Essas leitoras e contribuintes vêem naqueles relatos um certo conforto para a decepção e o vazio e solidão ao qual esse estilo de vida inexoravelmente conduz?

Não. Acho que é pra rir mesmo.

E o que você do blog Homem é Tudo Palhaço?, uma crítica ao HTP por tudo quanto ele tem de viciado e moralmente reprovável?

Acho uma palhaçada.

segunda-feira, 13 de novembro de 2006

Não contente com o espetáculo o bruto continuou tentando reverter a situação e levar a eleição de virada. Quando cheguei em casa da outra boate tinha um torpedo dele: "Um beijo bem estalado!".

Respondi "Palhaço". Cara de pau pouca é bobagem e ele mandou outra mensagem "Ok, que tal a gente selar a paz? Um chope com muitos beijos e a gente se acerta...". Caralhos! Pelo menos podemos dizer que ele também é brasileiro e não desiste nunca. Encerrei a conversa com algo como "Paz selada, vida que segue. A gente se esbarra por aí".
Palhaço Lula - Não troque o certo pelo duvidoso!

Ficamos lá nos divertindo, beijando, dançando, rindo... A noite já tava meio no fim, a casa tava esvaziando e ele me chamou pra ir embora, pra ir pra casa dele. Bom, como era figurinha repetida já conheço o cafofo da criança e é até no caminho pra minha casa. Vambôra.

Fui me despedir das minhas amigas e né que enquanto isso ele se arrumou com uma loura? Quando virei pra trás pra pegar ele pela mão e ir embora o bruto tava no maior papo animado com uma loura, magra, alta, de cabelão e certamente mais nova que eu. Tá, tudo bem, ela era mais nova, mais alta, mais magra e loura, mas mesmo assim é falta de educação.

Fiquei meio sem ação, mas também não quis bancar a louca. Parei na frente dele, mas olhando em outra direção e esperei. Nada, continuou no biscate com a loura aguada e me ignorou. Bom, beleza, cada um com suas escolhas e não vou me dar ao desfrute de ficar aqui esperando. Fui conversar com o DJ, que é meu amigo, e cuja cabine fica perto da porta. "Tu não ia rebocar o bruto?". É achei que ia.

Nisso, o palhaço começou a dançar com a lôra, depois ficaram conversando e parece que trocaram telefones. Minhas amigas, de quem eu tinha me despedido dizendo "vou embora com ele", não entenderam nada e ficavam fazendo sinais de "que porra é essa?". Eu dava de ombros, afinal sei lá que porra é essa. Aliás, sei sim. É palhaçada.

Tô lá conversando com meu amigo e combinando de irmos emendarmos em outra boate depois quando vejo a lôra passar em direção ao caixa. Pagou a conta e vazou. Olhei e o bruto tava plantado no mesmo lugar. Rárárá. Resolvi tripudiar e mandar um torpedo pra ele. Tô escrevendo e ouço a voz do palhaço do meu lado "tá mandando mensagem pro namoradinho?". "Não, pra você. Já enviei, pode ler", em vez de olhar o celular ele tentou reverter o jogo.

– Pôxa, você é mal educada mesmo, hein? sumiu e eu fiquei te esperando.
– Não, não sou mal educada não. Mal educado é você. Fui despedir das minhas amigas, amigas que não vejo sempre, uma delas faz aniversário hoje e você sabia. Quando voltei pra gente ir embora você tava com uma loura. Você me trocou por ela e me chama de mal educada.
– Aquele bichinho de goiaba! Imagina, eu não queria nada com ela. Você ficou com ciúme? Achou que eu tava dando em cima dela?!
– Não querido, não fiquei com ciúme. Se você queria ou não queria alguma coisa com ela é problema seu, não me interessa, não é da minha conta. O que me interessa é que você foi mal educado e grosseiro comigo. Você me convidou pra sua casa e enquanto fui dar tchau pra minha amiga você tava de biscate com outra mulher e me ignorou. Mal educado e palhaço é você. Exijo poucas coisas de um homem, uma delas é ser tratada com educação.
– Tá, tudo bem, você tá certa, sou obrigado a admitir. Desculpe.
– Então vê se aprende a ser mais educado com as mulheres.
– Tá. Então, vamos embora?
– Não vou embora com você. Ia do verbo não vou mais.
– Por quê?
– Jura que você não sabe?
– Tá, então tá, você que sabe. Eu errei mesmo, mas não fica com raiva de mim.
– Ok, tchau.

É amigos, o palhaço quis trocar o certo pelo duvidoso e foi pra casa sozinho tocar punheta. Eu fui pra outra boate e conheci um palhacinho super fofo, educado, gentil e até mais alto e bonito que ele. Rá!

sábado, 11 de novembro de 2006

Palhaço ogro

O casal tava no maior amasso na casa do rapaz. A moça achou que tinha se dado bem, pegou um morenaço belzebu, todo tchutchuco, o genrinho que mamãe pediu a Deus. É hoje!

Tão lá sentados na cama, beija aqui, beija ali, se apertam, se amassam, lambe a boca um do outro, chupa o pescoço. Tá esquentando! Ela senta em cima do rapaz e faz que vai tirar a blusa, ele toma a dianteira e puxa a peça fora. Olha para o busto da moça e com semblante ávido estende as mãos. Ela acha que ele vai acariciar seu colo, seus seios. Vupt! Nem deu tempo de dizer "Nããão!". O bruto rasgou o sutiã dela.

