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sexta-feira, 30 de maio de 2008

O palhaço punheteiro parisiense

Como sempre digo, homem é tudo palhaço, não importa a idade, profissão ou localização geográfica. Amiga minha, mulher maravilhosa, foi passar férias em Paris, que ninguém é de ferro e ela merece. Na volta, me escreveu contando as viagem e um espetáculo francês que assistiu.

Tavam ela e a amiga companheira de viagem olhando o mapa meio perdidas. Especulavam sobre onde estariam e qual metrô deveriam tomar, quando viram chegar um cara de bicicleta.

Como ele tava com uma cara meio estranha, acharam que o palhaço também tava meio perdido e foram tentar contato, afinal, de repente ele sabia pelo menos onde tava. Perguntaram se ele falava inglês e, como ele disse que não, agradeceram e continuaram olhando o mapa.

Holofotes no palco. Visualizem a cena: tão lá as duas perdidas, indecisas sobre pra que lado ir, quando ouvem o cara falando alguma coisa. Olharam e.... o caboclo tava com o pau para fora, falando alguma coisa sobre em francês da qual elas entenderam a palavra "sexo" e se masturbando. Com o susto, e como elas não entendem bem o idioma, não compreenderam ao certo a frase, mas uma punheta é compreensível em qualquer idioma.

É amigos, é isso aí. O palhaço tarado sacou do instrumento e começou a atividade em plena rua, à luz do sol, apenas porque duas estrangeiras perguntaram se ele falava inglês.

Minha amiga ficou tão indignada com o espetáculo inédito e inusitado que começou a bater no palhaço com um sacola que carregava, xingando em português aos gritos. O palhaço, que é punheteiro, mas não é burro, se mandou na bicicleta. Elas não repararam se ele colocou o pau pra dentro da calça ou se vazou com o membro ao vento (que também não sabemos se vazou ou não).

Como ela mesma disse, agora até faz piada da história, mas na hora o espetáculo foi totalmente sem graça.

quarta-feira, 28 de maio de 2008

Eu, leitora e empresária circense

Eu dava aulas de russo para esse aluno, que um dia por e-mail resolveu me paquerar. A amiga que me apresentou desaconselhou, disse que poderia ser uma roubada. Começamos a namorar em um mês, e eram tudo flores absolutas. Romântico e apaixonado, ele me tratava como uma deusa. Afinal ele tinha apenas 21 anos e eu era sua primeira mulher oficialmente.

Nunca escondi que sofro de transtorno-bipolar e sempre assumi minhas dificuldades de relacinamento familiar. Entre tapas e beijos o romance durou 1 anos e meio.

Sabem como ele decidiu terminar a histórinha de criança? Por e-mail! Mandou um e-mail enorme, cobrando falta de sexo, lágrimas. Alegou que era apenas carona, médico e etc. O pior foi que em uma semana ele arranjou outra namorada que mora em um prédio em frente ao meu. Segundo ele afirma, ela é perfeita, não tem problemas, não é neurótica e tem carro.

Mandei ele tomar no c* ... e socar o e-mail!

Palhaçada internética não me atrai nem um pouco, ainda prefiro o bom e velho bate-boca.


Leitora K.L.

domingo, 25 de maio de 2008

Olha o HTP aí, gente!

Sábado saiu uma matéria sobre feminismo na web, mais especificamente em blogs, no caderno Ela do Jornal O Globo. Lá pelas tantas, uma das blogueiras feministas dizia mais ou menos assim: “Eu não queria escrever sobre relacionamento. Não quero escrever que homem é tudo palhaço. Até porque não acho que homem seja tudo palhaço.” Geeeeennnntes, que coisa! O HTP citado como contraponto ao feminismo. O que me deixa bege é que mais uma vez as pessoas não entendem que isso daqui é uma piada. A gente não quer ser feminista ou ser contra o feminismo. A gente não quer falar mal de homem nem de relacionamento. A gente quer fazer piada com os tocos que leva e com as pisadas de bola que os homens dão. Só isso. Não levem este blog tão a sério – nem a vida.

Mas como a gente sempre diz, falem mal, mas falem da gente. E rumo à Ilha de Caras!

quinta-feira, 22 de maio de 2008

Rescaldo do Happy Hour

Vocês chegaram a ver o vídeo do programa sobre Geração Blog? A Vanessa gravou, mas o DVD deu problema. Felizmente há um vídeo no site da Globo.com.

