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domingo, 23 de dezembro de 2007

Palhaço comportamento de risco

Tenho uma amiga que é virgem. Bom, acontece e as circustâncias não são da nossa conta. Recentemente, a moça decidiu que era tempo dar início aos trabalhos e promover a inauguração da casa. Escolheu um pretendente a altura da responsabilidade, fizeram precursoras durante alguns dias e concluiu que era isso mesmo. Então, agendaram uma viagem romântica para o fim de semana, onde se daria o tão aguardado evento. Parecia tudo perfeito. Parecia. Mal chegaram na pousada, começou o espetáculo: o palhaço não queria usar camisinha!

Argumentou que, sem camisinha era muito melhor e, jogo sujo, ela não ia saber o que era bom realmente se fizessem com e era um desperdício ela não aproveitar na primeira vez. Francamente, que palhaço aproveitador! Aproveitador e burro, é claro. Achou que ela estava “limpa” porque era virgem? E se ela...? Enfim, e se tanta coisa? Inclusive, e se ELE não estivesse “limpo”? Mas isso tudo é assunto pra uma outra discussão.

Já ela, moça esperta, apesar da inexperiência no tema, ligou pro Grupo de Apoio na mesma hora. A companheira de plantão foi taxativa: “não, não, não! Não aceita. Se ele não quiser usar é um escroto que não te merece”. Nossa dona de circo iniciante perseverou. Ficamos orgulhosas. Resultado? Eles tentaram, mas o palhaço broxava toda vez que botava a camisinha. Ela voltou da viagem sem ter certeza se ainda é virgem.

Vamos lá, amigos deste circo, se o palhaço broxa quando bota a camisinha, por que não treina em casa? Mixar o espetáculo com a função iniciada dá demissão por justa causa, né amigo?
Palhaço comportamento de risco II

Já outra amiga, essa rodada, digamos assim, caiu no conto do "sem camisinha é melhor" e tá arrependida até agora.

A companheira empresaria circense tinha ido a uma festa de aniversário em uma tradicional casa de samba carioca. Como todo mundo sabe, samba não tem pegação (aliás, não se pega ninguém em samba, pelo menos nos que eu vou), especialmente naquele local familiar, digamos assim. La foi ela toda alegrinha e despretensiosa, disposta a sambar com as amigas ate de manhã e voltar pra casa com pés doendo e a alma lavada e pronto.

Mas eis que, contrariando as expectativas, samba vai, samba vem, um palhacinho todo bem acabadinho tira a moca pra dançar. Educado e atencioso. Moreno, alto, ombros largos e mãos grossas, como apreciaria outra amiga nossa. Estiloso, descoladinho, barbinha por fazer, como diria salivando certa cálega de pista. Magrinho gostoso, ou fibrosito, como definiria uma dona de circo hermana. O bofe agradaria a gregas e troianas. Sambaram que sambaram e, no fim da noite, o rapaz a convidou pra casa dele. "Simbora!".

O garotão mostrou que não tinha só estilo: pirocudo e abnegado, fazia tudo pra agradar. A chapa quentíssima e ela achando que tinha tirado a sorte grande enquanto tirava o atraso. Trabalhos já adiantados, todo mundo animado, todo mundo empolgado, o bruto aproveita o calor do momento e propõe “Agora vamos fazer sem camisinha, pele na pele, quero te sentir de verdade”. A tola embarcou na canoa furada “Pele na pele, sem camisinha, também quero te sentir”. Humpf. Tão os dois na função, quase pegando fogo, quando o bruto grita “Espero que nenhum de nos dois tenha aids porque eu vou gozar”. Ela, que também tava quase gozando, broxou.

Vem cá, é isso mesmo? Na hora "h" foi a coisa mais sexy que ele pensou pra dizer?
Pois, amigas donas de circo, isso prova como mesmo experientes, de vez em quando caímos em cada furada, cada espetáculo chinfrim... Ninguém precisa ter vergonha de ter caído numa esparrela dessa, precisa é abrir ficar esperta pra não fazer a mesma bobagem. Que sem camisinha é melhor ninguém nega, mas que não vale a pena também sabemos muito bem, inclusive pra nos poupar de ouvir uma sandice dessas.

quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

Mais uma da série Palhaço Machista/Papai Palhaço

O casal tem dois filhos, o mais novo tem apenas sete meses. Ela pergunta pro marido se ele quer ter mais filhos.

Palhaço responde:
- Claro que sim!
Emocionada, ela quer saber o motivo. E ele dispara:
- Quem sabe com mais uma criança você não pára de trabalhar e fica em casa cuidando dos filhos!

Além de circense, provou que vive na caverna. Pobre dona de circo.

Fico pensando aqui com meus botões de dona de circo, insensibilidade pouca é bobagem, né? Ele e o que deu um filhote de pitbull pra mulher que queria um bebê devem ter estudado na mesma escola.

Claro, como sempre pode ser pior, já ouvi a história de um que chegou pra esposa amamentando o bebê de três meses, primeiro filho deles, e disse que tava indo embora porque não agüentava mais morar com uma vaca leiteira. Tem também o que, ao saber que o filho recém-nascido era deficiente visual avisou que tava indo embora pois "não tinha estrutura psicológica para ser pai de um filho cego". Ah, tá, né?

quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

Palhaco podólatra

A leitora N.G. sofreu uma tentativa de aliciamento de um palhaço podólatra. Depois ela soube depois que não foi a única a ser molestada e o palhaço meliante aborda as moças transeuntes com propostas bizarras.

Bem humorada, disse que lembrou da história do tarado que pedia fotos minhas pelada de Melissinha e que não tinha certeza de o relato estava pra HTP ou OMEE. Bom, sei é que por mil pratas (pagamento à vista, antecipado e em dinheiro) eu deixo ele lamber a sola dos meus dois pés e ainda dou brinde de chupar meu dedão.

Respeitável público, pegue sua pipoca e aproveite:

Estudo no Centro, faço pós lá. Pois bem, há dois ou tres meses um cara me parou na rua. Boa pinta, bem vestido, me perguntou se meu pé era 40. De fato, é. Meu pé é enorme, mas eu tb tenho 1,80 né... sei que ele veio com uma conversa, que trabalhava com sapatos de fôrmas grandes, perguntou se eu tinha dificuldade em achar sapato, me convidou para entrar no orkut dele para dar uma olhada nos modelos... eu pensei 'bem, é um vendedor, tá fazendo o trabalho dele..." mas acabei deixando de lado e esqueci.

Mês passado, quem encontro de novo? O vendedor. Perguntou se meu pé era 40 de novo, disse que estava precisando de modelo, pagava 300 reais pelo fim de semana. Disse que não estava interessada - isso de modelo, pra mim, é sempre golpe - e ele falou que era uma grana boa. Eu perguntei se eram só fotos, ele disse que não, aí que eu desconfiei mesmo. Ele pediu pra eu tirar o sapato - meio da rua! - pra ele ver meu pé. Tá loco, seu? Disse que meu pé não estava num bom dia e fui embora.

Hoje, andando meio apressada porque já estava atrasada, quem vejo? O próprio. Reclamou que não entrei no orkut dele. Eu falei que não estava interessada. Ele então disse que ia me fazer uma proposta: me pagava mil reais pra eu deixar ele lamber a sola do meu pé. Tá doido, seu! Fiz aquela cara de "sai daqui seu super freak" misturado com "Que medo do doido do pé" e me mandei da rua... eu heim!

quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

Palhaço insensível

Uma leitora contou que uma amiga sua mora há dez anos com um palhaço e decidiu ter um filho dele (coitada!). O palhaço não queria porque é divorciado, tem filhos do outro casamento, mas faz um "esforço". Nisso, a moça descobriu que não pode engravidar e pensou em adotar uma criança, mas o sujeito foi totalmente contra. Aí que o circo pegou fogo.

Na tentativa de apaziguar a situação, em um arroubo de sensibilidade, um belo dia o bruto chega em casa com um filhote de pitbull nos braços. Sim, isso mesmo! Ele estava propondo a sua companheira que, no lugar de adotar uma criança, ela criasse um pitbull. Eu adoro animais, mas cada coisa no seu porta coisas, né? A moça quebrou o pau e o mandou devolver o cão.

sexta-feira, 23 de novembro de 2007

Palhaço ex-marido

Dizer que ex-marido é tudo palhaço seria redundância, afinal, se é homem, é palhaço. Sem falar que se as palhaçadas do bruto fossem do tipo "tolerável", ele seria atual e não ex. Ex-maridos são uma categoria de palhaços à parte.

Amiga minha, mulher bonita, inteligente, culta, bem sucedida e bem resolvida, separou-se recentemente. O palhaço ex-marido fez quase todos os clássicos e, ao ser posto pra fora de casa, resolveu fazer o número do ofendido. Diz que a ex não pensou na família e foi egoísta ao demití-lo. Tadinho, não sabe que traição em público dá justa causa em qualquer circo.

Ainda assim, pelo bem do fiho em comum, minha amiga tenta manter um relacionamento amigável com o palhaço. Outro dia foram almoçar para resolver questões comezinhas das sobras de tudo que chamam lar. Claro, artista circense com carteirinha do sindicato, ele mal esperou aquela a quem um dia ele jurou amor eterno sentar pra começar o espetáculo.

Ex-marido - Nossa, como você engordou!
Nova solteira na praça - Você acha?
Ex-marido - Acho.
Nova solteira na praça - Meu braço tá muito grande, né?
Ex-marido - Não sei. Homem não olha pra braço. Homem olha pra bunda e a sua sorte é que sua bunda ainda vale a pena.

Que gentil, né? É exatamente assim que ele vai reconquistar a ex-mulher a quem ele diz ainda amar.


**********

Esse episódio lembrou a minha separação. Meu ex-marido, ao ser catapultado, também fez o número do ofendido injustiçado, apesar de infiel pego em flagrante. De tanto choramingar me convenceu a ir vê-lo. Chego eu no apartamento que dividíamos até quinze dias antes e encontro o bruto deitado de cueca na cama. Cabelo ensebado, cara de quem não toma banho há uma semana. A casa imunda e bagunçada. Sem nem levantar da cama, o palhaço me escrutinou com o olhar e disparou com expressão de desprezo. "Você tá horrível! Tá magra, abatida. Tá horrível". Eu, que tinha virado a noite trabalhando e fui lá ver se o palhaço não tinha tomado chumbinho-mata-e-seca-o-rato, rodei nos calcanhares e fui embora. Tranquei a porta e joguei a chave por debaixo, pra nunca mais cair na esparrela de entrar naquele muquifo.

Jogo baixo, ele começou a ligar pra minha mãe. A velha, a quem ele chamava de nomes nada simpáticos, ficou com dó e me encheu até eu ir "conversar" com ele uma última vez. Chegamos no restaurante e ele sorridente "quando posso ir buscar suas coisas?".

– Não vou voltar.
– Ué? não vai voltar? Então que você tá fazendo aqui?
- Você pediu pra conversar, estou aqui pra conversar amigavelmente.
- Não quero ser seu amigo, quero que volte pra casa.
- Não vou voltar. Acabou, se conforma.
- Se não vai voltar nem precisava ter vindo. Se aceitou conversar eu achei que queria voltar.

Piada das piadas, me chamou de vil por por não querer voltar com ele. Vil? Vil? Vil de cu é rola, meu amigo!

Pois é, eu ainda desperdicei uma folga no trabalho pra ouvir essas sandices, mas aprendi a lição. Claro, depois disso ele encheu o saco, chorou, ligou 5 mil vezes no meio da madrugada, me xingou, mandou cartas risíveis, me agarrou. Pentelhou por oito meses até finalmente sumir para sempre.

quarta-feira, 21 de novembro de 2007

Eu, leitora e empresária circense

Eu andava negligente com os espetáculos enviados pelas leitoras, confesso que em parte por preguiça/falta de tempo e em parte pelos relatos recebidos serem muito extensos ou mal escritos. Mas, para deleite da platéria, eis que hoje encontro depositada na caixa postal circense a pérola abaixo, enviada pela leitora J.P.



Estava na aula do cursinho de inglês e o professor, que tá na faixa dos 27 anos, mandou a turma se dividir em grupos pra fazer uma atividade. Cada um dos quatro grupos sorteou um papel com uma pergunta. A idéia era que discutíssemos entre nós e depois abríssemos o debate para a sala toda. Tava indo tudo muito bem, até que o terceiro grupo colocou em voga a sua pergunta: "Por que as mulheres vivem mais que os homens?"

Foi a deixa pros palhaços começarem o show. No meu grupo, um logo soltou essa: "Porque os homens trabalham mais, ué!" Não contente repetiu mais alto: "Porque os homens trabalham mais que as mulheres!". Eu, que sofro da síndrome da "vergonha alheia" fiquei com dó do moço.

Para minha surpresa, a ainda coisa ficou pior. Num aluno de outro grupo falou: "Professor, fala aí a sua teoria que você tava explicando pra gente!". Aí o professor: "Não, não, falem as opiniões de vocês primeiro". Eu já pensando "Ih, lá vem merda!". Quando eu menos espero, ele solta essa: "Tá, vou falar a minha teoria: é que as mulheres lavam roupa, lavam louça, lavam o chão, dão banho nas crianças... aí, como estão sempre lavando as mãos, ficam mais livres de bactérias e coisas do tipo! E as (bactérias) que sobrevivem morrem quando elas cozinham, por causa do calor." (...)

