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sábado, 11 de março de 2006

Palhaço recém-casado
A cena foi em um restaurante cheio. Era hora do almoço e em uma mesa estavam só mulheres, enquanto em outra mesa próxima, só homens. Um deles olhava insistentemente para uma das mulheres. Antes de terminar a refeição, ele se levantou e pediu o telefone da mulher observava. Ela deu.

Se falaram algumas vezes no telefone e ela acha o “modus operanti” dele o de um homem casado.

- Você é casado?
- Sou.

Silêncio do outro lado da linha. E ele completa.

- Você não viu?
- O que?
- A aliança no meu dedo no restaurante.

Não, ela não viu. Ela jamais imaginaria que um homem casado – recém-casado, como descobriu depois – teria a pachorra de cortejar uma mulher descaradamente com aliança no dedo.

E não venham me dizer que ela que foi tola. Ele é que foi palhaço. Não dá para culpá-lo de ter escondido o jogo, mas ele fez um papelão. Melhor seria ter ficado só na troca de olhares, já que era comprometido.

quarta-feira, 1 de março de 2006

Palhaço de academia
Na academia onde eu treino, treina também casal daqueles bem populares, amigos de todos, que cumprimentam desde as meninas da recepção até o dono. Ano passado a mulher estava grávida. Ela foi fazer musculação até quase parir. Não sei como a criança não nasceu na cadeira abdutora...

Enquanto a mulher esteve afastada dos treinos, todos perguntavam por ela e o rebento ao marido.

Uma vez estava na esteira ao lado dele, quando um cara perguntou:

- E a Fulana? Quando volta a treinar?
- Ah, ela quer voltar logo.
- Ela gosta de malhar, né?...
- É, e também ela está toda mole, sabe? O braço (e mostrou a parte interna do seu braço) está todo mole.

Como se já não fosse uma grande palhaçada ele falar dos, digamos, “detalhes anatômicos” da mulher, o artista é horroroso: gordo, careca e ele mesmo todo flácido. O roto falando do esfarrapado.

Não preciso nem dizer que a mulher voltou a malhar praticamente antes de terminar o resguardo. A criança deve ter uns três meses e a mulher já está puxando ferro, enquanto o bebê fica aos cuidados dos freqüentadores da academia que se revezam no gugu-dadá. Com um marido que cobra um corpo “durinho” depois do parto, só assim mesmo.