Divirtam-se!

quarta-feira, 21 de maio de 2008

Eu, leitora e empresária circense - rodada dupla!

Como vou viajar no feriadão, resolvi postar duas histórias pra vocês terem diversão até a minha volta. Os dois relatos foram enviados pela leitora I.O., dona de circo emérita!

Divirtam-se.


O Palhaço sem Memória

Era uma linda tarde de verão e eu procurava um amor. Tá bom, tá bom, mentira. Procurava um cara bem gostoso que pudesse me dar um belo trato - afinal tinha acabado de sair de um namoro horrível de seis séculos e meio. Eu lá, universitária, cabelo ao vento, no boteco, gente jovem, reunida. Eis que me chega o palhacinho protagonista dessa história.

Todos em seus lugares, o show vai começar!

Senhorito muito bem apessoado, com um nome que por si só já me fazia tremer (até me casei com um homônimo, uma coisa). Cabelos de anjo, olhos tristes e verde-folha. Sim, leitoras. Verde-folha. E pra piorar tinha uma moto. Conversa vai, conversa vem, eu pensando que na encarnação que vem, quem sabe, um cara bonito deste tipo poderia me dar bola. E ele me lasca o tiro de misericórdia: "Você tem os olhos mais bonitos que eu já vi. Na verdade eu nunca vi olhos brilharem tanto ao pôr do sol". Sim, palhacinho era baranguinho, mas bonito daquele jeito eu achei a coisa mais romântica da face da terra. E emendou: "Você vai no churrasco de História no sábado?". Vou, vou, como não? Vou de avião, caso necessário. De jegue. Fiquei descontrolada.
Não fui ao tal churrasco e o encanto passou. Não o vi mais, o tempo correu e eu estava bem. Saindo com as amigas, mais magra, solteira. Um belo dia, do nada, escuto alguém me gritar da varanda de um restaurante. Quem? Sim, o palhacinho verde-folha.
Achei que era coisa do destino. Ai, ai. Coisa de filme. A gente ia se casar, ter uns dois filhos e eu ia contar essa história, do encontro ao acaso. Saímos de mãos dadas, porta da minha casa, um beijo. Huuummm... Que beijo, tudo perfeito. Nós dávamos risadas de alegria. Juro! Foi inacreditável... Como tudo que aconteceu depois dessa noite.

Toda sexta-feira eu encontrava o verdinho no mesmo local que nos conhecemos. Era uma beijação, uma pegação, uma coisa! Ai, ai. Nuvens, babies. Nuvens. Era um tal de se ver no intervalo da faculdade, dentro da Biblioteca. Ai. E dá-lhe promessas de ligações, encontros que eram desmarcados em cima da hora. Assim foram três semanas, só o via na sexta-feira e um dia ou outro que a gente se esbarrava nos matagais e na Biblioteca da Pontifícia Universidade.

Belo dia palhacinho verde-folha diz: "Nós precisamos sair direito, né?". Sim, sim, lógico, lógico. "Pois é. Hoje tem uma apresentação de teatro no Shopping Onde J. Perdeu as Botas, acho que deve ser bacana. Vamos?". Oh, claro baby. Claro. "Então tá. Nos encontramos lá às 20h, na praça de alimentação".

Continuei tomando minhas cervejitas e olhando o relógio de hora em hora. Afinal, eu precisava sair em um horário bom pra chegar em casa, dormir e acordar divina, fresca. E assim fiz: fui embora umas 5 horas antes do habitual, cheguei em casa, dormi forçada, acordei, tomei um banho, pedi dinheiro emprestado (!!) e peguei um táxi - eu estava mega-ultra-power atrasada.

Cheguei pontualmente às 20h. Esperei, esperei, esperei e nada. Fiquei preocupada, devia ter acontecido alguma coisa. Caiu de moto, só pode ser. Liguei pro circo do palhaço.