As mulheres, que são maioria na sala, fizeram TODAS cara de "cala a boca, imbecil!". E os homens deram aquela risadinha de cumplicidade cafajeste, ao que o professor prontamente emendou: "É brincadeira, hein meninas! hehehe".

quinta-feira, 15 de novembro de 2007

A nova do Palhaço do Pau Salgado

O bruto veio se gabar de sua última conquista sexual. Aquele blábláblá de fiz e aconteci de sempre. Argumentei que, na minha opinião, não tinha tinha sido uma aquisição de vulto pra coleção de troféus dele. Afinal, se a moça é até bonita, digamos com generosidade, é bem vulgarzinha. Isso sem entrar no méritos intelectuais da pobre.

- Tá falando isso porque não viu aquilo ali na cama: é um demônio. Olha, ela tem talento: nasceu pra fuder. Não tem medo de pica não...

Eu, que não tinha perguntado nada, muito menos quero ver a demonha na cama, quase fiquei com dó do palhaço amigo. Suas próprias declarações nos levam a crer que, antes da demonha em questão, ele andava pegando mulher com medo de pica, se é que isso existe. No entanto, minha reflexão foi interrompida antes que eu me solidarize precocemente.

- Fode muito, mas também só serve pra isso. Fora da cama dá vontade de dar um tiro na cara.

Pois é, dileta audiência. O palhaço se deixou ver todo sorridente de mãozinha dada com a demonha. Passeou pela Lapa, foi ao samba, bebeu na Taberna. Agora, não bastasse contar as estripulias que aprontou no picadeiro da moça, ainda diz que naquele circo, só apresenta um espetáculo.

Como eu sempre digo, homem é tudo palhaço...

quarta-feira, 14 de novembro de 2007

Palhaços silvestres

Amiga Lucy me acordou com sonora reclamação. Justo. Fez ela uma teoria incrível sobre os Palhaços Silvestres e eu, como pude?, dei apenas uma nota de pé de página no post anterior. Feio isso.

Faço agora a correção do post acima ou abaixo (não lembro) sobre algumas considerações a respeito do comportamento palhaço, lembrando sempre que a regra número 1 é: Homem não pode dormir. Portanto, mantenha o seu palhacinho acordado o máximo de tempo possível. Em caso de declaração de amor, dê a ele toneladas de guaraná em pó para que ao repousar ele súbito não esqueça que há minutos te amava com muita intensidade.

Atenção: Regra número 2

E com a palavra, Lucy.

Os homens são como animais silvestres. Não selvagens, porque transitam entre as pessoas, mas assustados como bichinhos desconfiados. Vou dar um exemplo: sabe aqueles esquilinhos do Jardim Botânico? Fofinhos, bonitinhos, mas não querem chegar perto. Tem q ter paciência e muito cuidado. A gente vai se aproximando, mostrando uma comidinha, pegando confiança... tudo com calma... silencio... sendo bem compreensiva! Você estica o braço com a noz na mão, mantendo o bicho sempre ali pertinho da noz, quase que hipnotizado, mas sem fazer movimentos bruscos. Se fizer, eles saem correndo e não voltam mais...

Sacaram? Eu é que entendi errado e acabei simplificando este pensamento tão verdadeiro.

Enquanto esperava Lucy enviar por e-mail esta complexa teoria, ouvi das moças que habitam minha área de trabalho, pérolas como:

Homem é como tapete. De vez em quanto tem que dar uma sacudida!

Sentiram o drama?

Ah! Regra número 3

Cuidado com as almas gêmeas instantâneas que esbarramos na noite. São quase palhaços Miojo. Bota água fervendo em cima e eles viram um macarrão ótimo, maravilhoso. Satisfaz ali, naquela meia hora, mas depois você fica com fome. Enquanto eles estão na pista, olhando no olho, dizendo que você é a alma gêmea deles, é a hora de colocar a água fervendo e saborear o prato. Depois eles dormem e a panela fica vazia.

Lembrem disso.

terça-feira, 13 de novembro de 2007

Filosofias palhaças

O que fazem duas Fernandas e uma Lucy?
Filosofam sobre a espécie masculina palhaça. Certa feita, minhas estimadas amigas, 2 Fernandas e uma Lucy, passaram à tarde a filosofar sobre palhaçadas muitas. Dali saíram pérolas que precisava dividir com vocês.

Vamos começar com a primeira grande questão levantada. Teoria comprovada e testada por todas nós. Atire a primeira pedra quem não concorda.

Regra 1: "Palhaços não podem dormir."

Não podem. Não devem. Devia ser proibido por lei. Depois de uma noite de sono, nossos príncipes voltam ao brejo como os piores sapos das piores histórias infantis.

Acompanhem o relato.

Reencontrei um palhaço ficante depois de um longo período sem ve-lo. Foi legal. Chegamos quase a namorar, sabe? Fomos tomar uns chopes e lá pelas tantas, com fartas doses etílicas na cabeça, vira-se ele e diz: "Você é a mulher da minha vida, eu nunca devia ter te deixado, você é tudo pra mim, quero ficar com você pra sempre". Que meigo, que fofo, beijo pra lá, beijo pra cá .. Fui dormir a mulher da vida dele, com promessas de amor eterno, verdadeiro. Disse-me ele - antes de me deixar em casa - que queria fazer amor comigo. Cafona, mas poético. Aí ele dormiu e , aparentemente, fudeu! Acordei, liguei e ouvi dele o seguinte: "olha .. não lembro muito bem o que falei, esquece o que aconteceu, eu estava um pouco alto, nem sei muito bem o que eu disse...". E desligou e ficamos por isso mesmo. Claro que não levei a sério nada que ele disse, mas ele falou com tanta sinceridade que por um momento achei que a gente podia engatar algo minimamente sério" .

Isso é que é ressaca moral ... tá certo que não se deve confiar em palhaços sóbrios quanto mais em palhaços alcoolizados. Mas precisa tudo isso? Precisa dizer que "a mulher da minha vida", que "quero fazer amor"? Cafooooona ... de quiiiiiinta!

E pra que prometer? Simplesmente pega, beija, come direitinho, faz carinho depois, dorme abraçadinho, acorda, toma banho e vai embora antes dela acordar ou simplesmente diz que a noite foi ótima, que ela é linda e que quem sabe a gente se esbarra. Mas sempre sorrindo, meigo. Pra que esse tom dramático, esse sentimento tooooodo, essa paixão avassaladora. Como assim não lembra? Bebeu álcool na bomba do posto de gasolina?

Tá certo também que o amor é eterno enquanto dura, mas ninguém aqui é Vinicius de Moraes, né?

Eis que 2 Fernandas e uma Lucy chegaram a brilhante conclusão que o problema masculino reside no sono. Talvez sejam naquelas oito horas de repouso que eles se vestem de palhaço e vão dar show nos picadeiros da vida. Talvez eles se dão conta de que "iihhhh .. fui legal" ou "ihhhhh .. fui bacana e ela vai se apaixonar". Melhor é ser frouxo e não admitir o que fez, né?

Outra conclusão a que elas chegaram é a de que Palhaços são como esquilos. Você estica o braço com a noz na mão, mantendo o bicho sempre ali pertinho da noz, quase que hipnotizado, mas sem fazer movimentos bruscos. Se fizer, eles saem correndo e não voltam mais...

Neste eterno picadeiro lotado temos que apenar rir das travessuras de nossos meninos. E na categoria meninos, conto agora as aventuras do Palhaço Pique-Esconde.

Pique-esconde é um mocinho recatado de boa família que vinha saindo com X há alguns dias. Eis que após noites tórridas de sexo caliente, Pique resolve bancar o fino e chama X para jantar. X topa na hora, acha fofo e Pique-Esconde diz que vai ligar mais tarde para acertar os detalhes.

Você ligou? Você aí .. ligou? E você, ligou?
Não? Nem ele.

X, mulher bem resolvida, mandou torpedo, achou estranho, num esquentô a cabeça e foi dormir. Pique, sabe-se lá Deus, apareceu dois dias depois justificando-se. Disse que tinha trabalhado até tarde. E para surpreender, chamou X para novo jantar. O esquema (pasmem!) se repetiu e na hora H, quem ligou? Todo mundo menos o Palhaço Pique-Esconde que voltou a sumir!

Bom, né? Então X, mulher bem humorada e resolvida para caraleo (porque eu a essa altura já tinha mandado o cara pra casa do cacete) ouviu as considerações de Pique. Aceitou novo blá, blá, blá, sobre trabalho e mandou que ele lesse este blog para aprender a se comportar.

quarta-feira, 7 de novembro de 2007

Palhaço do pau salgado

Hoje ele me disse a seguinte pérola circense: "Estou um Exorcet (sic). As mulheres tão vindo a mim!".

Humpf, aposto que não pega ninguém há um tempão.
Poooooodre de famosas

Segundo informaram na comunidade do HTP no Orkut, O Circo figura em 74 lugar na lista dos 500 melhores blogs de língua portuguesa do Technorati. A informação está no Leitura Constante.

Ai, ai. Que circo luxento!

terça-feira, 6 de novembro de 2007

Amigo Palhaço

Amigo meu, palhaço emérito, porém querido, veio se vangloriar de sua intensa vida sexual. Disse que tem tanta mulher nó pé dele que está cansado, não agüenta mais. Que mulher é bom, mas enche o saco. Que mulher é muito complicada (como se os homens não nos parecessem complicados também). Eu só olhando pra cara dele com expressão de desdém, até que vem a pérola máxima. Apontando para a genitália, mandou "tenho que ir a praia, vou tomar banho de mar pelado pra salgar meu pau, tá doce demais".

Gargalhei. Gargalhamos.

– É doce, mas achou no lixo, isso que dá.

Gargalhei sozinha. Rá!
Mais um vídeo!

http://www.grapheine.com/bombaytv/play_uk.php?id=1869182

quinta-feira, 1 de novembro de 2007

Rapidinha

O amigo: Acho que vou terminar. Ela é foda, fico que nem um garoto de 16 anos, não sei o que fazer.
A amiga: Faz sentido! Se está bom, termina, né?

Homem é tudo palhaço.

quarta-feira, 31 de outubro de 2007

Eu, leitora e empresária circense...

Aconteceu há um tempo, eu estava ficando com o bruto (com quem já tinha ficado quando mais nova, coisa de adolescência) há uns 2 ou 3 meses, quase todos os dias. A coisa aparentemente caminhava prum namoro, com direito a música do casal, foto pagando homenagem em Fotolog, tudo bacana. Éramos da mesma faculdade e morávamos um do lado do outro, torcíamos pro mesmo time, tudo na mais perfeita harmonia. Um belo dia, estava eu linda e formosa no campus da faculdade conversando animadamente com amigas, quando vejo uma chamava não atendida dele no meu celular. Ligo de volta. “oi! Me ligou?” “tô na aula.” E desligou. Ok, ele não era curto e grosso, mas ok, aula importante. Fui pra casa, passou um dia. Dois, três, quatro, cinco. Nada dele por telefone, celular, MSN. Nada. Nem pela faculdade a gente se esbarrava mais. Não lembro, mas acho que cheguei a mandar mensagem e não obtive resposta, mas enfim. Um belo dia, ele entrou no MSN. “oi. Td bom?” “Fulana (eu),, deixa de ser ridícula”. Opa. Como assim? “Que que é, garoto? Chupou manga podre? Que que houve?” “você sabe muito bem, não se faça de engraçadinha.” Eu juro que não sabia. “Cicrano, que porra é essa, tu bebeu? Não te vejo há séculos, me fala o que houve” “não” “liga aqui pra casa, vai” E depois de muito insistir (eu não sou disso, mas sei lá o que tinha acontecido, né?), ele ligou. Olha isso, gente:

- Eu vi muito bem, Fulana, quando eu liguei pro seu celular lá na faculdade, eu tava te olhando de longe, aí você fez cara de nojo e me deu end, depois ficou rindo com suas amigas às minhas custas. Você é muito infantil, sua criança. E blá blá blá...
- Perai, filho. Que vi o que, tu bebeu? Quando eu vi sua ligação, retornei, ué. Simples.
- EU VI. Não adianta mentir porque eu vi. Ninguém me contou.

Fiquei incrédula. Não entendi nada, fiquei viajando mesmo, e chateada, porque eu gostava dele e ele começou a nem me cumprimentar mais. Contei pras meninas que estavam comigo na ocasião e elas entenderam ainda menos do que eu, até que uma delas lembrou: “Fulana, teve uma hora q vc recebeu mensagem da sua prima, ela tava falando alguma besteira, vc viu, leu pra gente e ficou rindo. Será que foi isso?” E lá fui eu perguntar pro cidadão, né?

- Não adianta, vc pode falar o que quiser, não acredito mais em vc. Acabou.