Peraí, meu bem, tu sabe quanto custa um sutiã? Tá pensando que eu uso qualquer sutiã? Que comprei na liquidação? Não era um sutiã de ir trabalhar, era um sutiã de sábado à noite! Tudo isso passou pela cabeça, mas ela não disse nada. Ficou olhando pra ele com cara de "como assim?". Olhou pro próprio corpo: claro que ele não tinha conseguido rasgar a base da peça, onde tem o elástico. Tava lá ela com cara de pastel, sentada em cima de um malandro com cara de mais pastel ainda, com um sutiã rasgado no corpo, os bojos meio abertos e um elástico na base dos seios. Ele realmente achou que ela ia gostar disso? Então devia pelo menos ter aprendido a rasgar direito, porra!

– Como é que eu vou embora agora?
– Eu te empresto uma camisa minha, eu te empresto tudo que você quiser, te dou tudo que é meu.

Porra, eu não quero uma camisa sua! Quero um sutiã, aliás, queria o meu sutiã! Ou você pretende rasgar minha blusa também?

Como ela é uma moça perseverante, brasileira que não desiste nunca, tirou a porra do sutiã rasgado e jogou no chão. Vambôra continuar a função, afinal o bruto tava bem animadinho, palhacinho querendo mostrar eficiência. Beija aqui, amassa ali, vira pra cá, vir pra lá, a moça pede "bota a camisinha". Ele se faz de surdo e tenta dar prosseguimento aos trabalhos, digamos assim, desnudo.
– Não, sem camisinha não – avisa ela, decidida.
– Eu quero gozar em você – manda o palhaço.
Jura, Pedro Bó? Você vai gozar em mim, mas dentro da camisinha.
Ele ri, desconversa, vira cá, vira lá. Nananinão, palhacinho. Puxa a moça pra cá, puxa pra lá, beija, aperta, morde, amassa e..... pega no sono! Sim, respeitável público, dileta audiência, o malandro diz que vai fazer, vai acontecer, vai fuder muito, vai comer todinha e.... dorme!

A moça, resignada, olhou a cena patética do palhaço pelado roncando. Fazer o que? Esperar o bruto acordar pra recomeçar a lenga-lenga da camisinha? Obrigada, eu passo, vou pra casa dormir. Levantou e foi embora antes que tivesse gente demais na rua pra ver que ela tava sem sutiã. Claro, catou a peça rasgada - afinal não ia deixar pra ele mostrar de troféu pros amigos - e se mandou sem deixar bilhete. Ah, deixou a porta da casa dele aberta, à guisa de castigo pra aprender que é grosseria dormir na presença de uma mulher maravilhosa. Tomara que acorde com o saco latejando.

Uma amiga disse que ela deveria ter tirado R$ 50 da carteira do palhaço e deixado no lugar um bilhete avisando que tinha levado a quantia como indenização pela peça rasgada. Sei lá, melhor deixar pra lá. Afinal, se fosse pedir ressarcimento do prejuízo ia ter que ser compensada também pelas manchas roxas nos braços, ombros e nuca ganhas em vão.

quinta-feira, 9 de novembro de 2006

Palhaço sem autocrítica

– Meu pau é grande e cabeçudo?
– Não.
Silêncio.

Putaquiupariu, certas perguntas não se fazem, né?

terça-feira, 7 de novembro de 2006

Palhaço internacional

Homem é tudo palhaço, não importa idade, nível de escolaridade, saúde bancária, localização geográfica, beleza, cor da pele, altura....tudo palhaço. Provando isso, uma internacional:

A moça de passagem comprada para o dia seguinte. Ia visitar o palhaço namorado que tava morando em outro país. Ele diz que estava com outra e que era pra ela não ir. Tipo assim, não dava pra ter avisado antes?

quinta-feira, 2 de novembro de 2006

Palhaço Pangaré

Tô combinando um chope com um leitor de priscas eras pra nos conhecermos. A gente troca e-mails todos os dias e talz e nunca sai o chope. Ele resmungou que já me passou o telefone várias vezes, que eu nunca liguei e que não tem o meu. Passei o cel, o de casa e do trabalho perguntando "tá felizinho agora, babe?". O palhaço indócil, ligou na mesma hora pro número do meu trabalho. Eu não estava na sala e minha vizinha de baia atendeu.

– Tem pangaré aí?
– Não – respondeu a moça decidida.
– Obrigado - Desligou o palhaço.

Não contente, a criança ligou para o meu celular. Eu já tava de volta e atendi. Repetiu a saudação tão inteligente criada em um arroubo de criatividade: "Tem pangaré aí?" ou coisa que o valha. Ficou tagarelando e acho que pretendia abafar o caso. Só contou quando ouviu a voz da minha vizinha de baia avisando que uma moça havia ligado me procurando. Não era o recado do pangaré, esse ela não tinha posto na minha conta.

quarta-feira, 1 de novembro de 2006

Palhaço Espeleólogo

Outro dia eu e Ana Paula fomos na festa de aniversário de um amigo nosso. Havia mais homens que mulheres no local, o que já era um bom presságio. Falamos com os amigos e conhecidos, pegamos cervejotas e ficamos batendo papo em um canto esperando a música melhorar pra dançarmos.