- Alô, Palhaço está?
- Ele está tirando um cochilo no sofá. Quer que chame?
- Siiiim, por favor. (AINDA BEM QUE NÃO É POSSÍVEL MATAR UMA PESSOA PELO TELEFONE! ATUALMENTE EU ESTARIA PRESA...)
- Alô.
- Palhaço, eu estou aqui no Shopping Onde J. Perdeu as Botas.
- É mesmo? Hoje tem uma apresentação muito bacana aí! (EU FALEI QUE ERA INACREDITÁVEL!)
Silêncio
- EU ESTOU AQUI TE ESPERANDO, PALHAÇO!
- Nossa, eu combinei com você, meu anjo? Não deu pra ir...
Outro silêncio. Eu estava chorando, patética.
- Ô meu anjo...
- PÁRA DE ME CHAMAR DE MEU ANJO!
- Você está chorando?
- NÃO!
- Sabe o que é? Desculpe, eu esqueci de te contar um pequeno detalhe... Eu tenho namorada.

Desliguei na hora. Pequeno detalhe??? Eu queria minha mãe naquele momento. Nunca tinha tomado um bolo desse, nada parecido. As pessoas me olhavam com pena, eu gritei no telefone. Peguei outro táxi e fui pra casa de uma amiga. Ela ia sair e pelo meu estado acabou dando uma festinha em casa. Fiquei com outro palhacinho, com o mesmo nome (eu avisei que o nome é uma praga pra mim). Sabe o que é o pior dessa história? Uns tempos depois eu caí na conversa dele, de novo! Ele estava solteiro, eu também, resolvi dar mais uma chance... E ele brochou no dia. Palhaço bonitinho, gostosinho, verde-folha, desmemoriado e brocha. O meu único arrependimento é de não ter espalhado essa história na época. Eu deveria ter espalhado cartazes pelo campus. Não deveria?!?


Leitora I.O.
Palhaço invejoso

O palhacinho em questão é um ex-namorado da dona do picadeiro aqui. Nos conhecemos na faculdade de jornalismo, éramos da mesma sala e depois de um porre homérico no churrasco de formatura, lá estava eu: aos beijos com o cara mais mal vestido que eu já tinha visto na vida.
Bem, vestido ele era um horror, mas despido... Hum, maravilha, coisa linda. Um ano de ótimo sexo, nenhum papo - não existia nada em comum!
Mulher esperta que sou, troquei o palhacinho por um modelo mais novo, calibrado. Casei quatro meses depois e estou até hoje, após três anos: feliz da vida pela escolha.

Abram as cortinas, o espetáculo vai começar!

O tempo passa, o tempo voa e estava eu no MSN, feliz da vida, quando vejo que o contato (já bloqueado e excluído) pediu para adicioná-lo novamente. Pensei: "Ah, o que tem demais?". Aceitei. E papo vai, papo vem, como está a vida, e sua mãe, seu pai, entre outras cositas, começa o show:

Eu: - Vc tá trabalhando com o quê?
Ele: - Virei instrutor de auto-escola.
Eu: - Hum...Bacana.
Ele: - E você?
Eu: - Estou de freela. Escrevo umas matérias pra uma revista de adolescentes e estou feliz com isso, foi uma conquista legal pra mim. Fiz a minha primeira capa esta quinzena, pode ir na banca ver. Está lá: "Vida real: Transei porque bebi demais" - a matéria é minha. Pode me dar os parabéns! Rsrsrsrs
Ele: - Foi baseado na sua vida?
Eu: - Não nesse caso. É a história de uma menina que entrevistei...
Ele: - Parabéns por ter transado porque bebeu demais... (COMO ASSIM?????)
Eu: - Não, não. Parabéns por ter a competência de escrever uma matéria que não fala sobre você, em uma revista de circulação nacional e ainda ter chamada na capa! (PERDI A PACIÊNCIA!)
Ele: - Ah, parabéns por tudo isso aí então... Vc faz pauta lá também?
Eu: - Depende. Posso mandar a pauta e se eles toparem, faço a matéria.
Ele: -Ah, então sugere umas pautas melhores... A revista que você escreve não é vista com bons olhos não... (COMO ASSIM????)
Eu: - Eu não concordo. E também não me importo com o que você acha ou os outros. Acho bacana o meu trabalho, é gostoso fazer o que faço e ganho por isso. Como eu disse é uma revista de circulação nacional e me sinto orgulhosa em ter conseguido esse espaço na unha, com a minha competência e nada mais. Deixa eu ir, tenho umas coisas pra resolver. Tchau.

(O pensamento era: agora eu me lembro porque o excluí. Eu pelo menos trabalho na minha área, babaca. Vai lá, jornalista-instrutor de auto-escola!!! Que ódio! Palhaço!)

Fecham-se as cortinas. Fim do espetáculo!