Ok, ele ficou puto. Com uma coisa que NÃO aconteceu. Mas mesmo que tivesse acontecido, era pra fazer esse show? Achei teatro. Achei ESPETÁCULO CIRCENSE. Então, o tempo passou, meses depois conheci meu atual namorado. Quando ele percebeu que a relação tinha engrenado (orkut é foda), veio de papinho mole no MSN. RÁ RÁ RÁ, filhotinho. Sonha!! 1 ano e meio de outro namoro depois, no meio da comemoração do título do nosso time (meu, do palhaço citado e do atual namorado, por acaso...), quem me surge? O bozinho, fantasiado de jogador de futebol fanfarrão, estampando o maior sorriso do mundo, com os braços abertos pronto pra me dar um abraço pelo título conquistado. Agora vê se eu posso com isso: quer terminar, por que não termina logo? Eu, hein. E o mais ridículo que é que temos diversos amigos em comum, que não entenderam nada da história, pra mim, muito é da mal contada... Mas como vocês dizem, vida que segue. Que o bozo faça rir a próxima, por favor...

segunda-feira, 22 de outubro de 2007

HTP na TV

Deliciem-se com a graça e doçura da Dona do Circo:

http://br.youtube.com/watch?v=XftpIhRF8ro
Palhaço Operador de GC

Não adiantou o operador do gerador de caracteres (o cara que digita as letrinhas numa matéria) ir mijar bem na hora de digitar "Roberta Carvalho, jornalista" na matéria do Domingo Espetacular. Consegui o vídeo e vou virar youtubestar!

segunda-feira, 15 de outubro de 2007

Pooooodre de famosas

Lembram que participei de uma matéria sobre homens cafajestes para o Domingo Espetacular da Record? Na época, gravei uma entrevista sobre o HTP que nunca foi veiculada.

Pois é, nunca tinha sido: foi ao ar reeditada ontem. Parece que ainda teve repeteco na Record News. Não avisei aos meus diletos leitores porque também não sabia. Alguém aí gravou? Alguém pode me mandar uma cópia? Colocar no Youtube?
Proposta circense

Em nível de dona de circo, vocês podem imaginar a variedade e qualidade dos e-mails que recebo. A pérola a seguir foi depositada na minha caixa postal durante o feriado, como eu estava em período de desintoxicação e fiquei três dias sem acessar internet, só vi hoje.

Olha, esse ano já fui pedida em casamento quatro vezes (por três homens diferentes - sim, um foi maluco suficiente pra repetir o pedido. Sim, como eu sempre digo, tem gente pra tudo no mundo, até pra querer casar com a dona do circo), mas nenhuma das propostas anteriores bateu essa.

Não posso falar pelas outras Donas do Circo, mas como não sou mórmon, nem sequer acredito em Deus, infelizmente serei obrigada a declinar tão gentil proposta. Sorry babe.


---------- Forwarded message ----------
From: Palhacinho criativo
Date: 13/10/2007 18:08
Subject: Uma Modesta Proposta
To: tudopalhaco@gmail.com

Olá, Meninas.

Eu acompanho o blog de vocês desde o início. Acho o texto impecável - vocês são very, very witty.

Mas não era disto que eu queria falar.

Sabem, eu sou Mórmon. E minha religião permite que eu me case com mais de uma mulher. Portanto, pensei em me casar com vocês quatro e irmos morar em Salt Lake City. Tudo bem, eu sei que Utah é um cu-de-mundo, mas há todo um charme em morar lá. Você se sente em pleno Século Dezenove, andando de carroça para lá e para cá.

Mas eu devo avisar: a vida naquela roça não é fácil não. É quase certo que vocês vão ter que puxar arado. Mas vejam pelo lado positivo: isto vai deixar vocês com umas coxas que poderiam quebrar nozes.

Fora o fato de que não tem eletricidade nem computador, muito menos internet. Mas tenho certeza de que vocês, meninas, vão se adaptar.

Então, topam?

terça-feira, 9 de outubro de 2007

Mais uma contribuição do Sindicato dos Palhaços do Rio de Janeiro!

http://www.grapheine.com/bombaytv/play_uk.php?id=1866014

segunda-feira, 8 de outubro de 2007

Palhaço sem noção

Festa dessas, tava eu observando a pista com meu copo de drink na mão. Já era quase de manhã, eu tava sozinha e sem disposição pra dançar, mas também não tava na pilha de ir embora. Não tava bêbada, mas já estive mais sóbria. Chegam dois rapazes bem apessoados querendo fazer amizade. Eram, digamos assim, tipões sarados, daqueles que a Ana Paula definiria como "juventude da zona sul criada a leite b".

Nos apresentamos e emplacamos uma sociabilidade básica. Um estudava Arquitetura em uma tradicional universidade privada e outro tinha acabado de se formar em Direito na mesma instituição de ensino. O que tinham de bonitões tinham de bobões e a conversa tava me divertindo. Gosto conhecer as representações de pessoas que vivem em mundos tão diferentes do meu, sabe? Eles me falaram dos lugares que freqüentam. Boates da moda nas quais jamais poria meus lindos e delicados pezinhos. Rindo, contei que nunca fui a tais lugares. O recém-advogado disse "claro, dá pra ver que você é mulher de outro nível". Hummmm....

Papo vai, papo vem, o wannabe arquitonto pergunta quantos anos eu tenho. Abri meu melhor sorriso de paisagem-deboche, que eles jamais compreenderiam, inclinei a cabeça um pouco para a direita e disse na vozinha mais cândida que pude fazer "36".

– Caralho! Tu é muito velha!!!

Sensacional! Dei uma gargalhada sensacional. O recém-advogado ficou meio envergonhado enquanto o amigo, do alto dos seus 24 anos, meio que se explicava "pô, isso não tem nada a ver, claro, mas é que você não aparenta...".

Muito divertidos meus novos amigos circenses, né?

terça-feira, 2 de outubro de 2007

Vídeo temático

http://www.grapheine.com/bombaytv/play_uk.php?id=1864806

segunda-feira, 1 de outubro de 2007

E segue a novela dos palhaços sovinas aproveitadores...

Essa foi enviada por uma amiga minha, já que a tônica do circo, de palhaços sovinas, descambou para palhaços aproveitadores. E ainda tem babaca por aí que diz que quem gosta de homem é viado, que mulher gosta é de dinheiro....

Nos fins dos anos 90, namorei um cara por um ano e meio. Coisa complicada, cara oito anos mais velho, se separando da mulher, com dois filhos. Isso deu um sururu na minha casa, que vocês não fazem idéia.

Tudo ia bem, só que o cara era muito ciumento e autoritário. E vivia sem dinheiro. Então, cansei de pagar motel, barzinho, cinema... fora outros gastos, porque por várias vezes emprestei $$ pra ele.

A última veio pouco antes da gente terminar. Um belo dia, ele vem todo choroso dizer q precisava fazer a matrícula dos filhos na escola, q tava sem dinheiro, mimimi mómómó. Emprestei o dinheiro pra ele, que na época foi coisa de seus R$ 300 (o que era um valor considerável há quase 10 anos). Passou o tempo e a gente terminou. Ele deu escândalo, foi pra minha casa arriar barraco e levar as coisas que eu tinha na casa dele. Mas o meu dinheiro... bem, passaram sete anos. Jacaré me pagou? Nem ele. Legal, né?

sábado, 29 de setembro de 2007

Palhaço muito sovina

Já que a história do Palhaço Sovina tá dando pano pra manga e tocando fogo no circo, aqui como no meu mundo estranho, resolvi continuar o assunto. Lembrei desse relato que recebi de uma leitora. Iria para a seção Eu, leitora e empresária circense, mas vou postar aqui na "semana temática dos sovinas".

Namorei um palhacinho, com carinha de homem-caseiro-pai-de-família, funcionário público de uma carreira legal, etc. Noivamos num belo dia. Como tínhamos compromisso, resolvi emprestar +/- 10 mil pilas a ele, pro bruto quitar uma dívida que gerava juros altos. Dias depois, resolvi terminar (por muitas questões), e o cara disse que não ia devolver o dinheiro pq era "indenização" dos gastos que eu havia dado a ele, inclusive gastos com as alianças!

Pra piorar a situação, ele mandou pra mim um balancete contábil relacionando gastos com jantar, aliança, gasolina, enfim, com todos os gastos que ele achou que eu tinha dado a ele, pode? Lógico que eu pirei! Depois ele devolveu o saldo teve "complacência" com alguns dos meus gastos, e só depois de outro tempo é que devolveu o restante... pode?
O circo tá pegando fogo
ou Pooooodres de famosas...

Abri a caixa postal do HTP hoje e levei um susto. Era um tal de gente querendo parceria, querendo trocar banner e link, querendo publicar texto nosso sei lá onde.

Descobri até que o HTP foi citado num tal dum mapa da blogosfera. Ai, como é chata essa vida de blogstar. Ai, ai. Fila para autógrafos à esquerda, por favor.

quinta-feira, 27 de setembro de 2007

Palhaço sem graça

Uma amiga minha tava dando pinta num evento badalado, super cheio. Ela tinha ido a trabalho e precisava de movimentar no meio da galera, gostasse ou não. Ao passar por um grupinho, sem querer, pisou no pé de um palhaço. Educada e simpática, pediu desculpas. O palhaço, aproveitou a deixa para fazer seu número: "tem problema não, gordinha, pode pisar".

Muito bonita, de gorda ela não tem nada. Mais ainda, recentemente, emagreceu bastante por um problema pessoal. Ela é moça fina e bem educada, mas também é uma mulher de atitude, o que se pode chamar de "uma mulher de verdade". Olhou bem na cara do palhaço, se aproximou e disse no ouvido do bruto "vai tomar no cu". Virou e foi embora sem olhar para trás.
Poooodre de famosas

Semana que vem vou gravar uma entrevista sobre as palhaçadas que nós, donas de circo, mais odiamos. Sim, queridos leitores, pretendo ir sem máscara! Aguardem o anúncio de quando a matéria será veiculada. ;)

quarta-feira, 19 de setembro de 2007

Eu, leitora e empresária circense

Contribuição da leitora J.A., variação do manjado número do palhaço casado. Lembrei que quando eu era casada, tinha um palhaço no prédio que dava em cima de mim direto. Ele bonitão, solteiro e relativamente amigo do meu palhaço-marido. Volta e meia eu chegava em casa e encontrava os dois conversando na portaria ou na garagem. Homem é tudo palhaço e o mundo é estranho. Claro que eu nem peguei nem contei pro meu ex-bofe.


Vizinho Palhaço

Mudei há dois meses para um novo prédio. Logo nos primeiros dias, cruzei com um vizinho gatinho na portaria. Nos encontramos outras vezes (corredores, elevador, portaria, caixa de correio) e sempre nos cumprimentávamos e conversávamos amenidades (será que vai chover? E o Flamengo, hein?). Até que um dia, uma sexta-feira, ele tomou a iniciativa e perguntou:

- Vai fazer o que hoje?
- Nada
- A gente podia sair, tomar um chope. Topa?
- Claro!
- A gente se encontra às 21h, aqui em baixo.
– OK.

Desmarquei um chope com uma amiga com a perspectiva de uma noite quente depois de um período de secura. Me arrumei e encontrei o gatinho na portaria. Dois beijinhos, entrei no carro dele e fomos descendo a rua. Papo vai, papo vem e começou a desgraça:

- Queria te falar uma coisa.
- Fala (PQP, vai dizer que é viado).
- É que sou casado.
- O QUE??
- Pô, mas não tem nada a ver...
- Peraí, você está me dizendo que é casado, que mora no mesmo prédio que eu com a sua esposa?
- É, mas não tem nada a ver...
- Acho melhor a gente voltar pra casa.
- Por isso que eu não queria te contar, sabia que você ia reagir assim.
- Você é casado, queria que eu reagisse como? Vamos voltar.
- Mas a gente não pode tomar um chope, se conhecer melhor...
- Não. Não vejo porquê a gente se conhecer melhor.
- Você está sendo muito radical.
Nesse momento, paramos em um sinal fechado. Tirei o cinto de segurança, abri a porta e voltei andando para casa.

O cara me expôs me dando mole na frente do porteiro e me fazendo entrar no carro na garagem do prédio em que ele mora com a mulher, e acha que sou muito radical. E se a mulher dele nos visse? E se alguém comentasse com ela? Eu, que nem sabia que ele era casado, corria o risco de tomar umas porradas. Se soubesse desde o início que ele era casado, não tinha nem dado bom dia.

Agora, estou doida para encontrá-lo no elevador com a digníssima esposa só para falar "sabia que já peguei um cara casado que mora nesse prédio" e vê-lo se cagar de medo de ser desmascarado.

sexta-feira, 14 de setembro de 2007

A volta dos palhaços sovinas

Uma amiga e leitora contumaz mandou o relato abaixo. Os palhaços mão-de-vaca sempre presentes no circo...

Já encontrei muitos pãos-duros pela frente. Teve um economista que aceitou dividir a conta do nosso primeiro encontro – e olha que as cervejas e o petisco não chegaram a 30 reais. Teve um engenheiro, bem-sucedido e de quase quarenta anos, que reclamou quando pedi a ele que me EMPRESTASSE 5 reais na praia (o dinheiro que levei tinha acabado). Em compensação, contraditoriamente, os mais duros são os menos pão-duros - pagam o primeiro encontro mesmo quando ganham menos.