A festa foi enchendo e ouvi um "oi, dá licença" educado atrás de mim. No lugar de tocar no meu braço, como normalmente todo mundo faz, o rapaz passou a mão na minha nuca. Dei um passo pro lado e olhei. Ui! Era um tchutchuquinho! Todo branquinho, cabelo castanho claro, um pouco mais alto que eu, todo bem acabadinho, traje normal pra ocasião. Exatamente um desses que ando precisando lá em casa! Vem cá, neném! Volta aqui! Quem disse que você pode alisar minha nuca assim impunemente? O babe já tinha passado rumo ao bar. Ainda era cedo e resolvi deixar a festa e o palhacinho seguirem.

Mais tarde, muitas músicas e cervejas depois, estou parada perto do bar conversando com outros amigos e o mesmo gatinho passa de novo. Quer dizer, ele ia entrar no bar, mas quando me viu parou e sorriu. Ai, que lindinho! Sorri de volta e ele veio falar comigo.

– Qual seu nome?
– Roberta, e o seu?
– Não importa meu nome, tudo que importa hoje é você.
– Hmmm, me diz seu nominho -
já passando a legenda "Craudicrei" na minha cabeça.
– Bom, não faz diferença se meu nome é Fulano, Beltrano ou Cicrano, que é meu nome realmente. Meu nome hoje é "A Roberta é linda".

Bom, a tentativa de ser galante não foi de todo mau e o nominho dele não era Craudicrei.

– Hmmm...entendi. Bonito nome. E você é amigo de qual dos aniversariantes?
– De nenhum.
– Ué, como você veio parar nessa festa?
– Vim aqui pra te conhecer. Você é linda e eu precisava te conhecer.
– Ah, tá! Entendi.
– Isso, não conheço ninguém aqui além de você e é tudo que eu preciso. Só vim aqui pra te conhecer porque você é linda.


Nisso uma amiga minha passa e cochicha no meu ouvido "não pega não que ele é retardado". Ah, uma coisinha daquelas não precisa saber muito mais do que assinar o nominho. E, pros meus padrões, ele estava mostrando uma vasta cultura.

Já que távamos nos entendendo tão bem chegamos pra um canto pra conversar melhor. Olha, esse menino sabe conversar, sabe? Que léxico! Todo lindinho, todo bom e bom palestrante! Quanto mais conversávamos, mais ele mostrava que tinha lido o meu manual inteirinho.

Ficamos lá no nosso canto, gastando nosso palavreado, quando ele me pergunta minha idade. "35", respondi.
– Puxa, então isso quer dizer que vou ficar oito anos viúvo?
– Hein?
– Você é oito anos mais velha que eu. É provável que você morra oito anos antes de mim. Como vamos nos casar e viver a vida toda juntos você vai me deixar sozinho. Ah, não, não vou sobreviver.


Menos, babe. Beija que você faz melhor. Continuamos nosso diálogo tão eloqüente. Papo vai, papo vem e sei lá por qual motivo ou graça, távamos rindo juntos. Então eis que, de repente, sem mais nem menos ele veio com a mão na direção do meu rosto e... tentou enfiar o dedo no meu nariz! Sim, respeitável público, ele tentou enfiar o dedo indicador da mão direita no buraco direito do meu nariz. Eu dei um tapa na mão do bruto. Ele riu e tentou mais duas vezes. "Pára, porra!". Ele parou e ficou rindo. Ainda queria continuar parolando, mas o assunto mixou. Alguém merece?

domingo, 29 de outubro de 2006

Palhaço sem hábitos higiênicos adequados

Se conheceram em uma boate e ficaram. O cara era bonito, sabia dançar, tinha um corpo sarado, roupinha descolada, beijava bem....aparentemente um fofo. Depois de uma noite de beijos e amassos foram para o apartamento dele. Assim que o bruto abriu a porta a moça se surpreendeu. A sala era uma bagunça que há muito tempo ela não via. Livros, cds, almofadas, lap top, prancha de surf, cuia de chimarrão, tudo jogado por cima da mesa, sofá. Parecia mais o quarto de um adolescente do que a sala de um homem de 30 anos. Enfim, vamos para o quarto e esqueçamos a ineficiência da diarista. Humpf.

Quando ele abriu a porta do cafofo ela realmente se assustou: além de uma mixórdia do mesmo calibre da sala, o quarto fedia a chulé. Não era para menos. Havia um armário, um sofá, uma mala eloooorme no chão, outra prancha de surf, um violão (!) e em volta da cama dezenas de pares de tênis e meias espalhados. Ele puxou ela pela mão pra dentro do cômodo e foi chutando os calçados para baixo da cama. A moça perseverou, afinal o cara era mó gostoso e entoou seu mantra "abstrai o chulé, se concentra no seu cheiro, você é cheirosa".

Começaram a se beijar e ela já tinha até esquecido o fedor quando ele, num ímpeto, puxou o edredon. Lençóis de percal? Rá? Colchão nu! Sim, o bruto dormia sobre o colchão e se cobria com um edredon da Casa&Vídeo. Como assim? Isso dá sarna! Bom, pelo menos ele pegou um pacote de camisinhas e colocou em cima da cama. Algum hábito higiênico o bruto tem.

Entoa o mantra "Abstrai que ele é mó gostoso, quando chegar em casa você toma banho e se esfrega com bucha vegetal. Abstrai", entoa e vambôra. Beijos, amassos, começam a tirar a roupa. O rapaz puxa calça jeans e cueca de uma vez só. Os dois se beijam e...peraí...que cheiro é esse. Sim, respeitável público, é isso mesmo. O pau do rapaz tava fedendo. A moça deu uma olhada de relance e a visão não foi animadora. Procura um mantra pra entoar mas não dá. Pau vencido não dá, né? Como disse outra amiga "não era aquele cheiro de marido que chegou do trabalho", era de quem não toma banho há muito tempo.