Leitora I.O.

terça-feira, 20 de maio de 2008

Palhaços... ops... Homens e cabelos

Homem tem que ser tratado igual a cabelo!
Num dia, a gente prende; no outro, solta. Num dia, a gente alisa; no outro, enrola. Dá uma cortada quando precisa...
Numa semana a gente amacia, na outra é só jogar de lado e ele fica ótimo!
Fala a verdade... cabelo dá trabalho... e homem... ai ai
Mas a mulher consegue viver careca????

Aprendam, meninas!

Reflexão enviada pela leitora Taísa
Prêmio Ibest Blog

Bem, não vai ser este ano que vocês vão assistir ao nosso discurso de agradecimento pelo Prêmio Ibest exortando a platéia ao sexo anal. Como vocês já devem saber, não ganhamos nem o que a Luzia ganhou na horta.

Quem mandou não votar na gente? Mas como Prêmio Ibest é que nem carnaval, todo ano tem, vocês têm outra chance ano que vem.

segunda-feira, 19 de maio de 2008

Clááááássicos...

Domingo fui pegar um cineminha, programinha básico. Depois do ótimo filme, tava fazendo um lanchinho e observando os transeuntes quando vi o irmão de uma amiga chegando com a mulher pra sessão seguinte. Ela, prática, foi andando pra fila. Ele soltou a mão dela e ficou meio para trás, com uma cara meio de bobo. Reparei e acompanhei o olhar dele pra ver o que o distraía tanto. Claro, ele parou e ficou olhando para uma mulher que falava ao celular perto da bilheteria. Era uma mulher normal, não especialmente bonita ou gostosa para "explicar" o cara largar a mão da mulher e ficar com cara de palhaço olhando vidrado, a mesma cara da CEG do post do dia 21 de abril.

Neste caso achei falta de consideração com a mulher dele, ali na frente, correndo pra bilheteria. Sei que nem é uma grande palhaçada, um grande espetáculo mas sempre acho curioso. Sempre reparo em homens acompanhados que perdem o rumo, ficam obnubilados por alguma outra mulher (não a dele) que passa.

Chama a atenção justamente por ser uma atitude tão masculina e tão.... circense.

sexta-feira, 16 de maio de 2008

Palhaço sem classificação

Tava flanando na caixa postal do HTP e achei essa pérola. Sei que nem é dia de história das leitoras, mas não resisti. É tão bizarro que nem encontrei classificação para o palhaço. Como vocês classificariam esse tipo circense?


Conhecia o palhacinho desde que ele freqüentava a escola dente-de-leite do circo. Na adolescência, fui apaixonada por ele... e ele pela minha irmã. Crescemos, nossas vidas mudaram, mudamos ambos pra São Paulo, mas nunca tínhamos nos encontrado, até o advento do Orkut. Combinamos nos encontrar na nossa cidade. Não apenas nós dois, mas toda a turma daquela época. No final, ele foi me levar em casa e me mostrar o curta que ele dirigiu. Nós juntos, deitadinhos no sofá, o filme muito bom, ele todo carinhoso...

Fomos pro quarto e começamos a transar. Sabe aquela coisa que é melhor deixar só na imaginação? Ele era péssimo, desajeitado, tudo muito estranho, enfim, eu queria mais é que acabasse logo pra gente voltar a ficar abraçadinhos e só!

Mas aí vem o Palhaço Paçoquinha e faz a palhaçada do ano! Depois de gozar, ele tirou a camisinha... eu falei: "tem lenços de papel no criado-mudo". E ele, perdendo uma sensacional oportunidade de ficar quieto: "Tá bom que eu vou deixar minha camisinha cheia de esperma aqui!" Ahm?! Como assim, começa o espetáculo sem nem mesmo um "respeitável público"? Entre uma apresentação e outra no picadeiro, me parece que ele não perde um capítulo da novela das oito!

Respondi: "Você está brincando, né?" e o palhaço "Sabia que dá pra ficar grávida assim?". "Mas quem te informou que eu quero ficar grávida???"

Resumo da ópera, ele levantou, se vestiu, enfiou a camisinha no bolso e foi embora!

E só pra explicar a piada: ele não é uma classe visada por moçoilas oportunistas! Não é jogador de futebol, não é rico e muito menos dono de um patrimônio genético invejável!!!

Ele é um palhaço? É sim senhor!
Por isso eu sempre preferi o trapezista!