Bom, mas vamos à última palhaçada: Estava num grupo de amigos num bar com música ao vivo e fiquei com um amigo de uma amiga. Ele me propôs irmos ao boteco do lado tomar uma saideira, conversarmos com mais privacidade. Topei, tomamos cada um um chope, conversamos... tínhamos o mesmo gosto por comida japonesa, ele prometeu me levar a um japa que não conheço. Até que eu, que já estava muito cansada, sugeri pedirmos a conta e nos vermos outro dia.

A garçonete nem trouxe papel: "dois chopes, mais dez por cento, dá R$ 5,50!" E aí... Menina, tu acredita que ele, na maior cara de pau, colocou na mesa TRÊS reais? Fiquei tão surpresa que, por alguns segundos, não consegui disfarçar a cara de tacho...

Bem, refeita da surpresa, coloquei minha parte sobre a mesa. Ele ainda insistiu pra me levar em casa, mas nem pensar; saí de fininho de táxi.

Fiquei revoltada. Olha, eu sempre, SEMPRE me ofereço pra dividir a conta, nunca fiz o truque manjado de ir ao banheiro, mas aí também é demais, né? O cara querer dividir uma despesa de cinco e pouco reais?

Tudo bem que ele tá desempregado, mas é de classe média, mora em um bairro valorizado... Se tá zerado, fica em casa vendo Zorra Total! Depois disso já me ligou um monte de vezes propondo o japonês.... Tá bom! Se divide uma conta de cinco reais, na hora do japonês ele vai dizer que esqueceu a carteira e querer que eu morra em cem paus!

quarta-feira, 12 de setembro de 2007

A nova do Palhaço Clássico

Compromissos profissionais me levaram novamente ao escritório do Palhaço Clássico, o meu entrevistado hermético. Além de parcimonioso com as informações, o bruto é quase-hiperativo. Tipo, pra explicar o que eu preciso para o texto é um custo, mas pra pular de assunto em assunto não relacionado à entrevista é um azougue. Para piorar, são dois celulares e um telefone fixo tocando o tempo todo e o skype piscando no monitor.

Eis que tô lá, na função de repórti, tentando extrair umas palavras do bruto que não parava quieto e quando ele atende outra ligação. "Fala logo, tô numa reunião. Tô com a repórter aqui. É, repórter, jornalista, pra mim é tudo mesma coisa". Me olha com risinho. Ai, que espirituoso, hein?! "Cara, tô ocupado, depois a gente conversa". Gargalhada. Me olha e estende o celular. "Vê se eu posso levar esse cara a sério? Tá perguntando se você é gatinha!".

Respondi ao outro palhaço, o interlocutor anônimo, "Não, não sou gatinha, sou muito feia, baranga mesmo". A entrevista seguiu e consegui o que precisava.

terça-feira, 4 de setembro de 2007

Palhaço clássico

Ontem, estava eu exercendo minha profissão e tentando extrair informações de um entrevistado, digamos, hermético. Tô lá, me fazendo de simpática, emplacando uma sociabilidade, fazendo amizade pra ver se o bruto desembuchava. Tamos lá, intercalando perguntas objetivas e amenidades quando toca o celular dele. Depois de um blábláblá com algum cálega circense, ele manda "e o casório, sai ou não sai?". Parece que o palhaço do outro lado da linha fez o número do palhaço oprimido pela dona de circo dominadora. "Ah, fica noivo que você ganha um tempo, eu fiz isso".

Depois de desligar ele comentou comigo "ah, esse meu amigo namora há 10 anos, antes dizia que não casava porque não tinha dinheiro, mas agora virou diretor da empresa, não tem mais desculpa, a namorada encostou ele na parede. Falei pra ficar noivo e enrolar mais um pouco". Pois é, dileta audiência, sou meio burrinha, por isso não entendo. Se uma criatura não quer casar porque finge que quer? Se tem um relacionamento de 10 anos, porque não casa? Para que "ganhar tempo"? Hmmmm.....será que é porque é palhaço?

Não contente como número de abertura, meu entrevistado caladão para assuntos profissionais, porém falante para assuntos circenses, me olha com certo sarcasmo e dispara "Você é casada?".

– Já fui.
– Quanto tempo?
– Ah, quase 10 anos...
– E separou? Por quê?!


Quem visse a cara que ele fez sem ouvir a conversar acharia que eu tinha confessado que trepava com cadáveres.

– Ah, separei porque separei, venceu o prazo de validade, entojei.
– Mas você teve filhos?
– Não, felizmente.
– Ahhhhhh.... então foi por isso que separou! Tinha que ter tido filhos. Se tivesse tido filho não tinha separado! Filho é a melhor coisa, você não separar! Eu tenho um bebê....


Pois é amigos, pois é. No universo circense dele eu estaria melhor hoje se estivesse casada com o traste do meu ex-marido e com uns dois ou três moleques remelentos grudados na barra da minha saia. Não importa que eu não tenha pendor para a maternidade, não importa que meu marido fosse um traste, não importa que eu não gostasse mais dele (e provavelmente ele de mim) e que nós quase nos odiássemos. Importa que a instituição do matrimônio teria sido preservada e a perpetuação da espécie (circense) teria sido garantida!

Como sempre digo... o mundo é estranho.

quinta-feira, 30 de agosto de 2007

Palhaço mamãe

Uma amiga de repartição me relatou esta pérola do cancioneiro palhaço.

Acompanhem:

Fui para a boate de sempre, esperando encontrar a galera rock em botafogo. Cheguei no local com estilo, escaneando os possíveis gatinhos. Sei que eu tava mega bêbada, consciência crítica zero, quando na pista dancei com um carinha muito simpático, feliz e sorridente.

Nos divertimos muito (e como todo bêbado, não lembro do conteúdo de nada) e resolvi levá-lo pra minha casa. Afinal, tava bêbada mesmo e não estou na vida à passeio. O sol já dava os primeiros sinais de vida quando, ufa!, começamos os trabalhos. Mão naquilo, aquilo na mão, um fogo, e ... toca o celular dele!!!!

Mas a essa hora?
Quem será?
A namorada?
A ex-namorada?

Não, mil vezes não.
Piooooooooor ...

Ele avisa: é a mamãe (dele, claro).
- Oi mãe. Tô indo, tá. Tá. Pode deixar. Já tô indo. Beijos.

E o rapaz interrompeu a partida, pulou da cama já avisando que tinha que ir e eu, naquela si-tu-a-ção, ouvindo o lenga-lenga de que ele tinha que ir embora.
Rá! Dane-se.
Boa sorte, amigo!

E ele, como um palhacinho educado pela mãe, pediu telefone, saiu dando beijinho.
E eu dei. O telefone, né? E só.

Passou um tempo...
Uma semana depois, noite de sábado, eu estava na casa da minha mãe, em OUTRA cidade, já dormindinha, afinal eram 4h45. Eis que toca o meu telefone. E quem era? O palhaço neném da mamãe.
- Oi, aqui é fulano... tava dormindo?
Demorei um pouco para reconhecer a voz...
- Pô, tô saindo da boate.... posso ir pra ai??
- Amigo, deixa eu te falar... n-ã-o. Boa noite.

Qué isso, gente?
Uma semana depois, o palhaço me liga às 4h45 achando que eu ainda estava em casa, na posição pré-coito, esperando o palhaço ver mamãe e voltar?
O que ele disse quando saiu de casa: olha só mãe, vou dormir na casa de um amiguinho meu, não me liga tá.
Não duvido, cara amiga.
Agora... quem é que liga pra alguém às 4h45?
Vem cá... quem é que liga pra alguém que você devia ter comido - e não comeu - porque mamy ligou?
Ele devia era ter vergonha ou ao menos ligar no dia seguinte para dar no couro e limpar a barra.
Será que mamãe não educou o palhaço?
É muita cara de pau...

terça-feira, 28 de agosto de 2007

Fresquinha...

Hoje de manhã tava andando na rua de mãos dadas com a minha irmã. Andamos assim desde crianças e, pra nós, é natural - a gente nem repara. Ela não tava se sentindo bem e ia ao médico. Resolvi ir com ela e depois seguiria para meu trabalho. Tamos chegando na clínica quando vem em nossa direção um palhaço obtuso, em todos os sentidos: um macróbio protuso, como diria meu falecido tio, um velho barrigudo escroto, como diria minha mãe.

O palhaço anão pançudo veio chegando tão perto que achei que ele ia nos trombar pra passar entre nós duas. No que chegou bem perto estacou e, olhar lânguido, sussurrou "tá faltando só eu aí no meio".

Minha irmã, mais debochada que eu, a despeito do piriri que a maltratava, me olhou com olhar incrédulo e não segurou a gargalhada. Acompanhei. Restou ao sequioso palhaço barril ir embora sem olhar para trás.

quarta-feira, 22 de agosto de 2007

Biba Palhaça

Sábado passado fui a uma festa em um agradável cafofo sórdido. Era um ambiente quase "família", tipo aniversário de um amigo, a galera da faculdade, quase todo mundo conhecido. Tô eu saindo do banheiro e um negão alto e magro, do tipo que faria uma outra dona do circo salivar, me dá uma espécie de gravata, me prende como braço em volta do meu pescoço e sussura no meu ouvido "ah, se eu fosse homem". Então tá, né?
Circo movimentado

Depois do espetáculo da Biba Palhaça na saída do banheiro, voltei contando pra todo mundo. Meu amigo que era DJ da festa achou emblemático: como todo machista, ele acha que os caras de quem eu conto palhaçadas são todos viados. Ah, claro, babe.

Resolvi ir ao bar e quem eu vejo? O palhaço espeleólogo! O bruto tava com mais quatro comparsas entojando o balcão e atrapalhando que os outros convivas pegassem bebida. Ele sorriu pra mim e eu gingi que não conhecia. Bom, quase um ano depois, digamos que ele tá com o cabelo mais comprido e uns 10kg mais gordo. Voltei de novo pro grupo dos meus amigos contando "adivinha quemtá ai? O cara que quis enfiar o dedo no meu nariz!". Todo mundo "cadê, cadê?". Mostrei sem a menor cerimônia, mas avisei "ele era mais magro quando eu peguei". Ele até que tava bem vestidinho e é bonitinho, pele branca como o leite, tez alva imaculada e olhos verdes. Não chegava a fazer vergonha, eu nem disse "ô, peguei mas tava bêêêbada".

Toda vez que me virava ele tava por perto, me olhando com cara de semi-idiota semi-sorridente. Eis que passa mais tempinho, tomo mais umas cervejotas e quem vem com a patota do circo dançar ao nosso lado? O espeleólogo, é claro. Virei pro lado pra evitar a visão grotesca dele e dos cáleguinhas fazendo coreografias. Mendonça comenta "olha que bando de ridículos". Eu, terrível: já peguei o de azul, ele enfiou o dedo no meu nariz. Bêbado, às 3h da manhã foi o melhor buraco que ele imaginou pra enfiar o dedo". Medonça arregalou os olhões - ele, enquanto palhaço clássico, também acha que os palhaços são todos uns viados enrustidos.

A sra. Medonça ficou encafifada. "Que estranho! ele não pára de te olhar, mas não vem falar contigo". Bom, algum bom senso resta ao rapaz, devia desconfiar que, se viesse falar comigo, ia tomar toco.
A repercussão

Na segunda contei pra Vanessa como tinha sido a festa e que tinha encontrado o espeleólogo.

– Pô, minha filha também tem essa mania de ficar enfiando o dedo meu nariz quando
pego ela no colo.
– Porra, Vanessa, sua filha tem três anos, ele tinha 27 quando nos conhecemos...

segunda-feira, 20 de agosto de 2007

Mundo cruel
Fernanda vai direto pro céu. Ela é uma boa menina e dá atenção a qualquer um que chegue pra falar com ela na night. O cara pode usar pochete, ser vesgo, ter espinha, dente torto e cêce que Fernanda põe seu melhor sorriso, revira os olhinhos e explica pausadamente que não vai ficar com ele nem por um caralho de ouro cravejado de brilhantes. Tudo na maior delicadeza pra não magoar o rapaz.

Fernanda diz que faz isso porque tem pena dos caras. Ela acha que eles já têm a "obrigação" de chegar junto, então, manera no fora porque compreende como deve ser difícil estar na situação deles.

Eu quero que eles se foooooooooooodam! Que tomem muuuuuuuuuuuitos tocos! Se eles ficam com a parte chata do processo de conquista, eu não tenho nada com isso. Não fui eu que inventei essa "regra de conduta". Além do mais, pago muito mais caro por viver nesse mundo machista. Fazer a "dança do acasalamento" é muito mais simples que ter que aturar roçada indesejada no metrô cheio, ouvir baixaria de desconhecido na rua, ganhar menos e ralar mais, não poder abortar, apanhar de marido e pai, ser estuprada e quando vai à delegacia escutar: "mas o que você fez pra ele te bater?" ou "que roupa você estava usando?", como se a mulher sempre "desse motivo" pra apanhar ou ser estuprada. Levar toco é pouco.

segunda-feira, 13 de agosto de 2007

A dura volta à função

Uma amiga recém-separada nos envia o relato de sua primeira incursão na pista.
Claro, não que ela não tivesse se aposentado como de Dona de Circo, afinal se o marido não fosse palhaço, hoje não seria ex. Ou melhor dizendo, se o ex-marido não fosse palhaço não era homem, mas enfim. Bem, sabe como é... a gente assina carteira de palhaço, dá estabilidade no emprego e acaba se acostumando com a falta de produtividade, com as atuações cada vez mais sem graça... é a vida. Depois quando abre processo seletivo pra ocupar o cargo de Palhaço Privativo ou, no mínimo, estrela da companhia circense esquece como alguns têm talento tão pífio.