A moça disfarçou, disse que não tava se sentindo bem, que não-se-que-lá, enrolou e levantou. Quando foi catar seus pertences no chão deu uma olhada na camisa branca que ele tinha tirado e tava do lado avesso. É amigos, as costuras estavam imundas.

Há todo tipo de palhaçada, todo tipo de espetáculo, uns revoltantes, outros engraçados, alguns meio sem graça... a gente assiste a todos. Agora, vamos combinar, hábitos higiênicos adequados são imprescindíveis, né? A função está suspensa!

sexta-feira, 27 de outubro de 2006

Saudades do Dicionário Palhaço

Novidades no Dicionário Palhaço. Vim aqui adicionar novos verbetes e pedir aos céus que me ajudem na busca pelo arquivo original, que só o Divino sabe onde está. Mas enquanto o arquivo não vem, introduzo neste célebre picadeiros os ...

Palhaço Sujismundo
Para quem tem menos de 30 anos o Sujismundo não diz muita coisa. Mas ele marcou uma época por personificar o que vulgarmente chamamos de gente porca. O Palhaço Sujismundo é aquele bruto que é porquinho mesmo. E quando eu digo porquinho não é só no aspecto exterior. Porque ninguém em são consciência vai ficar com um cara fedendo ou de dente sujo. Por favor, né? Tô falando daquele gatinho, que você imagina passar noites tórridas de sexo, mas que vive num verdadeiro chiqueiro. Meia chulezenta, cueca com freada (é freada ou freiada?), cama sem lençol, toalha encardida, roupas pelo chão há dias ... quem merece? Esse contexto fora de uma República de universitários não dá, né? Quando falamos então de rapazez com mais de 30 ... tsc, tsc, tsc.


Palhaço Tablado
Puro teatro. Na boite é um fogo só. Dança sexy, insinuante, te agarra, te puxa. Em casa, abre a porta com o pé, puxa seu vestido, arranca seu sutiã até o ponto de deixa-lo inutilizado, te joga na cama e .... dorme. D-o-r-me. ZZZzzzzzzzzzz......

quarta-feira, 25 de outubro de 2006

Palhaço fraudulento

Sabe quando você pega um cara e ele bonitão, bem apanhado, tem pegada e atitude? Vocês tão lá nos amassos, a chapa esquentando e você já bendizendo os deuses pela boa sorte? Tudo indica que a noite vai acabar bem. Aí começa a decepção: em vez de continuar os amassos ou ir para um lugar com mais privacidade o bruto começa a dizer que vai te comer muito. Ahn. Vou te fuder muito, vou te esmerilhar, vou te dar um couro, vou te botar de quatro, vou fazer isso e aquilo. Ahn. Fazer que é bom nada, né? Babe, todas nós já sabemos que homem que fala que "vou te isso, vou te aquilo" num me nada. Dá vontade de lixar a unha enquanto o palhaço vai discorrendo seu rosário de promessas. Fala sério!

Pois é, amigos, outro dia né que me passaram o "conto do gostoso" de novo! Mas dona de circo escolada, quando vi que era número repetido peguei minha bolsa e vazei. Melhor dormir meu soninho de beleza, bem mais divertido.

segunda-feira, 23 de outubro de 2006

Páginas da Vida ou HTP!!!

Mesmo quem acompanha de forma esporádica, como eu, o folhetim das 20h, sabe que nada nessa existência vai superar o depoimento daquela babá que ouviu uma música do Rei e acordou, como ela mesmo disse, "toda babada".

Tipo de informação completamente inútil .. até porque o que me interessa a vida sexual de uma babá babada??

Nada, claro. Mas .. eis que na sexta-feira, se não me engano, estava a assistir o folhetim e chegou aquele grande momento do depoimento peito aberto de todo dia ... sei que eu não devia postar aqui palhaçada transmitida quase em cadeia nacional, porque pode soar como plágio, mas foi uma palhaçada tão ridícula que ficou muito inevitável comentar.

Resumindo a história:

A menina namorava o cara há uns dois anos .. um dias eles saíram para jantar e o cara disse que estava sem cheque, perguntou para a menina se ela podia pagar no cartão que ele depositaria o dinheiro depois. A garota disse que tudo bem, pagou a conta no cartão e quando chegou perto do dia do vencimento da fatura, ligou para o cara e perguntou se ele tinha feito o depósito.

DETALHE: o tal cara era o namorado dela .. atenção ...

Pois bem .. o bruto ficou enrolando e depois de uns dias ligou para ela dizendo que tinha feito o depósito e que estava com o comprovante. A menina ficou tranquila até que recebeu um telefonema do banco dizendo que tinham feito um depósito na conta dela ...

Sendo que: o depósito, aquele que é feito no caixa eletrônico com um envelope, foi de fato feito, porém O ENVELOPE ESTAVA VAZIO!!!!!!

Então ... vazio.

Huuuumm .. você tá pensando .. "ah! tadinho .. ele esqueceu de botar o dinheiro" ...

Não, não. Ele mentiu. M-e-n-t-i-u. Tipo assim .. o cara namora a menina há exatos 730 dias, o equivalente a 17.520 horas. Nessas quinze mil horas ele não tirou dois minutinhos pra falar que não tinha grana ou para utilizar de toda intimidade que conquistou nos outros tantos muitos minutos passados juntos. Ainda assim o bruto não foi capaz de dizer que tá sem dinheiro, que não dá pra pagar, etc. Prefere fazer essa coisa inteligente de depositar um envelope vazio ...