Leitora CMC

quarta-feira, 14 de maio de 2008

Eu, leitora, jornalista e ex-empresária circense

É... Eu realmente tinha vocação para Polyanna, Irmã Paula, sei lá...
Tinha. Não tenho mais.
Hoje estou casada e feliz.
Sim, cansei dessa vida de empresária circense.
E recomendo.

Bom... Mas estava lembrando de certa vez, quando ainda alimentava paixões frustradas por seres do sexo masculino.

Fui à entrega de um prêmio de imprensa badalado, em uma casa de espetáculos igualmente badalada, recheada de jornalistas badalados (e muitos amigos) e que ainda teve show com artista baiana badalada, que, dizem, sei lá, né, namora uma apresentadora de tv bem badalada também.
Mas, então...

Levei comigo um 'amiguinho' que já freqüentou minha vida durante um tempinho, mas que decidiu que seria só meu amigo...
Companhia agradável e divertida, o convidei pra ir comigo.

Tudo muito bom, tudo muito bem, bebida liberada, vinho tinto, vinho branco, cervejinha básica, whisky...

Eu fui no vinho tinto e o 'amiguinho' no branco.

Durante a premiação, o 'amiguinho' todo animadinho, falando no ouvido, se chegando... Ahã...
Muito politizado, ele desenvolvia os temas depois de cada discurso dos vencedores. Muitos deles inflamados por questões políticas, tal qual o vencedor da categoria "Jornalismo Investigativo", que fez uma puta matéria sobre grampos telefônicos que incriminavam 'aquele senhor que mandava na Bahia'.

A premiação acabou e 'rolou a festa'.
O amiguinho todo animado, dançando juntinho, uma coisa.

E tome vinho...

Nessa hora, meu 'chiquê' já tinha ido pro caralho e eu já tava bebendo cerveja, cabelo preso, sem o paletó do terninho dançando loucamente aquelas coreografias ensaiadas dessas músicas 'aê aê aê ô ô ô'.

Mudamos de lugar e fomos dançar perto de uns amigos meus (onde tava muito mais animado, diga-se de passagem) e o amiguinho se soltou...
Abraçava meu ex-editor (que tinha a minha idade e que é muuuuuuito gente boa), dançava, pulava ao som da cantora e se divertia a valer. Eu e a mulher do meu ex-editor, olhávamos e ríamos...

E tome vinho...

Eu já tinha parado, porque sou uma mocinha consciente e tava na água mineral há muito tempo.
Acabou o show.

- Vamos embora?
- Vamoxxxxxxxxxxx... Maxxxxxxxx pra ondddddeee? Pra xxxua cazzza ou pra minha???
- Eu pra minha casa e vc pra sua. E pode passar o papelzinho pra pegar o carro que eu vou dirigindo...
- Com xxxxxerrrrrrrrtezaa, eu não tenho a menorrrr condixxxão de girigggirrr.

Ao menos um bêbado consciente...
Peguei o carro na porta da casa de shows e entrei pra dirigir.
O amiguinho sentou no banco do carona e pleft! Chapou.

'Ah, que ótimo... Bom, pelo menos eu vou ME levar pra casa bem...' - pensei.

Chegando na esquina da minha casa vi que o amiguinho não teria a menor condição de voltar sozinho.

- Amiguinho... Acorda, baby... Vc tá legal?
- slkduroifjkslmc lsdnvkjnsdjfnoerghofjlkalsf wldjskmxz
- Ah, que beleza...

Como boa Polyanna, dei meia volta e peguei o caminho da casa dele.
Mas, detalhe, eu só sabia a rua em que ele morava, em Copa, o prédio, apartamento, se tem ou não tem garagem, não tinha a menor noção...

Entrei na rua dele e parei o carro na primeira brecha que vi.

- Amiguinho, qual é o seu prédio? Se vc não me disser, não tenho como descobrir...
- Onje é que a gentche tá???
- Na sua rua, querido... Me diz onde é seu prédio...

Eu ja tava engrossando a voz, pra ele ver que eu já ia ficar meio sem paciência já já...

- Ih.... Paxxxou... Tem que faxxxer a volta...
- Putaquepariu... Onde tem que entrar, Amiguinho...
- À exxxxquerrrrdaaaa
- E agora, pego a praia?
- Ixxxxxooooo
- E depois, entro na rua Sguenis?