Vamos ao relato da moça:


...Acabei de me separar e estou de volta à "vida fácil", tenho tido alguma dificuldade em me adaptar às palhaçadas. Sabe como é, os meninos estão sempre criando novos espetáculos e a gente se desatualiza. Mas achei que eu tinha que compartilhar isso com vcs...

Que saudade dos tempos em que os homens começavam uma cantada com o tradicional "oi, tudo bem?". Afinal, bom humor é um atributo muito louvável, mas pra quem efetivamente tem talento...

Bom, fiz a grand reentreé na vida de solteira numa badalada casa de samba. Eu já sabia que o esquema era um tanto ou quanto faroeste, mas duas "cantadas" foram especiais.

1 - O palhaço vem passando e segura no meu braço (já começou mal). Chega perto do ouvido e fala:

- UM, SETE!

O que será que ele esperava ouvir? Bingo?


2 - O palhaço faz aquela cara de babão e fala:

- Essa sua pintinha no canto da boca é um tesão.

- É câncer.

quinta-feira, 9 de agosto de 2007

Eu, leitora e empresária circense


Dos poucos posts que li até agora, vi que existem "algumas" histórias de palhaços pão duro. E isso me lembra meu marido, não sei por quê! hehehe... Então resolvi vir aqui contar uma das várias palhaçadas dele. Além de pão duro, é palhaço!

Somos "casados" há 3 meses. Como trabalhamos durante a semana, temos que deixar os afazeres domésticos (éca) para o final de semana. Dentre esses afazeres, um em especial é o tema dessa história: lavar roupa. Então eu decidi que lavaria roupa (tudo bem que é a máquina que lava, mas...) 1 vez por semana (no domingo). Chegou num determinado dia e ele (o futuro PA) me falou que era para lavarmos roupa somente de 15 em 15 dias (para economizar água e energia). Allllooowwww! Falei pra ele que se fosse assim, ficaríamos sem roupa pra usar. Tá... passou!

Final da semana retrasada fomos para a praia. Por esse motivo não pude lavar roupa neste findi. Ok. Por volta de quarta-feira da semana passada, ele está tomando banho e eu entro no banheiro:

Palhaço: Pô, to repetindo a cueca pela terceira vez.
Empresária circense: Uuuuuuiiiiii, que nojo!!! Mas por que isso?
Palhaço: Ué, tá tudo sujo, não tem mais nenhuma limpa!
Empresária circense: Tá vendo! Isso porque nós fomos pra praia e eu não lavei roupa nesse findi semana. E ainda por cima vc quer que eu lave roupa de 15 em 15 dias. Imagine!
Palhaço: Ah, mas as pequenas (roupas: calcinhas, cuecas) pode!
Empresária circense: Ué, como assim? Vai gastar água e energia do mesmo jeito. Prá lavar pouco ou muito, vou ter que ligar a máquina do mesmo jeito.
Palhaço (a pérola): Lava na mão!
Empresária circense: Hahahahahahahahahahah........... hahahahahahaha.... (rolando no chão do banheiro)..... hahahahahaha...
Empresária circense de novo: hahahahhhaha...... hahahahahahhahahah!
Empresária circense mais uma vez: Essa piada foi boa, agora conta outra!
ALOWWW NÉ!

Detalhe: Eu lavei as minhas calcinhas na mão no começo da semana! Ele que lavasse as cuecas dele tbém.... se quer na mão, que faça, oras! Colocar na máquina eu até coloco, mas lavar na mão.... ah, tá "bão"! Ele que vá procurar uma amélia.

A.d.P.

quarta-feira, 8 de agosto de 2007

Circo no Orkut

Nossa comunidade no Orkut tá bombando. Vai lá, convide os amigos, dê pitaco, responda às enquetes, cause polêmica...

http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=13209176

terça-feira, 7 de agosto de 2007

Palhaço rabo-preso

Mais um casal que estava "se conhecendo". Sabe quando você conhece uma pessoa e não consegue desgrudar desde o primeiro encontro? Quer ver, quer beijar, quer estar junto o tempo todo, sabe? Pois é. Tinham passado o fim de semana inteiro nisso.

Na semana seguinte ia ter festa no circo: era aniversário do palhaço no meio da semana e a comemoração seria no sábado. Antes mesmo deles terem ficado, ele já tinha convidado a moça, insistido pra ela ir. Tola, ela estava ansiosa pra comemorar o aniversário do bruto com ele. Respeitável público, vai começar o espetáculo!

Segunda-feira a moça chega no trabalho e encontra um e-mail do mancebo. Eis edificante troca de mensagens (editada, pois o palhaço não tem muito apreço pela língua portuguêsa) a qual tive acesso (é longa, mas vale a pena):

Palhaço: Ahhh... preciso falar com vc... uma assunto sério e chato... mas que indiretamente envolve vc... mas quero falar pessoalmente, sua opinião vai ser muito importante pra mim...

Dona de circo: Não existe você anunciar na segunda-feira que tem um assunto chato e sério que me envolve, mas só fala pessoalmente, sendo que a gente só vai ser ver na sexta. Pode ir falando! Se quiser liga pra cá e fala ou se preferir liga pra minha casa à noite.

Palhaço: Ligar agora não dá... trabalha muita gente aqui... e ficam ouvindo a conversa... chato... se vc quiser podemos nos falar por aqui mesmo...

Dona de circo: Mas então, desembucha o assunto. Você não sabe que mulheres são curiosas? Vc não sabe que jornalistas são curiosos? O que você acha que é a curiosidade de uma jornalista? Sou capaz de ter brotoejas de tanta curiosidade, já que o assunto me envolve e você tá fazendo mistério.

Palhaço: É um assunto relativamente chato... uma situação que sinceramente eu não sei, ou melhor não vou saber lidar... me sinto a vontade em conversar isso com vc... mas não queria que isso modificasse em nada a nossa relação Palhaço/Dona de circo... vamos lá...

Minha ex chegou dos EUA hoje... ou melhor ontem de madrugada... sei lá. Ela me ligou e disse que tava sabendo do meu aniversário e tals e que ia lá pra me dar os parabéns... eu sei que terminamos há mais de 6 meses... mas sou meio assim, tenho consideração com as pessoas e não gosto de criar relações desconfortáveis... quero muito que vc vá no meu aniversário, como quero que ela vá tb pelo respeito e carinho que tenho por ela... mas não sei como ela reagiria se me visse com outra mulher, não sei como eu reagiria... enfim... é uma situação chata... sei que não tenho mais nada com ela, que somos independentes... mas não sei o sentimento que ela ainda tem por mim... sei lá... não tô falando coisa com coisa... a verdade que eu quero que vc vá... mas não queria que ela nos visse juntos... pelo menos agora... não sei como vc vai interpretar isso... desculpas mas eu tinha que falar... queria sua opinião... mas sinceramente não estou sabendo lidar com isso ... :(

Pausa: eles tinham ficado juntos na sexta e no sábado, porque no domingo ele ligou dando uma desculpa e não apareceu. Curiosa e coincidentemente, no dia que a mulher barbada voltou dos quintos dos infernos.

Dona de circo (bancando a mulher superior, mas doida pra encher o bruto de porrada): Então não vou à festa, não quero causar constrangimento. Não vou dizer que gostei, mas fico "feliz" por sua sinceridade. Melhor do que eu chegar e lá e perceber que estou sobrando, que te causo constrangimento. Iria me magoar e eu ficaria puta com vc. Claro, vc me falou isso pra eu tomar a decisão de não ir, afinal vc não queria arcar com o ônus de me "desconvidar", mas entendo, realmente eu ficaria puta se vc dissesse "olha, prefiro que vc não vá pra não magoar minha ex". Também teria sido pior se vc deixasse pra me dizer isso na sexta-feira pessoalmente, provavelmente eu ficaria puta, te mandaria tomar no cu, viraria e iria embora. Mas sei que vc jamais teve essa intenção também: era lorota que só queria falar pessoalmente, foi só pra me deixar curiosa e eu insistir para que vc falasse, assim mais uma vez vc se exime da "culpa". Falou porque eu insisti.

Não posso dizer que gostei disso, mas não estou chateada com vc. Vou sentir sua falta no sábado, mas isso, pelo menos para mim, não muda nada entre a gente. Quando nos encontrarmos vou sorrir pra vc e te beijar normalmente. Tá, talvez te dê uns beliscões.

Palhaço: eu nunca ia fazer isso com vc!!! largar sua mão ou ter alguma atitude palhaça... eu não sou assim e não faço essas coisas... por isso estou conversando antes com vc... a parte do "não ir" é decisão sua. Eu coloquei uma questão, se vc acha que a melhor solução é essa vou respeitar. Não te falei isso pra vc tomar decisão nenhuma. Mais uma vez, não sou esse tipo de homem. Se não quisesse sua presença ou soubesse disso antes eu nem te convidaria. Eu nunca ia te "desconvidar". Eu não estou me eximindo da culpa, só que tem coisas que prefiro falar pessoalmente. Não faço esses tipos de joguinhos!!! Mas ainda vou conquistar vc e te provar que sou diferente... vc vai ver...

Eu quero te encontrar, quero estar com vc, quero sua presença, quero te apresentar pros meus amigos... só não contava com essa situação... mais uma vez... desculpas... assumo que realmente não soube lidar com isso... mas a parte dos beliscões eu vou gostar!!! Pode ter puxão no cabelo e mordida no pescoço tb?!?!?! :)


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Pois é, dileta audiência. O palhaço joga a responsabilidade da decisão pra cima da dona de circo, se faz de quase oprimido pela ex que volta sem aviso prévio e ainda quer sair de bom moço na foto. Num e-mail seguinte ele ainda disse que era pra "protegê-la", pois seria constrangedor se a ex chegasse e o beijasse na boca. Que gentil, hein? Que homem dedicado!

Curioso nem tenha passa pela cabeça do palhaço tão bem educado, tão dedicado, ligar para a ex, com quem ele afirma não ter nem querer mais nada, e avisar "olha só, vou gostar muito de te ver, quero que você vá no meu aniversário mas para evitar qualquer constrangimento, acho melhor te avisar que estou saindo com outra mulher e ela vai estar lá".

Obviamente, no lugar causar algum incômodo à ex, com quem ele não tem mais nada nem quer ter, preferiu magoar a outra, com quem está começando a sair e quer estar junto, quer a presença, quer apresentar pros amigos. Ela e o Coelhinho da Páscoa.

Que que ele merece?

quinta-feira, 2 de agosto de 2007

Palhaço pirocudo

O casal, que ainda tava "se conhecendo", no maior amasso no sofá. A chapa esquentou, perna pra cá, outra pra lá, quase que alguém chuta o abajur. De repente a moça pede pra mudar de posição. Ele se faz de desentendido.

– Ei, tá desconfortável, vamos mudar.
– Ah, não, fica assim.
– Não, cara. Teu pau é muito grande pra essa posição, tá doendo.
– Meu pau não é grande, sua b* que é rasa.

Pois é, amigos de circo, pois é.

quarta-feira, 25 de julho de 2007

Eu, leitora e empresária circense....

A moça tinha acabado de terminar um relacionamento e estava triste... Nessa de se recuperar da dor, encontrei um palhacinho lindo! Não acreditei quando, depois de ficar com ele, recebi um telefonema me chamando pra sair de novo. Fiquei encantada e achei que tudo podia melhorar!

Bem, ele foi até a porta da minha casa e conversamos durante horas. Apesar de falar gracinhas, foi respeitador e não tentou entrar nem esticar a noite. Foi embora com a promessa de ligar novamente. E não é que ligou? Achei que estava apaixonada, tomei coragem e chamei ele pra curtir um cineminha. A noite foi maravilhosa! Saímos do filme e fomos para a praia, onde passamos a noite conversando sobre tudo e nada.

Um dia ele me telefonou me chamando pra ir jantar na casa dele. Não resisti (e pra quê?) e fui. Logo depois dele cozinhar um gororoba que acabei dispensando, ele veio com a desculpa que precisava tomar banho e ficou desfilando na minha frente de toalhinha apenas. Corpinho lindo, cheirosinho, beijo gostoso... Bem, não precisa contar a noite, né?

Começa a palhaçada.

Bem, ele tinha me adicionado pelo msn e começou com umas conversas de que queria me encontrar de novo, para gente se divertir e coisa e tal. Mas toda vez que eu falava em marcar mesmo, ele fugia. Dizia que ia me telefonar de novo e não dava notícias até o dia seguinte. Eu ficava puta, mas as desculpas dele acabavam me convencendo.. Burrinha, coitada...

