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quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

Festa estranha com gente esquisita e eu não to legal...

Já nossa leitora A.M. foi dar pinta na pista e se deparou com pândego clássico, com talentos de equilibrista também. Até que dava pra rir da performance do artista.


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Eu quietinha, com meu trago na mão, chupando de canudinho, fazendo meu passinho-embaladinho-rítmico-curto, típico de início de noite – nada de movimentos bruscos, nada de pilares nem queijinhos, nada de chão-chão-chão-chão-chão-chão. Nada... moça séria... e a galera chegando...as gatas pardas (sim, pq à noite todaaaaasss as gatas são pardas), as gatos de topete, os de pulseirinha neon, os de golinha alta, os de golinha baixa, enfim, o povo que, assim como eu, sai da toca à noite pra ver no que dá a vida social. Queria só curtir um som, me alegrar regada a muito etílico, falar amenidades com os amigos e pronto. Seria isso e vapt... iria pra casa dormir, linda, leve, bêbada e feliz, assim que o Dj acabasse seu show.

Mas eis que um palhaço resolve exercer seu livre arbítrio na mesma pista que eu. O bruto chega chegando e fala de cantinho e de mansinho: "estou me sentindo meio deslocado, posso ficar aqui com vc?".

Eu: Poder pode (tá pagando ingresso, pode né???), mas estou acompanhada.
Ele (sem nem dar bola para o detalhe que eu mencionei): Tô me sentindo mal.
Eu: O que tu está sentindo?
Ele: Dor no peito.
Eu: Acho que é melhor então tu sair da festa e ir embora.
Ele: Não adianta. Essa dor é de angústia, de sofrimento mesmo. Briguei com a minha namorada... agora minha ex. E ela está aqui.
Eu: Então procura a mulher, amigo.
Ele: Acho melhor não.
Eu: Por que não? Tu fez merda?
Ele: Não, mas é que dor de amor se cura com outro amor, meu amor!

Durante a noite, visualizei o ser estranho que tentou me abduzir conversando com mais duas gatas pardas, individualmente, uma após a outra. Será que ele estava tentando curar a dor no peito? Fala sério!

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