E ele ia mexendo com a mão, de olho semi-fechado, como se fosse pra eu ir seguindo em frente... Mas, eu TINHA CERTEZA que tinha que entrar à esquerda de novo...

- Entro aqui???

E ele mexendo a mão pra eu seguir...

- Não é aqui??????

Por um momento ele levanta do transe e grita:

- É aqqqquuuiiiii!!!!!

Fiz aquela manobra radical pra esquerda e entrei na tal rua...

- Agora, me diz onde é seu prédio... Eu vou beeeem devagar...

E ele mexendo a mão pra eu seguir...

- Aqqqquiiiiii à gireittttaaa!!!!
- Nessa garagem??????
- Ééééééé.........

Embiquei na garagem e nada do porteiro aparecer...

Pisquei farol, acelerei... Nada... Não ia apertar a buzina, eram duas e meia da manhã e...

"Fóóóóómmmmmmmmmmm!!!!"

Ele apertou a buzina...

Pelo menos apareceu o porteiro...
Cara de sono, olhou pra dentro do carro, o amiguinho fez sinal que tava beleza e ele abriu a garagem...
Entrei.

Onde estacionar?
O amiguinho indicou e daqui a pouco começa a ficar verde...

- Sai do carro, pelo menos, Amiguinho!

Quase não deu tempo...
Chamou o Raul na garagem mesmo...

Putamerda...

Estacionei o carro, coloquei o rádio (que estava na minha bolsa) e fui em direção a ele... Ele me olhava rindo...

- Que beleza...
- Vamoxxxx xxubirrr...
- Que mané subir... Toma sua chave, tá entregue, beijinho, de longe, e tchau... Eu saio por aqui mesmo...
- Nnnnnãããoooooo, sobe de elevadorrrr... Vamoxxxx pra minha cazzzzzaaaa....
- Que pra sua casa, Amiguinho, bebeu? É... Bebeu... Sem chances. Volto daqui agora.

E eu sem um puto pra pegar um táxi... Tinha meus últimos dez reais da vida e não ia sair catando um 24 horas àquela hora...

- Ficccckkkka accccckkkkkiiiii...
- De jeito nenhum, meu querido... Lamento...

Entramos no elevador e espertamente apertei o Térreo antes que ele fizesse qualquer menção de apertar o andar dele.
Chegamos no térreo e eu abri a porta do elevador.

- Tchau, querido, fica direitinho, tá bem?
- Porr favoooorrr.... Ficccckkkka accccckkkkkiiiii...
- Sem chances, baby... Beijinho...
- Tttttuddddo bemmmmm, voxxxxê que xxxabe...

E, cambaleando, ele me olhava com aquela cara de 'ah é? Vai dispensar?!'

Larguei a porta do elevador, que fechou na cara dele...

Ah, ô...
E vocês pensam que acabou?
Náááá!!!

Acordei no dia seguinte e tinha uma mensagem do 'amiguinho' na minha caixa postal.
Às NOVE da manhã...

- Oi, sou eu. Me liga.

A voz tava preocupada... Liguei de volta...

- E aí... Tá melhor?
- Nossa... Tô péssimo! Lembra que eu te falei que tinha uma reunião cedo aqui no Centro?
- Lembro... Perdeu?
- Não, mas cheguei super atrasado... Que merda... E só acordei porque a Fulana (filha dele) me acordou pra dizer que eu tinha chamado o Raul e sujado o banheiro inteiro...
- Ugh...
- Cara, como eu cheguei em casa? Vc veio dirigindo, não foi?
- Foi...
- Ai, ufa. Então não foi sonho... Hehehehe
- É... Não foi sonho...
- E como vc voltou pra casa depois????
- Peguei um táxi, ora... Com o último dinheiro que eu tinha...
- Me dá o número da sua conta que eu deposito...
- Imagina... Não precisa...
- Tá, eu te pago um chopp depois...
- Ahã... Tá...
- Bom, te ligo mais tarde pra falar com vc...
- Tá...
- Mas vc tá bem, né?
- Eu? Tô ótima...

Ah, fala sério, né não?