Até que um dia, cansada das desculpas dele, resolvi retornar a ligação. Ao atender o telefone, foi muito simpático e atensioso (sic). Disse que não tinha me retornado ainda porque estava dirigindo, mas que iria sim sair comigo. Depois, em alguns minutos, mudou de idéia e disse que talvez não fosse porque ia ter que viajar no dia seguinte de manhã. "Mas você vai cedo?", perguntei. Ele ficou mudo, e então entrou totalmente diferente, querendo sair, perguntando que roupa eu estava usando. Não acreditei: ele tinha passado o telefone para outra pessoa falar comigo, que segundo o próprio, estava me "segurando na ligação enquanto o palhacinho tinha ido ao banheiro". Eu fiquei sem reação, não podia acreditar. Mas a palhaçada não acaba por aí. Quando ele voltou à ligação, disse que não queria mais sair comigo porque eu era chata (por ter chamado ele pra sair), e que estava muito stressado. Me mandou um beijo e desligou o telefone.

Isso foi há duas semanas. Só vim a ter notícias dele de novo na sexta-feira passada, porque sou repórter do jornal da cidade, e ele precisava que eu fizesse uma matéria pra ele. Dá para acreditar?


Leitora GRM

segunda-feira, 23 de julho de 2007

Fresquinhas

Como bem definiu uma das minhas amigas, o público estava "interativo" no Teatro Odisséia sábado passado. Logo na entrada um deles abordou a moça e perguntou se ela era argentina. Tá certo que ela mora fora do Rio há sete anos, sendo quatro em Brasília e três em São Paulo, mas e os 22 aninhos de pura travessura nas ruas da Tijuca? Ela olhou o bruto bem firme nem vacilou "tu tá de sacanagem, né?".

Mais um rolezinho e chega outro pândego, esse escolheu como algo outra integrante da gangue de mulheres loucas. Morena de 1,80m e longos cabelos negros como a asa da graúna, a moça é jornalista, como todas as outras do grupo.

– Você é atleta do pan?
– Sou medalha de ouro!

Pois é. O show tava bom, público animado... chega um artista circense de talento admirável. Sagaz toda a vida, ele escolhe uma das melhores maneiras de chamar a atenção de uma mulher: cutuca. Todo mundo sabe que não tem quem resista a um cutucão no ombro, né? Ô coisa agradável. Ela olha para o palhaço com cara de "que foi? te conheço?". Ele lança um olhar lânguido, levanta a manga esquerda da camisa e mostra a tatuagem que lhe fechava o braço. Ah, tá, bonito desenho, deixa eu voltar a dançar com as minhas amigas. Pista vai, pista vem, a noite passa e não é que ele volta? cutuca de novo e mostra o braço direito. Não era outra tatuagem, dessa vez era a exibição dos músculos. Ah, tá.

Como disse a tijuca argentina exilada em Brasília, interessante esse espetáculo cirsense interativo, né?

quinta-feira, 12 de julho de 2007

Homem é tudo palhaço, também no Orkut

A comunidade tá bombando, tem até novidade que ainda não foi contada aqui. http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=13209176

quarta-feira, 11 de julho de 2007

Eu, leitora e empresária circense apresenta o "Palhaço Mitomaníaco"

Após um longo e tenebroso inverno, quando a dona de tal venerável botequim andou fodida de trabalho/estudo, logo sem tempo de gerenciar as atividades circenses de seu empreendimento, eis que nossa seção "Eu, leitora e empresária circense" está de volta!

A leitora V.T., quase uma correspondente em Recife, mandou como "Palhaço Lorota", se tivesse sidocomigo teria definido como "Palhaço Mitômano", porque esse aí já passou de mero loroteiro, não é apenas, como diríamos aqui no Rio, "mó caôzeiro".

Respeitável público, vamos ao espetáculo.

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Estava eu de férias na Cidade Maravilhosa. Um mês para fazer nadaaaaa, só badalar pela cidade com minhas amigas, comer, bater perna nos shopping numa segunda a tarde, tirar fotos e mais fotos de tudo, acordar tarde, enfim. Eis que na minha primeira semana na cidade, as meninas me levam para uma boate DÚCA no Leblon. Eu só queria saber de funk, porque aqui em Recife não tem isso, não. Depois de me jogar na pista a noite toda, já até meio descabelada e borrada, eis que vejo do nada um dos sorrisos mais lindos da semana (da semana de férias). Meio gordinho – e eu gosto de gordinhos – simpático, uma voz bonita, me encantei. Ficamos e o carinha não quis mais me largar – confesso que nem eu dele. Ele, como era policial federal e morava longe pra caramba, não tinha a mesma disponibilidade que eu, jornalista de
férias, tinha. Nos vimos mais umas duas ou três vezes e ele, apaixonado, prometia ir me ver.

Como dona de circo experiente, sabia que essa viagem dele para Recife jamais se realizaria, então achei que merecia aproveitar e dar corda para ver até onde ia.

Voltei para Recife e nos falávamos uma vez por semana no máximo. Eu não tava fazendo nada mesmo, mas, como tudo nessa vida cansa, percebi um belo dia que fazia UM MÊS que não falava com o palhacinho. Ele, pelo visto, se ligou que eu tinha mais o que fazer e me poupou de inventar uma desculpa para meu sumiço. Mas, eu estava enganada.
Realmente, era mais um palhaço. Um mês depois do meu retorno à Veneza Brasileira, eis que o palhaço me manda um e-mail dizendo:
- Sei que vc me esqueceu, mas eu não. AMO VC!

Oi?! Quem? Quando? EEEEU?! Não, né? Morri de rir com essa e, curiosa como eu só, paguei pra ver. Respondi o e-mail e pronto, novo sumiço.

Vida que segue, Reveillon, um novo amor. Estou eu parecendo que tava num comercial da Claro – mas com corações no lugar das bolinhas – qdo o palhacinho me chama no MSN com umas histórias de outro mundo:

Palhaço Alien - To vendo sua foto aqui. É seu namorado.
Eu – É.
PA – eu sabia que vc ia acabar me esquecendo.
Eu (pagando pra ver) – vc me fez te esquecer, esqueceu? Sumiu, não deu notícias...

TCHAN, TCHAN, TCHAN, TCHAN!!!!
PREPAREM-SE QUE O ESPETÁCULO VAI COMEÇAR! PALHAÇO NO PICADEIRO:

PA – Qdo vc souber o q aconteceu, não vai pensar mal de mim.
Eu – Então conta, ué?
PA – No final do ano passado levei um tiro na perna numa das atividades da PF e matei um traficante. Tive que sumir por uns meses pq, além de estar machucado, eu estava jurado de morte (hein?). Me operei aqui e fui para a Califórnia, onde fiquei até o início deste ano.
Eu, morrendo de rir – MEU DEEEEEUS!!!! Que profissão cruel! Mas, pq vc não veio pra Recife?
PA – Pq eu poderia ser achado pela quadrilha – se ele não confia na PF, QUEM MAIS VAI, NÉ? – e estava sem dinheiro, pq gastei quase R$ 400 mil na cirurgia da perna. Tive que contratar o médico que operou Ronaldo, o Fenômeno para poder garantir que voltaria a andar um dia.

Silêncio meu. Saí para fazer xixi pq estava me urinando de tanto rir.

PA – Kd vc? Não acredita em mim?
Eu – Claro que sim!!! Poxa, to passada com tudo isso. Vc podia ter pedido para seu irmão me ligar... E pq não ligou qdo voltou pro Brasil?
PA – Pq descobri q tenho uma filha.
Eu, emocionada por estar falando com um verdadeiro palhaço – COMO É? COMO ASSIM!
PA – Qdo eu retornei uma ex-namorada minha me procurou dizendo q tinha tido uma filha minha. Ela está com 1 ano e é linda.
Eu – Sei...
PA – VC ACHA QUE EU ESTOU MENTINDO?

Ainda estiquei mais um pouco a conversa, mas, realmente, ele me surpreendeu. O bruto tem fôlego para mais histórias. Tive a impressão de que essa desgraça tava se divertindo com a minha cara, assim como eu, mas foi melhor achar que ele não uma intelectualidade de longo alcance para tal feito. De qualquer forma, foi a sessão de mentiras mais pesada e mais longa que já vi na vida e no htp, e olha que sou leitora de longa data!

Vejam o desempenho circense:

1. Sou PF e levei um tiro num confronto com traficantes: Quem sobe morro atrás de traficante é PM, não os gatinhos da PF;
2. Paguei quase R$ 400 mil pela cirurgia: A PF não dá plano de saúde?
Tudo bem, não paga, e ele desembolsa MEIO MILHÃO DE REAIS para tirar uma bala da perna? Nem sabe fazer conta.
3. Fugi para a Califórnia: pra quem não tinha dinheiro nem para ir até
Recife, ta bem, hein, fio?!
4. Descobri que tenho uma filha de 1 ano: Com um pai desses, eu tb esconderia. Por vergonha DELE!

Pois é, senhoras e senhores: ele entrou no picadeiro DISPOSTO! E não fez feio, não, hein?! Temos mais é que aplaudir! Infelizmente, como esse por aí tem uns 400 mil, por baixo! Aqui, aí, na Califórnia, na casa do caralho. Não tem como escapar. Vez por outra aparece um desses só pra fazer o mal e, convenhamos, acabam é fazendo a gente morrer de rir!

V.T.
jornalista
Recife/PE

segunda-feira, 9 de julho de 2007

Palhaço banca de vestibular
Sábado desses estava eu sacudindo este corpinho que parece um bife de picanha com capa de gordura numa badalada pista carioca quando um rapazinho – que já havia me abordado para me dizer que sou linda, como se eu não soubesse – fala ao meu ouvido:

- Você me transmite uma energia boa. Você tem cara de que sbrubles bem.

Cara, só pela primeira parte ele já foi desclassificado. "Você me transmite uma energia boa" é péssimo. Não sou Buda nem a Light pra transmitir energia boa. Mas a segunda parte foi enigmática. Ou ele fez de sacanagem ou precisa de uma fonoaudióloga urgentemente. Juro que não entendi o que ele disse que eu tenho cara de que faço bem.

Levantei alternativas e imaginei que ele ia voltar com a questão:

Marque a que você acha que melhor completa a sentença "Você tem cara de que ---------- bem".
(a) beija
(b) fode
(c) chupa
(d) dá o cu
(e) todas as alternativas acima
(f) nenhuma das alternativas acima

Ele voltou, mas pra tentar dançar comigo. Tolinho. Antes dançar só que mal acompanhada.

domingo, 8 de julho de 2007

Palhaço curioso

Uma amiga minha tava de de rolo com um palhacinho que parecia bem legal. Parecia. Já tavam saindo há algum tempo e um fim de semana desses ela dormiu na casa dele. De manhã, a moça levantou e foi ao banheiro, como a maioria dos mortais. Quando voltou o palhaço disparou "Você demorou!". Ai, caralho, agora tem tempo marcado pra se ir ao banheiro? Educada, ela respondeu "É?" e foi sentando pra tomar café.

– Demorou sim.
– É? Nem reparei.
– Normalmente você não demora assim.
– Pois é.
– Eu tava te esperando pra tomar café!
– Então vamos tomar café.
– Por que você demorou tanto?
– Porque eu fiz cocô, porra! Satisfeito?

sexta-feira, 6 de julho de 2007

Palhaço enigmático

Uma grande amiga minha mandou essa e até eu, dona de circo emérita, fiquei surpresa e tive uma crise de riso. Espetáculo inédito. Acho que o palhaço quis apenas bancar o maluco, e vocês?

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Em dois anos de solteirice, já vi e vivi muita palhaçada. Ando mesmo desconfiada de que deve haver alguma promoção que garanta o nariz vermelho como brinde na compra do creme de barbear. Mas o tempo faz milagres e as palhaçadas vão se tornando parte do cotidiano... até que um palhaço, daqueles bem circenses, cruza o seu caminho.

Há umas três semanas fui a uma festa. Lá encontrei o palhaço, amigo de um amigo meu, com quem já tinha esbarrado e batido papo umas poucas vezes. O encontro inicial é breve, nada de especial. Apenas um "Quanto tempo!", seguido de dois beijinhos no rosto.

Enquanto o clima da festa não esquentava, tratei de aquecer meu corpo na base da cachaça mesmo. O povo que organizou o evento, colocou uma meia dúzia de rodelas de limão e açúcar ao lado da pinga. O palhaço supracitado se aproxima e eu peço uma ajuda no preparo da caipirinha.

Foi aí que reparamos na falta de qualquer utensílio para retirar suco daquelas rodelas de limão. Ele tem a brilhante idéia de misturar tudo passando de um copo pro outro. A estratégia mambembe não dá certo, mas a gente se diverte com a história. Entre uma gargalhada e outra, tenho o insight : "Vou pegar!"

A festa, enfim, começa a esquentar. Não demora meia hora e o presságio se cumpre: "Peguei!". É tudo ótimo: beijo delicioso, dança bem e é divertido. Até o nível de álcool no sangue do palhaço era adequado. O cara parece mesmo empolgado e gruda no meu pescoço a noite inteira. Uma delícia...

Na saída, ele pergunta como fazia para me encontrar de novo( típica pergunta de quem não vai fazer o menor esforço pra te encontrar de novo!). Como nós dois estávamos sem celular, eu digo apenas que o amigo dele tinha meus telefones e e-mail.

Ele não me liga. Mas, até aí, nada que não seja absolutamente normal para um palhaço.