Ai, ai, ai ... o que dizer???

sábado, 21 de outubro de 2006

Rapidinhas
O pior que são todas do mesmo artista circense. Que talento!

I
Eles estavam só ficando e num momento de declarações na cama ele pergunta: "vc é só minha?"
A ingênua: "sim. e vc é só meu?"
O puto: "Ah! Eu sou do mundo".

II
Já namorando: ele tinha que fazer uma viagem de um mês, mas tinha dois medos, de que ela o traísse ou de que ele ficasse carente lá e acabasse saindo com outra.

Vem cá, o que é medo de ficar carente? Se ele sabe que gosta dela não é só se segurar?

III
Eles viajaram juntos um fim de semana. ele ficou trêbado e ela teve que voltar pra pousada carregando o garoto. Quando chegou na porta da pousada o palhaço sentou no meio-fio e se negou a entrar, queria voltar pra cidade e beber mais (ai ai, palhaço pentelho). Ok, ela conseguiu que ele entrasse. Como dizem por aí, "niqui" entraram na pousada o bruto saiu correndo pro quarto, entrou e trancou a porta, deixando a garota do lado de fora (detalhe: essa pousada era a casa de uma família, que alugava os dois quartos sobressalentes). Mais de meia-noite ela teve que ficar batendo no quarto para entrar. Quando ele deixou disse que estava só brincando. Ela nem pôde quebrar o pau, por respeito aos donos da pousada e aos outros hópedes do outro quarto.

quarta-feira, 18 de outubro de 2006

Palhaço portador de SFO (Síndrome do Fura Olho)

Minha amiga Alda Valéria contou o último espetáculo que assistiu. Ainda bem que Mario Victor não é meu amigo, ou lhe daria uma bela bronca.

Dia desses, Alda Valéria convidou seu amigo Mário Victor para assistir a um show de reggae, pois tinha dois convites. Lá pelas tantas, depois de muitas risadas e algumas cervejas, pintou um clima diferente, seguido de beijos calientes e amassos nada contidos. Depois do show, os amassos continuaram no carro e até o dia clarear, foi aquela seqüência de mão naquilo, aquilo na mão, boca aqui, acolá... Ui! A chapa esquentou.

Não fosse pelo pequeno detalhe de Mário Victor ser um grande amigo do ex de Alda Valéria, tudo estaria ótimo. É claro que para Alda Valéria estava tudo ótimo, afinal de contas para ela ex é ex e amigos também ficam. Mas lá no seu íntimo, algo lhe dizia que a cabecinha de Mário Victor não conseguiria processar tais informações. Afinal ele é homem né: palhacinho limitadinho...

Não deu outra! Os dias se passaram e nada do rapaz dar sinal de vida. Até que chegou o outro fim de semana e eles se reencontraram numa festa. Festa essa que ele quase desistiu de ir quando soube que Alda Valéria iria. Quanta infantilidade...

Mário Victor passou a noite inteira fugindo de Alda Valéria até que ela se aborreceu com a palhaçada e resolveu encostá-lo na parede, quer dizer, na pilastra. Foi aí que veio o choque: quando a moça tentou beijar Mario Victor o bruto entrou em pânico. Pediu por todos os santos para que ela não o agarrasse, tentou deixar claro que não iria rolar mais nada entre eles pois ele estava passando pelo doloroso processo da SFO (Síndrome do Fura Olho).

De nada adiantou Alda Valéria argumentar todas as coisas nas quais acredita, que ex bom é ex morto, que rei morto é rei posto, que tudo passa, até uva passa, que se ex fosse bom não era ex, essas coisas. Mário Victor estava irredutível, se sentindo um traidor, o pior dos homens por ter ficado com a ex de seu amigo. Repito EX! Ai, pára! Palhaçada tem limite!!!

Conclusão de Alda Valéria: ficar com amigo pode. Ficar com amigo que é amigo do ex, não pode. Minha conclusão: homem é tudo palhaço, até Mario Victor.

segunda-feira, 16 de outubro de 2006

Trilha sonora do circo
A música do mês é uma composição da Vanessa da Mata gravado no CD “Essa boneca tem manual”. É um recadinho singelo àquele palhacinho por quem você até está apaixonada, mas já cansou dos seus números batidos: quando está contigo, ele te dá pouca atenção, pouco carinho, quase te trata mal, mas quando você diz que quer terminar ele chora copiosamente, pede perdão e diz que vai mudar. E muda. Por três minutos.

Não chore, homem
Vanessa da Mata

Você me dá muito pouco
E eu vou embora
O que você me deu
Vou jogar fora
O que presta pra mim
É afeição
Eu vou tentar ser bem mais competente
Na escolha da próxima paixão
Meu bem
Próxima paixão, meu bem
Próxima paixão, meu bem
Próxima
Próxima
Próxima

Eu quero alguém bem melhor
E mais bonito
Alguém que nem você eu não preciso
O resultado disso é solidão
Eu vou tentar ser bem mais competente
Na escolha da próxima paixão
Meu bem
Próxima paixão, meu bem
Próxima paixão, meu bem
Próxima
Próxima
Próxima

Não chore, homem...

Mas as coisas não são assim
Não é vovó?
São coisas que a gente não escolhe nunca
As coisas do coração
Não é vovó?
Elas são como são ou a gente muda?

