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domingo, 23 de dezembro de 2007

Palhaço comportamento de risco II

Já outra amiga, essa rodada, digamos assim, caiu no conto do "sem camisinha é melhor" e tá arrependida até agora.

A companheira empresaria circense tinha ido a uma festa de aniversário em uma tradicional casa de samba carioca. Como todo mundo sabe, samba não tem pegação (aliás, não se pega ninguém em samba, pelo menos nos que eu vou), especialmente naquele local familiar, digamos assim. La foi ela toda alegrinha e despretensiosa, disposta a sambar com as amigas ate de manhã e voltar pra casa com pés doendo e a alma lavada e pronto.

Mas eis que, contrariando as expectativas, samba vai, samba vem, um palhacinho todo bem acabadinho tira a moca pra dançar. Educado e atencioso. Moreno, alto, ombros largos e mãos grossas, como apreciaria outra amiga nossa. Estiloso, descoladinho, barbinha por fazer, como diria salivando certa cálega de pista. Magrinho gostoso, ou fibrosito, como definiria uma dona de circo hermana. O bofe agradaria a gregas e troianas. Sambaram que sambaram e, no fim da noite, o rapaz a convidou pra casa dele. "Simbora!".

O garotão mostrou que não tinha só estilo: pirocudo e abnegado, fazia tudo pra agradar. A chapa quentíssima e ela achando que tinha tirado a sorte grande enquanto tirava o atraso. Trabalhos já adiantados, todo mundo animado, todo mundo empolgado, o bruto aproveita o calor do momento e propõe “Agora vamos fazer sem camisinha, pele na pele, quero te sentir de verdade”. A tola embarcou na canoa furada “Pele na pele, sem camisinha, também quero te sentir”. Humpf. Tão os dois na função, quase pegando fogo, quando o bruto grita “Espero que nenhum de nos dois tenha aids porque eu vou gozar”. Ela, que também tava quase gozando, broxou.

Vem cá, é isso mesmo? Na hora "h" foi a coisa mais sexy que ele pensou pra dizer?
Pois, amigas donas de circo, isso prova como mesmo experientes, de vez em quando caímos em cada furada, cada espetáculo chinfrim... Ninguém precisa ter vergonha de ter caído numa esparrela dessa, precisa é abrir ficar esperta pra não fazer a mesma bobagem. Que sem camisinha é melhor ninguém nega, mas que não vale a pena também sabemos muito bem, inclusive pra nos poupar de ouvir uma sandice dessas.

1 comentários:

Ana Cláudia disse...

Foi uma sorte ela não ter engravidado do mané.