Eu, que ando numa seca de dar dó, penso e decido adicionar o palhacinho no orkut. Só adiciono, sem scrap – pra não dar muita na vista. Ele me adiciona só uma semana depois. Eu sei que eu deveria ter parado por aí – uma semana pra adicionar é quase um não. Mas digo e repito: a seca é de dar dó!!!

Mando uma mensagem por depoimento, para manter o sigilo, com o seguinte conteúdo: "Apesar de quase ter quebrado seus óculos, acho que vale a pena a gente se encontrar de novo." A idéia da mensagem era ser direta, com um toque de humor. Ah, esqueci de contar: no fim da festa uma das lentes dos óculos do palhaço caiu e, com o breu que se instalava no local, não havia possibilidade de resgate.

Mais uma vez ele passa uma semana para responder. Aí, eu caio na real, entendo que não é não.

Já nem lembrava mais, quando, estupefata, recebo por depoimento a seguinte mensagem:
"rs. vou sair de casa, mas precisa pintar dinheiro. rs.
Então eu compro uma lente nova e começo a ver as coisas. rs.
Por enquanto a grana vai na análise... ficar cego acaba com qualquer um."

"Não" eu suporto. Juro. Mas bancar de enigmático, é palhaçada demais pra mim!!

L.R.

PS: se alguma leitora, ou leitor, conseguir decifrar a mensagem, ganha uma bala! Juro.

quarta-feira, 4 de julho de 2007

Palhaço telemóvel

Pois é, respeitável público, não bastasse eu ser uma dona de circo multitarefas e andar enroladíssima com outros projetos, confesso que não tenho assistido a espetáculos circenses. Acho que já tô manjada e os artistas regulam o talento perto de mim. Mas como o circo não pode parar minha amiga J.E. enviou hoje a continuação da saga do Palhacinho SMS. Afeito aos usos circenses das novas tecnologias, o rapaz protagonizou outra. Aliás, tira o celular de perto desse bruto, porque munido de telemóvel ele é um perigo!


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Dois meses depois da gente terminar me mudei para o Rio de Janeiro, capital, e dali a pouco, ele coincidentemente ele também. Recém-chegada ao Rio, não tinha nem amigos que dirá alguém pra ficar, beijar na boca, enfim, garantir uma manutenção básica. Como ele fazia o serviço direitinho, resolvi que pelo menos até que eu encontrasse um novo candidato a se apresentar no meu picadeiro, me faria muito bem tê-lo como PA. Eu não tava apaixonada mesmo... Resultado: vez por outra, a gente pegava uma praia juntos, tomava uns chopes e sempre, claro, acabávamos na cama - na minha porque sempre era ele quem dormia na minha casa.

Não é que um dia, depois da transa, távamos lá, ainda na cama, nus e enroscados um no outro jogando conversa fora quando o celular dele toca. Era uma garota. Palhaçada número um: naquele momento, naquela situação, não era nem pro cara ter atendido o telefone ainda mais de uma outra garota qualquer. Mas atendeu!!! Palhaçada número 2: não satisfeito, o bruto ficou um tempão falando com a tal!!!! Não, meus queridos, não era namorada dele. Nem a mãe, irmã ou sequer uma prima distante desesperada porque tinha acontecido alguma tragédia na família. Era uma garota que o palhacinho exibido tinha conhecido no avião em uma de suas idas a Porto Alegre, como ele me contou logo em seguida. Ou seja: uma ilustre desconhecida que àquela altura ou ele já estava pegando ou estava muito a fim de pegar. Agora, alguém por favor me explica: qual a necessidade que um cara que está nu, comigo, na minha cama porque acabou de transar comigo tem de atender o telefone e ficar jogando conversa fora com outra garota por uns quinze minutos???

O que eu fiz? Joguei ele e o celular pela janela, claro!!! Quer dizer, essa foi a reação que eu visualizei, com todos os detalhes mas ela ficou só na minha mente. Contive meus impulsos e "naturalmente" - até onde foi possível - levantei da cama, me vesti e fui fazer algo prático (tipo checar meus e-mails, guardar umas roupas que estavam espalhadas, algo do tipo, não me lembro).

Dali a pouco o telefonema acabou. Eu sequer perguntei quem era. Tinha nada a ver com aquilo. Não éramos namorados, não tínhamos compromisso nenhum. Não me interessava saber quem era a tal garota. Ele é que veio dar satisfação. Eu disse que não precisava, que ele não me devia nenhum explicação. "Se a gente estivesse namorando, eu tinha te jogado pela janela. Mas aí, acho que você não teria feito isso, né?"

Mas mesmo a gente não sendo mais namorados aquela atitude dele tinha sido desrespeitosa. Perguntei se ele gostaria que eu fizesse o mesmo e disse que tudo o que ele me devia era consideração e respeito.

Depois dessa, escalei outro titular e esse artista ficou no meu banco de reservas por uns quatro meses. E quando entrou em campo de novo, parecia ter perdido seu talento circense: não apresentou mais nenhum espetáculo.

J.E.

domingo, 24 de junho de 2007

Palhaço sarrador (ou digno de pena)
Depois dizem que vagão feminino no trem e metrô é inconstitucional. Inconstitucional é você voltar pra casa depois de um cansativo dia de trabalho num metrô lotado com um palhaço roçando sua bunda.

De manhã sempre tem guarda nas estações impedindo a entrada dos palhaços nos vagões femininos, mas à noite, nem sempre. Noite dessas não tinha e os artistas entraram encoxando quem estava perto da porta. E quem estava perto da porta? Eu. Fiquei espremida de frente pras costas do último banco. Atrás de mim, um homem relativamente novo, branco, de cabelo bem claro, quase louro, meio gorduchinho, de terno mal ajambrado.

Estava tão incômodo que eu nem percebi que ele estava se roçando de propósito. Pra mim, era mais o anda e pára do metrô que estava fazendo ele se encostar mais e mais. Mas chegou minha estação e o palhaço simplesmente não me deixava sair. Tive que abrir caminho com uma cotovelada porque ele não se afastava de mim e continuava me imprensando contra o último banco. O vagão ia ficando vazio (porque na estação que eu desço sai muita gente) e o artista lá, encostado em mim, surdo aos meus apelos de "dá licença". E foi nessa hora que percebi que ele estava de pau duro. Lamentável. Dá pena de uma cara que precisa se valer do metrô cheio pra dar uma sarrada numa bunda. Pensando bem, acho que fiz minha boa ação do dia.

quinta-feira, 21 de junho de 2007

Palhaço SMS

Essa foi enviada por uma amiga minha. Apesar da proximidade, ela descobriu o blog sozinha, leu todos os arquivos e virou fã. Animada, resolveu revirar o baú circense para colaborar. Seja bem-vinda.
;)

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Conheci o bruto na praia, numa cidadezinha da região dos lagos onde tinha ido fazer prova para um concurso. Aproveitei para passar uns dias a mais na cidade já que estava hospedada com minha mãe e meu padrasto na casa dos parentes do meu padrasto. Curtia praia com minha mãe um dia, conversando sobre a vida e nem aí para a paisagem em volta quando apareceu o dito cujo. Lindo, loiro e bronzeado, o que destacava mais os olhos verdes e um corpo sarado, com barriguinha durinha e tudo o mais no seu devido lugar. Ainda que eu prefira os morenos, ele era o meu número! Colocou sua cadeirinha de praia bem ao nosso lado e ficou lá, o tempo todo me olhando. Quando fiquei só, ele logo veio conversar. Já me animei e pensei: "Ôba! O cara tem iniciativa! Gosto disso!"

Conversamos numa boa, coisa e tal e marcamos um encontro à noite. Ficamos e ele tinha um beijo gostosérrimo - o que pra mim é uma promessa que raras vezes não é cumprida! Eu ia ficar só mais dois dias na cidade, onde ele morava e nos encontramos mais duas vezes. Ele se dizendo todo apaixonado e, ainda que eu seja a cética das céticas, tenho que reconhecer que deu algumas mostras de que estaria falando sério: demonstrou interesse, ligando e indo atrás de mim de surpresa na praia. Quando fui embora, foi me buscar em casa às 5h da manhã e ficou comigo na rodoviária por uma hora - "só para passar mais tempo ao meu lado", em suas palavras. Parecia mesmo um fofo! Ele trabalhava numa escala de 15 dias de trabalho seguidos por 15 dias de folga e garantiu que logo que entrasse de folga, iria até minha cidade. Estávamos namorando, ele disse!

Fui-me embora feliz por ter dada uns bons beijos naquela curta viagem que fiz em busca de um emprego garantido. Vida que segue, não levei muito a sério aquela história de namoro. Como disse, sou a cética das céticas. Mas não é que o rapaz continuou com as declarações? Fã de de torpedos por celular, os SMS, passou a me enviar mensagens todos os dias. E várias! Com declarações, recadinhos mais safadinhos, falando sobre seu dia, perguntando sobre o meu, enfim, essas coisas de namorados. Eu entrei na dele, afinal, estava só com uns peguetes eventuais, nada sério e se o cara fosse mesmo até minha cidade - eu morava em Minas na época - o namoro podia mesmo engatar.

Mas às vezes eu ficava meio impaciente porque ele parecia pensar que eu estava à disposição dele, sempre pronta para responder suas mensagens. Mas eu tinha trabalho, amigos, família e nunca fui 'escrava' de celular. Vira e mexe esqueço na bolsa, deixo de carregar, saio sem levar ... e quando eu demorava pra responder ele ficava chateado, fazia draminha e tal. Eu achava bonitinho: ele sentia minha falta, pensava. Mas, para encurtar a história, eis que o bruto realmente apareceu na minha cidade em sua próxima folga. Pegou a estrada de carro na madrugada e 9h da manhã estava batendo à minha porta. Depois dos beijos um do outro que já conhecíamos e adorávamos, da sala pra minha cama levamos pouco mais de uma hora. E o brutinho cumpriu tudo que seu corpinho gostoso e seus beijos prometiam. Sintonia total! Resultado: ele passou duas semanas na minha casa e ainda o Natal na casa da minha mãe com minha família com direito a troca de presentes, ceia e tudo. Depois, fui passar o réveillon com ele, só nós dois, na cidadezinha de praia. O namoro tinha realmente engatado! Ainda que nossas conversas estivessem mais para monólogos meus, o danado era bom de cama como só! Nossas (muitas) transas eram sempre boas e ele tinha lá outras qualidades: inteligente, tinha um bom emprego - (o que o livrava de ser um duro como os tipos que eu andava atraindo naquela época) e tinha uma boa cota de gentileza. Além de bonito e gostoso. Ou seja, o conjunto da obra resultava num bom namorado.

Luzes no picadeiro que o espetáculo vai começar!

Como disse, ele adorava ficar mandando torpedos e achava que euzinha não tinha mais o que fazer na vida a não ser ficar respondendo suas mensagens. Umas duas vezes ele tinha queimado no golpe porque eu não tinha respondido ou tinha demorado pra responder. Confesso que teve duas ou três vezes que não respondi de propósito e depois disse que o celular tava descarregado - porque eu queria ou precisava fazer outra coisa e não ia poder ficar ali, horas, fazendo malabarismos com meus dedos naquelas teclinhas minúsculas do celular. Uma vez, chegou a dizer algo como "tá tudo acabado", só porque não respondi ou demorei a responder uma mensagem. Dessa primeira vez, eu conversei com ele e expliquei: tenho meu trabalho, meus amigos, minha família e não fico o tempo todo grudada no celular esperando pra receber e responder suas mensagens. E isso não é jeito de terminar um namoro ou o que quer que seja. Se você fizer isso de novo, eu vou levar a sério e vai terminar mesmo, hein? Não vai ter conversa.

O bruto, como sempre, fez um muxoxo como quem concorda e o namoro seguiu. Dias depois, estava eu em Minas e ele lá na cidadezinha, em uma de suas folgas. Como um amigo seu de infância (ele era de Porto Alegre) tava passando uns dias lá, ele não foi pra Minas. Ok. A gente tinha se visto há pouco e eu até cheguei a conhecer o tal amigo. Normal. Vá lá curtir seu amiguinho, afinal, também tenho cá minhas amiguinhas. Sem stress, não sou ciumenta mesmo. Aí, numa sexta-feira, ele me conta que na véspera tinha ido a uma boate badaladíssima numa outra cidade perto dali com o tal amigo. Detalhe: eu havia passado 10 dias com ele e nós fomos, no máximo, a um barzinho mixuruca na cidade mesmo onde ele morava. E eu é quem tinha falado pra ele da tal boate, porque a filial era na minha cidade e eu conhecia. Não era a que eu freqüentava mas nunca tinha ido àquela, no litoral. E o bruto se prontificou a me levar lá? Nãnãninãnão. Mas com o amigo ele foi, claro! Eu reclamei disso e falei que da próxima vez que eu fosse lá, ele iria de novo à tal boate comigo! Ele ainda reclamou que era caro (ensaio do número do palhaço pão duro) mas eu insisti que iríamos - até porque, eu sempre paguei minha parte nas contas - mas isso eu não falei, não precisava porque ele sabia.

Eu até acredito que os dois palhacinhos tenham feito lá seus espetáculos e talvez tenham até conseguido platéia, afinal, os dois espécimes gaúchos não eram de se jogar fora. Mas não tava preocupada com isso - sou adepta do "o que os olhos não vêm o coração não sente". E acho que se tivesse aprontado ele não teria a cara-de-pau de me contar onde tinha ido. Mas o que me chateou realmente foi ele ter ido pra balada com o amigo (pra pegar, claro) e não ter ido comigo quando eu estive lá!!!