Amanhã eu não quero confundir
Atração sexual com ilusões de amor puro

Não chore, homem...

quarta-feira, 11 de outubro de 2006

Espetáculo cafona

O amigo que sumiu em um ônibus também mostrou seu talento. Assim que chegou com C.R. e seu peguete bonitinho ele frisou que já nos conhecia de outra noite quando távamos em um grupo grande noutro bar. Eu não lembrava dele, mas tudo bem. Então já era quase amigo de infância. Tamos lá conversando coisas "normais" e ele manda sem mais nem menos "fulana é ciumenta".

– Hein? Quem é fulana?
– Minha namorada, você conhece. Ela tava comigo aquele dia.
– Ah, tá. Não sei se lembro dela, mas e eu com isso?


Então o malandro chega já dizendo que nos conhece, começa a bater papo e depois diz que a namorada é ciumenta? Quem perguntou alguma coisa? Ele achou que eu tava dando mole pra ele só porque tava conversando amenidades na madrugada da Lapa? E achou o que, que era onda dizer que tem namorada ciumenta? Alow!

Depois de ouvir um "isso é problema seu, não meu", ele se jogou em um ônibus de certa linha rumo à zona norte da cidade dizendo que "não podia perder esse". Como sentenciou Glorinha "dar trela pra pobre é uma merda".
Número principal da noite

Na dúvida do que fazer, fizemos o de sempre: cerveja na Lapa. Tamos lá as três tomando nossa cervejota na calçada do Arco-íris e ainda maldizento o fracasso da empreitada quando C.R. encontra um peguete. Ele é branquinho, mas sabe como é, guerra é guerra e ela se atraca com o bruto.

Ficamos eu e Glorinha, falado mal sei lá de quem e nos regozijando da boa sorte da companheira que não deu viagem em vão, quando um palhaço nos interrompe. "Vocês gostam de cinema". Opa! O circo chegou!

Respondemos em uníssono "Não!!!". O palhaço fez uma cara de incredulidade e deu um passinho à frente. "Vocês me dão licença. Meu nome é fulaninho". Ahn, quem perguntou alguma coisa? Ele prosseguiu, apesar das nossas caras de tédio. "Perguntei se vocês gostavam de cinema porque estou trabalhando no festival e, se vocês gostassem de cinema....".

Glorinha: Ah, você ia o que? Nos botar pra dentro de uma sessão?
Palhaço: É que eu trabalho com o credenciamento dos vips...
Eu: Meu bem, nós SOMOS vips. Se a gente quisesse ir você faria nossas credenciais. Não precisamos que ninguém nos arrume uma credencial.

Palhaço com cara de susto. "Vocês fazem o que?". Vai, vamos admirar pelo menos a cara de pau dele. Toma um toco bonito e continua. Êita apego ao picadeiro. "Somos jornalistas", respondemos. Bom, não que jornalista seja vip, mas ele era chato então valia qualquer coisa pra ele nos achar chatas também e ir embora. "As duas?", pergunta ele com o mesmo ar de quem não tá acreditando. Respondemos que sim e ele, sabe-se lá movido por quais substâncias entorpecentes, começou a falar em francês. Será que ele acha que todos os jornalistas falam francês? Será que ele é evangélico, baixou o espírito santo e está falando em línguas? O mundo é estranho.

- "Que isso, que isso, que palhaçada é essa?" - perguntei quase gargalhando, mas poupando o infeliz de ouvir "Tu é francês? Não, né? Eu sou francesa? Não. Estamos na França? Tamos na aula de fluência de francês? Não. Pois então esses seriam os únicos motivos desculpar você falar em francês com a gente, de resto é falta de educação e babaquice.

– É que eu morei em Milão... - começou o palhaço. Antes que eu tivesse chance de falar "E em Milão se fala francês?" Glorinha interrompeu aos risos "Era michê! Tu devia fazer um sucesso como michê em Milão com esse corpinho, hein?".

Nem asim o palhaço se emendou. Continuou querendo "fazer amizade", cortamos de vez (achamos) e viramos as costas. Eis que C.R. volta pra desculpar o sumiço e avisar que vai embora com o bonitinho branquinho. Vai filha, vai na fé de zambi e seja feliz. Junto ela trouxe um outro amigo-não-sei-das-quantas. O palhaço michê não gosta de dividir o palco: "ei, tô na fila pra conhecer as meninas". Como eu sempre digo, dignidade é luxo para poucos. Entabulamos um papo com o palhaço recém chegado, que desaparece em um ônibus, não sem antes fazer seu próprio número.

O michê aproveita para tentar outra aproximação, dessa vez acompanhado de um outro com pinta de psicopata que tava nos olhando desde que chegamos. Qual vai ser? Um rouba nossos pertences e o outro nos esquarteja?

Percebemos que não ia ter jeito, ele não ia largar do nosso pé. Dizemos que vamos dar uma volta e vazamos. Demos a colta no quarteirão achando que ele teria ido procurar nova audiência. Cena patética, quando passamos de novo do outro lado da rua o michê e o psicopata nos deram tchauzinho. Ninguém avisou que hoje o espetáculo era de terror!

Entramos em outro bar e sentamos. Deu uns minutos e quem cheega? Ele, o palhaço interminável, o michê mais chato do mundo, o carimbador de credenciais mais sem noção que já se teve notícia! Ao ver o bruto chegar avisei "segura a bolsa, Glorinha, segura que ele pode se aproveitar que tamos bêbadas e pegar". Mais uns foras que não me lembro e desistimos. Pedimos a conta e sumimos em um táxi.

