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domingo, 24 de setembro de 2006

Palhaço sem loção
E quando a gente pensa que já viu todo tipo de espetáculo, vem um palhaço e nos surpreende com uma nova performance.

Estava eu deitada, curtindo minha crise de rinite, quando o celular toca. Era o palhacinho da vez. Conversamos por um tempo e ele fez o convite pro motel. Beleza. A gente saiu algumas vezes de março pra cá, mas não tínhamos transado. Ele já tinha me feito o mesmo convite há algumas semanas e eu não aceitei porque não estava a fim. Achei que aquele dia tinha uma conjunção astral favorável, apesar da minha pontinha de febre, e topei.

Ele disse que passaria na minha casa em meia hora. Me arrumei rapidinho e na hora marcada estava na porta esperando por ele, que chegou todo cheirosinho e cheio de amor pra dar.

Na entrada do motel, ele parou o carro:

- Só tem uma coisa: eu estou duro. Você se importa de pagar?

A minha resposta foi uma gargalhada (Depois eles reclamam quando são chamados de palhaços, mas nos fazem rir, ora!), seguida da ordem:

- Pode dar ré.

E eu não conseguia parar de rir. Mas foi realmente um espetáculo digno das maiores gargalhadas. Como o cara chama a mulher pela primeira vez pro motel e ainda pede pra ela pagar??? Sem "loção"!!! Fora que eu nunca paguei motel pra homem nenhum e se um dia eu pagar, meu amigo, vou comer o malandro do avesso!

Ele ainda queria ficar de amasso dentro do carro na porta da minha casa às 7h da noite. Nem pensar, baby. Quando ia saindo do carro, ele falou o clássico “te ligo”. Ha, ha, ha. Agora, nem ele me oferecendo a presidencial do Vip’s eu topo. Artista circense comigo só tem direito a única apresentação. O picadeiro já está a disposição de outro.

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