Relato enviado pela leitora A.B.

terça-feira, 13 de maio de 2008

Ilha de Caras, aí vamos nós

Gostaram da barrinha do Meia Fina aí em cima? Eu achei que ficou lindo. Já conferiram o link permanente do HTP na home deles? Luxo e riqueza.

segunda-feira, 12 de maio de 2008

Trilha Sonora Palhaça, a saga

1. Tem aquele palhaço que se acha "a bala que matou Kennedy"..

Eu sei, ela tem uma queda por mim
Pelo menos eu acho que sim
Mas eu finjo que nem ligo
Porque ela já tem um namorado legal
Descolado, tranquilo e astral
Que é até meu amigo

(Queda, Celso Fonseca)

Além de indeciso porque na primeira frase ele sabe e depois ele acha, o palhaço ainda dá em cima da namorada do amigo!!!! Mas no final ele confessa que também queria ...

Somos gente bacana
Somos seres do bem
Mas que eu queria eu queria
Só um pouquinho eu queria
Assim pra ver eu queria
Mas vamos deixar pra lá
Vamos deixar pra lá



2. Tem o palhaço freak-show, que não larga do pé, que é assim .. piradim, piradim ...

Eu sou a tua sombra, eu sou teu guia
Sou o teu luar em plena luz do dia
Sou tua pele, proteção, sou o teu calor
Eu sou teu cheiro a perfumar o nosso amor
Eu sou tua saudade reprimida
Sou o teu sangrar ao ver minha partida
Sou o teu peito a apelar, gritar de dor
Ao se ver ainda mais distante do meu amor

(Meu eu em você, Victor & Leo)

Meeeeeeeeda!

quarta-feira, 7 de maio de 2008

Eu, leitora e espectadora circense

As palavras da própria Leitora B.B. introduzem o espetáculo. O artista circense em questão parece ser uma mistura de equilibrista com exibicionista. Será que o bruto quer acumular funções?

Sou leitora do HTP há um bom tempo e sempre fiquei me questionando se já tinha participado de alguma palhaçada dessas inesquecíveis e que devem ser relatadas, sabe? Até que ontem o ser de nariz vermelho, voltou a entrar em ação e me deu a luz de enviar esse relato a vocês. !uem sabe até me 'vingar', afinal ele postou em seu próprio blog a história, e claro que mudou parte dela a favor de seu próprio ego.

Sei que a história é um pouco comprida, mas vale a pena. É de palhaço principiante.... Vamos ao que interessa.

O palhaço e eu trabalhamos juntos a um bom tempo. No meio do ano passado começamos a nos engraçar, eu sempe ia em sua casa, e ficávamos conversando horas, mas nunca tinha rolado nada. Até que, em agosto, teve uma festa da empresa. Todos os funcionários ficaram muiiiito animados (detalhe: a festa era OPEN BAR!!!) e no fim da noite acabamos nos beijando. Após a festa, continuamos na mesma situação que antes porém nenhum dos dois comentou sobre o episódio. Continuamos com graça, até que houve outra festa de negócios, e novamente ficamos animadinhos, e ele me roubou um beijo no meio de todos. Beijamos, mas novamente continuamos sem comentar nada e se engraçando. Até que tivemos o aniversário de um amigo de trabalho, ele veio conversar comigo, e disse palhaçadas como: você é uma mulher muito interessante, tem várias características que me atraem, a gente nunca conversou sobre a festa da empresa e sobre o que rolou, blá blá blá. Eu, como sou orgulhosa e estava somente alegrinha só ouvi o que ele falava, e fiquei risonha, nada mais. Depois dessa festa ficamos de ti ti ti. Nem eu sei explicar, digamos que estávamos juntos, eu ia sempre na casa dele mas nada demais rolou.

Até que, no fim de novembro, fui viajar com mais duas amigas. Logo no primeiro dia teve uma cervejada, e eu alegrinha liguei para ele quando tocou uma música que ele sempre ouvia, nisso fomos nos falando todos os dias: ou eu ou ele ligava. Quando voltei de viagem nos vimos e até dormi na casa dele.

Uma semana depois, estávamos trabalhando quando ele me chamou, me mostou seu Orkut e disse: essa aqui é sua amiga, não é? Ele mostrava a foto de uma amigona minha - inclusive umas das que viajou comigo, e que por sinal é muito bonita - em seguida ele disse: porque ela me fuçou no Orkut? Eu não entendendo, disse: vou saber? quis saber um pouco mais de você. Rimos.

Passada mais uma semana, foi meu aniversário. Comemorei em um barzinho aqui na Vila Madalena, em SP. Todos meus amigos foram, e ele também. Estavámos todos juntos e eu tava animadíssima e feliz. Eis que desconfiei de uma troca de olhares entre essa minha amiga, que fuçou o Orkut dele, e o palhaço. Eu, na minha mais pura inocência, pensei: íííí coisa da minha cabeça! Estou com ciúmes!