Sei que na sexta, quando ele me contou a primeira parte do espetáculo, eu já tinha combinado de sair com minhas amigas. Como ele não perguntou o que eu ia fazer naquele dia, não falei nada. Ele não devia estar interessado. E eu estava numa cidadezinha de 50 mil habitantes no interior de Minas onde a gente fica até 1h30 da manhã bebendo cerveja no único bar da cidade e depois vai pra um galpão tentar dançar ao som de um DJ da cidade que só faz tocar funk quase a noite inteira. Ou seja, a diversão são os amigos porque o ambiente e o público - que ele já tinha conhecido - não inspiram nada!!! Muito menos beijo na boca!

Eis que 2h30 da manhã, estou eu lá, tomando umas cervas e torcendo pro DJ desisitir do funk pra eu ao menos dançar um pouquinho quando recebo uma mensagem dele.
Palhaço SMS: - Oi, tá dormindo?
Euzinha: - Não. Tô no XXXXX com minhas amigas.
Palhaço SMS: - Ah! É? Então aproveita e me esquece!

Como assim, cara-pálida?

Euzinha: - Você deve estar brincando ...
Palhaço SMS: (Nada)
Euzinha: - Bem. Se você acha que é assim que se termina um relacionamento ... tá tudo terminado.

Isto foi na sexta-feira, respeitável público. E na segunda-feira o pândego me manda outra mensagem, romantiquinha, como se nada tivesse acontecido. Eu ignoro. E ele insiste. Manda umas dez mensagens ao longo do dia e eu não respondo nenhuma. Afinal, o que ele esperava? Me faz uma palhaçada daquelas e depois vem agir assim, como se estivesse tudo bem e ele não tivesse sido um moleque? Não ia responder nunquinha mesmo.

Quando percebeu isso, ele me ligou perguntando porque não tava respondendo suas mensagens. Aí ele ouviu tudo o que merecia: que eu já tinha avisado que mandar SMS não era jeito de terminar nada, quanto mais um namoro, e que da próxima vez que ele fizesse aquilo, ia terminar tudo mesmo. Afinal, aquilo era coisa de moleque covarde. Ele tinha entrado na minha casa, conhecido minha família e estávamos namorando. Agora, pra terminar ele achava que bastava um "Aproveita e me esquece" por torpedo de celular sem ao menos uma explicação? Afinal, porque ele tinha me mandado aquela mensagem? E se não enviou outra quando eu disse que era brincadeira, é porque falava sério então o mínimo que ele devia fazer era me explicar porque queria que eu o esquecesse. Qual era o motivo?

O palhaço ficou mudo do outro lado do telefone. Quando eu perguntei: "Então, qual é o motivo?" Ele disse "Não tem motivo nehum, não." Eu disse: "Então a gente não tem mais nada pra conversar". E desliguei.

J.E.

terça-feira, 19 de junho de 2007

Homem é tudo palhaço, mas picadeiro vazio nem pensar

Como todos sabem, esse é o meu lema, mas apesar disso, o movimento no circo anda fraco. Sorte minha e azar dos leitores, mas há muito que não sou coadjuvante num espetáculo circense. O artista circense que tem se apresentado no meu picadeiro não faz espetáculos dignos de nota.

Mas como o espetáculo não pode parar, vou contando espetáculos das amigas, das leitoras e, novidade, dos palhacinhos! Sim, exibidos que são, esses meus palhacinhos queridos estão doidos por um holofote e têm feito de tudo pra aparecer, até mesmo confessar seus espetáculos favoritos. Sim, dileta audiência, eis que surge um nova seção no circo: “Eu, palhaço confesso”.

Para inaugurar a seção dos palhacinhos orgulhosos, guardei o relato de uma amigo meu, leitor e comentarista contumaz deste circo.


Palhaço confesso e exibido

O rapaz tinha uma amiga com quem certo dia rolou um clima. Sabe aquela máxima de que “eu não cmo meus amigos” ou “os amigos são reserva técnica? Pois é, eu também sou adepta, mas tudo na vida é negociável, né? Bom, a moça parece que era menos flexível e quando a chapa esquentou ela arregou: “entre a gente não dá pra rolar sexo”.

O bruto, daqueles que não leva desaforo pra casa, vingativo, bicho ruim, sabe? Pois é, não engoliu o sapo nem chupou a manga. Dissimulado, ficou puto, mas fingiu que compreendia. Ficou trabalhando a moça por mais de um ano, ali, trabalho firme, fazendo de amigo e seduzindo. Até que um dia logrou êxito. Tão lá no maior amasso na casa dela, os dois já pelados na cama, ele virou de repente e mandou "Ach que entre a gente não rola sexo", pegou a roupa e saiu correndo, vestidod calça enquanto saía pela porta e calçando sapato escada abaixo. Segundo palavras do próprio, deixou ela lápegando fogo sem entender nada.

Pois é, amigos deste circo, no lugar de aproveitar que finalmente a moça capitulou e esmerilhar, já que ele tinha tesão nela há séculos, o que o palhaço fez? Trocou uma possível boa foda por uma vingança. Que graça tem vigança, minha gente? Gozar, principalmente acompanhado, não é muito melhor? Não era melhor vingança comer muito a moça pra ela se arrepender do tempo perdido?

Ai, ai, ai. Como eu sempre digo, quem gosta de sexo é mulher, homem gosta é de ficar de amasso e sair correndo pra tocar punheta em casa. Claro, depois conta pros amigos que fez e aconteceu, se bobear, até narra o espetáculo no HTP. Tudo palhaço....

segunda-feira, 18 de junho de 2007

HTP no Orkut

A comunidade dos fãs do HTP no Orkut tá bombando. Já entraram?

http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=13209176

domingo, 17 de junho de 2007

Ele conseguiu!
Tem fã do HTP que parece que faz de tudo pra virar personagem. Até que consegue.

Liguei pro trabalho da minha irmã:

- Por favor, queria falar com a L. É Ana Paula, irmã dela.
- Um minuto.

Minha irmã atende o telefone:

- Ih, sabe o que o M. falou?
- O que?
- "Ana Paula: este nome cheira a sexo".

Ele conseguiu! Com uma pérola dessas, o cálega de trabalho de minha irmã alcançou o estrelado ganhando um post em sua homenagem no blog que ele tanto admira. Devo dizer que isto é um mérito para poucos afortunados. Só os palhaços mais talentosos conseguem este feito. Palmas porque ele merece.

domingo, 10 de junho de 2007

Palhaço "não-caga-nem-sai-da-moita"
Ou "não-dança-nem-sai-da-pista" ou ainda "não-fode-nem-sai-de-cima"

Se apaixonar por amigo é uma merda. Geralmente não se ganha um namorado; apenas perde-se um amigo. Foi o que aconteceu com uma amiga do blog.

Um dos seus melhores amigos de trabalho se separou. Ele tinha um casamento feliz, daqueles de filme, mas um belo dia a mulher lhe disse: "Senta aí que tenho uma coisa pra te contar. Quero me separar de você. Me apaixonei por outro." O cara perdeu o rumo. Natural. E quando isso acontece a gente quer o colo dos amigos. Natural também. Então, o marido abandonado foi buscar consolo na amiga do blog. Ela foi solidária à sua dor. Conversavam horas, almoçavam juntos, saiam depois do trabalho. O assunto era sempre a ex-mulher. De cada dez palavras ditas pelo amigo, onze eram o nome dela.

O tempo passou e ele se recuperou, mas não deixou de sair com a amiga do blog. Os jantares, os cinemas, os teatros, exposições, cafés e tudo o mais continuaram. Eles se davam super bem e a amiga do blog se apaixonou por ele. Meio tímida, ela foi protelando o momento de se declarar até que ele um dia falou:

- Minha terapeuta falou que já está na hora de eu me envolver com outra mulher de novo.
- É? – a amiga do blog viu aí uma possibilidade de declaração.
- É. Eu falo muito de você pra ela, né? Até falei que precisava de mulher assim, como você, engraçada, inteligente, bonita...
- E aí? – disse ela sem conter o sorriso.
- E aí que preciso de uma mulher como você, mas não você, né? Claro!

"Claro"? Como "claro"? Não, não está nada claro! O palhaço se justificou como ele achava que devia. A amiga do blog ficou arrasada, mas ok, vida que segue.

Continuaram saindo, mas a freqüência dos encontros foi caindo um pouco. Um belo dia, ele soube que ela estava namorando. Aí, ele vestiu sua roupa colorida, calçou sua bota de bico largo e comprido, maquiou seu rosto, botou o nariz de palhaço e foi pro picadeiro dar seu show! Fez isso no dia em que a encontrou almoçando com o namorado. Simplesmente ignorou a presença do cara mesmo depois de ter sido apresentado a ele e ainda tratou-a com mais intimidade que tinha, para constrangê-la na frente do namorado. Mas o grand finale do seu espetáculo foi quando na comemoração do seu aniversário em um bar da Lapa ela disse que estava esperando uma pessoa e ele, de cara amarrada, resmungou:

- Não acredito que você vai trazer esse cara no meu aniversário???

Não era "esse cara" que ia chegar. Era a filha dela. E "esse cara" já era namorado da amiga do blog há meses. E se o palhaço sentia alguma coisa a mais que amizade por ela, porque não falava ao invés de ficar com esse comportamento ridículo? Deve ser porque na verdade ele não queria mesmo nada com ela além da amizade, mas não queria deixar de ter atenção exclusiva e uma mulher apaixonada ao seu lado.

terça-feira, 5 de junho de 2007

Palhaço Vigilantes do Peso II

Como eu sempre digo, tem todo tipo de gente no mundo. Uma amiga minha mandou esse relato, inspirada no outro Palhaço VP, narrado pela Ana. Como sempre dizemos, bom senso é luxo para poucos.

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Tinha até me esquecido de mandar esse episódio bizarro, mas quando li o post de 19 de maio, me inspirei a contar este fato!

Estávamos eu e meu namorado no restaurante de um amigo dele. Tínhamos acabado de almoçar, quando passa pela nossa mesa um conhecido dele. Eu já tinha cumprimentado o sujeito umas duas ou três vezes, mas até então não tinha sequer trocado mais do que um “boa tarde”.

Como a gente já estava de saída e o lugar estava cheio, falamos para que ele sentasse na nossa mesa. Mas o sujeito adora falar e logo engatou no papo. E pra não largar ele falando sozinho, acabamos ficando mais um pouco.

A conversa era só entre os dois e eu estava lá de mera figurante. Eis que de repente, o palhaço vira para mim e pergunta:

Palhaço – Com quantos anos você está?
Eu – 27. (???)
Palhaço – Porque o que eu vou te falar é muito sério! Se a gente não gostar da gente mesmo, ninguém vai...
Eu – (????)
Palhaço – A gente tem que se cuidar, você tá muito nova para estar desse jeito!
Eu – (!!!!)
Palhaço – Vou falar pra você a mesma coisa que eu falo para a minha filha: tem que emagrecer! Tem que fazer exercício, ir pra academia senão fica cheia de estria, toda flácida. Depois não tem mais volta. E tem que cuidar da alimentação também, não comer muito, não comer fritura. Veja eu, vou comer só isso aqui!
Eu – .... (olhando para o prato dele - lotado de carboidratos e gordura – e para a barriga dele, que denunciava que há muito ele não sabe nem o que é um lance de escada !)

Eu e meu namorado estávamos incrédulos, boquiabertos com o discurso faça-o-que-eu-digo-mas-não-faça-o-que-eu-faço e, pior, de uma pessoa que eu mal conheço. Estupefata, não sabia nem como reagir a tamanha grosseria. Acabei não falando nada.

E para finalizar com o falatório, a criatura ainda me solta uma pérola:
Palhaço – E eu não quero que você fique brava comigo não! Eu estou falando isso para o seu bem!

INACREDITÁVEL!

Eu saí de lá sem entender como é que uma pessoa é capaz de tanta falta de educação!! Sim, porque se ele acha que eu não estou em forma, se ele acha fulano feio e que cicrano se veste mal, tudo bem, é um direito dele. Mas daí a sair esfregando na cara dos outros os defeitos??? Daí já é demais! Eu também acho ele um velho bigodudo nojento e com o cabelo ensebado, mas nem por isso tenho o direito de agredir o palhaço com essas informações (verdadeiras).

Saí do restaurante meio sem rumo. Meu namorado comentou que também não tava acreditando naquele discurso todo – e pior, sem moral nenhuma! – e na falta de respeito com ele e comigo! Disse que só não falou nada por causa do dono do restaurante, porque o cara é um cliente em potencial, etc., etc. Concordei, até porque se ele fosse falar alguma coisa ia acabar se alterando.

Mas isso não é tudo, caras espectadoras!!! Eu achei que esse havia sido um fato isolado. Mas não!!! Em outra ocasião fiquei sabendo que ele VIVE FAZENDO ESSE TIPO DE COMENTÁRIO, com todas as mulheres, inclusive com a esposa do dono do restaurante (que, aliás, não tem nada de gorda)!!!