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segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

Palhaço magoado

Dia desses um conhecido meu foi me levar em casa e passou o trajeto todo se lamuriando de sua vida conjugal. Em passado recente, ele teve um caso que acabou em bafão. A mulher dele, ao saber que estava havia sido traída, deixou de falar com ele. Justo, né? Pra ele não.

Por circunstâncias práticas, resolveram continuar coabitando, porém o filho pequeno passou pro quarto dela e o infiel pro quarto do menino. Na verdade, ele ficou porque o apartamento está no nome dela (palavras do próprio, logo se estivesse no nome dele acho que teria expulsado a família) e ele não tem dinheiro pra se mudar agora, pois o rompimento-bafão do caso extraconjugal o deixou falido. Até aí eu já sabia, mas achei que ele ia continur encostado no quarto do menino. Só que, nesse dia, ele estava disposto a se mudar mesmo não tendo um puto no bolso.

Segundo ele, não interessava ficar lá, afinal, ela não deixava que ele a tocasse! Vejam vocês que absurdo. Não cozinhava, não lavava, nem passava pra ele! Pior ainda, passava os fins de semana fora! Mas que coisa, né? Que mulher vil!

Agora vejam vocês, a ex-esposa foi generosa de não ter posto o bruto na rua com a roupa do corpo e ele queria o que? Achou que ia ter empregada e mulherzinha?

E ele, indignado com a situação, ainda proferiu a pérola máxima "estou muito magoado, Roberta. Ela não está sendo companheira comigo". Ah, tá. E quando você estava viajando por aí com a outra, de carro novo, gastando a poupança do casal, você tava sendo companheirão, né? Companheiro de circo de todos os outros palhaços.

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