Será que ele me reconheceu e queria era ficar famoso? Que outra explicação pode haver para comportamento tão sem noção? Que homem é tudo palhaço, o mundo é estranho e porquê é que coisa que não existe eu sei, mas esse extrapolou!
Noitada de palhaços

Outro dia minha amiga C.R. ligou chamando para uma festa black. É que ela tido sonhos eróticos com negões pirocudos durante o soninho de beleza da tarde e acordou na seca de pegar um afro-descendente que, digamos assim, fizesse jus à fama da etnia.

Bom, já vi esse filme e não acabou como esperávamos, mas vamos lá.

Ela passou pra me pegar e íamos resgatar ainda a terceira componente da gangue, que mora algumas ruas depois de mim. Paramos em um sinal e o carro ao nosso lado tinha quatro palhacinhos indo pra função. Uma loira e uma morena lindas tomando cerveja, claro que chamamos a atenção da trupe circense. Começaram a nos chamar, emitir uivos e grunhidos, fazer sinais e exibir dentes. Fizemos que não era conosco, afinal não somos dentistas nem psiquiatras. Finalmente o sinal abriu. Ao passar por nós os dois do lado do carona pregaram as línguas no vidro. Puxa vida, não teria sido mais prático lavar o vidro do que lamber? Bem, como o mundo é estranho ignoramos e seguimos. Foi o "abre" da noite.

Resgatada Glorinha, rumamos pra festa black. Nada de negões com pirocões indecentes disponíveis. Dançamos um pouco, bebemos um pouco, falamos muita bobagem e fomos embora. Pelo naipe do elenco o espetáculo ia ser fraco, nem ficamos pra conferir.

segunda-feira, 2 de outubro de 2006

Palhaço indeciso
Mais uma narrada por uma amiga minha, colaboradora altamente produtiva desse circo.

Apresentei o casal e eles se deram super bem e namoraram por oito meses. Ele vivia amarradão pra apresentar pra ela a família dele e que as famílias se conhecessem, etc. Ela queria ir mais devagar, mas enfim... foi indo.

Até que, em determinado momento, ele cansou dela e pediu um tempo. Depois de uma semana ela ligou pra saber qual ia ser, afinal não ficaria "em tempo" a vida toda, termina ou não. Voltaram.

No intervalo de uns cinco dias ele ficou todo todo. Super apaixonadinho. No sábado, mandou um cartão pra ela dizendo que era a mulher da vida dele, etc. Na segunda terminou o namoro. Ela ficou desnorteada, completamente sem saber o que estava acontecendo, mas manteve a pose e nunca ligou pra ele. Acabou por isso mesmo.

Pra mim, até aí já teria palhaçada suficiente (por ter mandado um cartão todo apaixonado num dia e terminado dois dias depois. Mentir pra quê?), mas palhaço que se preze também faz número de mágica e sempre traz um novo truque na manga. Depois mais ou menos um ano, ela já namorando outro amigo meu (que eu também apresentei), o bruto sabendo do namoro, encontra com ela no MSN e fala que quer voltar. É mole?

O que aconteceu foi que ele sentiu falta da vida de solteiro, terminou, curtiu todas e depois, quando ela já estava com outro, quis voltar, crente crente que ela terminaria com o novo namoro pra ficar com ele. Senta e espera filho, mas só levanta quando ela voltar.

terça-feira, 26 de setembro de 2006

Gente amiga,

lembram do cara que deixou um comentário aqui falando da Cicarelli?

Pois bem ... reproduzo abaixo o diálogo que travei com ele via meu blog. Eu JURO que o texto dele (que tá em caixa alta) veio escrito assim. O comentário original, pra quem duvidar, tá no meu e-mail e lá no Bulhufas. Assim como post que reproduzo aqui.

Nunca na minha vida eu achei que ia procurar a definição de vulva na wikipedia ou conjugar un verbo que eu nem sei o que significa. Mas foi divertido.

Leiam e depois me digam.

Com vocês .... O Palhaço Sassá Mutema.

Um certo moralista foi lá no HTP e perguntou se a gente não ia falar da Cicarelli. Tipo assim .. não entendi o link que ele fez entre "Homem é Tudo Palhaço" e "Cicarelli transando na praia com seu namorado". Até hoje tem gente que não entendeu o objetivo do blog e acha que, falando mal das mulheres, vai redimir os homens das bobagens que eles ficam fazendo. E, nesse caso, pior, porque como expliquei lá, a coisa mais burra que ela fez ali foi ter se deixado filmar .. no mais .. fez e fez bem feito.

E eu, que podia ter ficado quieta, fiz um post lá dizendo que não via e não vejo palhaçada no fato de a moça dar a perseguida dela pro namorado na praia. Afinal, se eu tivesse aquele corpão, dava pra muito mais gente.

Aí .. o cara moralista que agora vou chamar de Sassá Mutema, num post que tá aqui embaixo, no Bulhufas mesmo, me deixa o seguinte comentário que eu comento a seguira.

Esse é para a posteridade:

MAQUINA_DE_SECSO disse...

EU SÓ VIM AQUI ESPLICAR PRA VOCE O QUE EU JA TINHA ESPLICADO NO OLTRO BLOGUE OKEY CASO VOCE NAO VIL AINDA OBRIGADA:

Obrigada pelo que, Sassá? Que frase caceta de frase é essa????? Por poucos momentos eu achei que tava lendo um gibi do Cebolinha. Amigão, se você quiser ... sei lá .. eXpressar o seu ponto de vista, vai fazer um cursinho de alfabetização ou de coordenação motora, caso você não saiba digitar, ou de vista se você anda confundindo as letrinhas no teclado ...


AI GAROTA VOCÊ É MUITO, NO, CASO, INOSSENTE MESMO EIM? VOCE JA VIL O VIDEO POR À CASO?
Eu vi sim, Sassá Mutema.

CORRETO?
O que me espanta é você ter escrito coRREto da maneira correta.


POIS SE VOCE VIL VOCE SABE QUE O NAMORADO DELA CHEGA SE ENCHOCHANDO NELA POR #$@ TRÁS #@# ISTO MESMO POR @#$#$ TRÁS @#$#@

Sassá Mutema, qual é o problema do NAMORADO dela se ENCHOCHAR (???) nela? Vocês homens não vivem pedindo pra nós, mulheres, liberarmos o enchochamento por trás?
Bem .. nunca pensei na minha vida que eu fosse conjugar o verbo enchochar. Mas há uma questão nesse enchochamento ... Se ela tivesse na praia e empinasse a bunda pro primeiro Sassá Mutema que passasse .. ok .. piranhagem .. mas como você mesmo disse, Sassá, o cara é NAMORADO DELA e portanto, tem prerrogativas (você sabe o que é isso?) de enchochamento. E sendo a bunda de propriedade da Cicarelli, e não só a bunda, como o gostosão lá da cena também, ela pode se ENCHOCHAR nele quando bem quiser. Namorados se enchocham mesmo.

EU JA FIS SEXO CASO VOCE DUVIDA CORRETO? E EU SEI QUE O PENIS (PRA QUEM É HOMEM) E A VAGINA (PRA QUEM NÃO É) FICÃO NA FRENTE E O ANOS FICA À TRAS CORRETO?

Na boa .. eu posso fazer uma camiseta com essa frase .. poucas coisas me fizeram rir tanto como isso que eu acabei de ler ... tipo .. Sassá, você precisa explicar que homens têm pênis e mulheres vagina?? Você descobriu isso hoje????


ENTÃO ISTO SIGUNIFICA QUE ELE COMEU A @##@ BUNDA @!$#@ DELA E NÃO A VULVA?

Ai Sassá ... além de ignorante você é virgem .. vamos lá, tia Narinha vai te ensinar .. comer, o termo vulgo (por favor, aceito sugestões) significa, pelo menos pra mim, que o ser humano dotado de pênis, os homens como você bem disse, inserem o pênis na ou no ânus (vulgo cu, caso você desconheça) das mulheres. A inserção do pênis é opcional e depende do gosto do freguês.

Se você reparar bem .. a ENCHOCHAÇÃO começa na areia, com os dois de pé, e, no meu humilde ponto de vista, é humanamente impossível que o cara penetre seu pênis no bumbum da moça assim em pé. Mas também não sei o que significa enchochação ...

A cena de sexo, com penetração, acontece na água. E não sei se você reparou, Sassá, que a Cicarelli está de frente para o cara e ele, por sua vez, de frente para ela. Assim .. quando um homem e uma mulher ficam assim de frente um para o outro ... lá no andar de baixo, o pênis e vagina se encontram.

Pura magia, né? Portanto, a não ser que a Cicarelli seja o curupira ou tenha o pescoço da Linda Blair em "O Exorcista", o pênis do rapaz penetrou na vagina. Repare nos movimentos. E tem mais, Sassá Mutema, a vulva é a parte externa da vagina. Vou até colar aqui embaixo (e tô fazendo um favorzão) a definição do que é vulva lá do wikipedia pra você não pagar mais mico.

Vulva é a parte externa do orgão genital feminino. Externamente pode (adorei o pode ...) ser revestida por pêlos púbicos. É constituída pelos grandes lábios (labia majora), revestidos internamente por tecido muscular. Em seguida há um par de pregas (demais, né) mais finas, os pequenos lábios, que podem ou não (esse wikipedia é muito generoso, gente...) estar inclusos nos grandes lábios. No interior dos lábios encontram-se o clítoris, a abertura da uretra e a abertura da vagina.

COMO PODE VOCE NAO ACHAR COISA DE PRAVADA A MULIER DAR A BUNDA NA RUA?????? ENTENDEL AGORA CORRETO? CORRETO?
Ccomo eu sou boazinha pra você, Sassá. Fui lá no dicionário Houassis (e se escrevi errado, perdão, mas tô com preguiça de pesquisar) e achei o seguinte:

DEPRAVADO
adjetivo e substantivo masculino(pode ser feminino também, ok?)
1 que ou quem se depravou
2 que ou aquele que está moralmente degradado; corrupto, degenerado, perverso

Não acho que a definição acima descreva muito o caso da Cica. Acho que encontrei um adjetivo melhor:

INDECENTE
que não é decente
1 que não é próprio, oportuno, adequado; incorreto, inconveniente, impróprio
2 que fere o pudor, a moral, os bons costumes; obsceno, licencioso, chocante
3 Derivação: por extensão de sentido. Uso: informal.
que choca pelo exagero, por sua enormidade
que ou quem tem comportamento obsceno, viola o pudor, o recato, as restrições sexuais; devasso, libertino, licencioso

Deu pra entender, Sassá?
Nossa Cica foi indecente no sentido de ter chocado as pessoas, de ter feito algo inconveniente para o local onde ela estava. Sacou, agora? Estamos entendidos?