CIÚMES? Essa troca de olhares persistiu na balada, um amigo inclusive também reparou, pois estava de olha nela. Na semana seguinte reparei inúmeras trocas de mensagens no Orkut, sem contar que ambos se adicionaram no MSN. Até que foi confirmado, ela estava dando em cima dele mesmo, e ele também. Sem dúvida!
Bom, cortei relações com ambos, mas como sou educada e fina, não fiz escândalo. Passei somente a conversar sobre assuntos profissionais com ele, e com ela eu sentei para acertar as contas e nunca mais nos falamos.

Antes fosse que a história acabasse por aí. Nem seria grande palhaçada, apenas mais um clássico. Não. Ele postou em seu blog, isso mesmo, sobre a história. Claro, que de forma anônima. Mas todos os envolvidos conhecem o blog, inclusive amigos em comum e todos sabem da história. E mesmo assim o palhacinho mirim contou a história com sua versão, claro! Dizendo sabe o que? Que mulher é tudo igual, diz que é culpa do homem, faz escândalo e continua sendo amiga da verdadeira culpada.

Claro, para ele, ele só cumpriu seu papel de homem. De responder os olhares de uma mulher bonita e possível mulher-lanchinho ou piriguete, como ele mesmo definiu. Mas isso é de se esperar, afinal palhaços fazem palhaçadas e só sabem contar vantagens de seus espetáculos.

Depois de um bom tempo do episódio, o palhaço uma vez ou outra vem com indiretinhas e me convida para jantar. O que me resta é gargalhar, afinal é uma palhaçada atrás da outra e sou uma mera espectadora, e quem armou o espetáculo foi ele!

Hoje dou risada, mas confesso que no princípio foi meio frustrante para mim.



Bom, dizem que o palhaço em questão é o Cafa, mas eu não sei de nada. ;)
Eu, advogada e empresária circense: despedindo o palhaço por justa causa

Preciso registrar a pior de todas as palhaçadas que vivi nos meus vinte e poucos verões. Era eu uma jovem ingênua e romântica, quando certo dia me vi envolvida em um espetáculo circense em determinada repartição pública. Lá conheci o palhaço em questão. Simpático e sorridente, como todo bom palhaço que está doido pra te traçar, começou a me xavecar. Passados alguns meses e depois de muita insistência, começamos a namorar. Como todo início de número circense era tudo lindo, surpreendente, e logo o amor cresceu. O namoro a distância tinha lá suas vantagens, pois sempre que nos encontrávamos era só Love! Havia algumas briguinhas, mas nada que abalasse definitivamente o “nosso” amor!

Eis que o meu funcionário, ou melhor dizendo, o palhaço já empregado há cerca de longos e problemáticos três anos, começa a se comportar de forma diferente. Dizia que o relacionamento já não era o mesmo, que eu tinha mudado, que as coisas não iam nada bem. Eu me perguntava onde tinha errado. Não tinha lingerie, fantasias eróticas que resolvessem a situação. Na verdade até agradava, mas depois os mesmos problemas “surgiam”.

Já muito desconfiada, comecei a fazer diligências pela área. Fuçando t-u-d-o! Telefone, computador, mala de viagem, pasta de documentos e tudo mais que você leitora imaginar. Sei que talvez muitas irão se identificar com essa tragicômica história. Acredite!Encontrei de tudo, camisinhas, presentes, fotos (lógico que não era eu a outra parte...digamos afetiva da fotografia), lugares freqüentados registrados pelo cartão de crédito, enfim, uma palhaçada que não tinha tamanho.

Depois de meses registrando, anotando, copiando, xerocando, siimm...tinha que ser assim, porque o palhaço magistrado era hábil com as palavras, se eu não fosse muito convicta nos argumentos era bem capaz dele conseguir fazer com que eu dissesse que eu que estava errada! Foi difícil, mas a minha busca era incessante e quase compulsiva por provas que justificasse a despedida definitiva do meu palhaço motivada por justíssima causa!

Depois de muitas brigas e confusões, o palhaço sempre a se escusar, quase que me acusando de ADÚLTERA, descobri toda a verdade! O meu palhaço preferido era na verdade um grande ator. Descobri que os motivos que ele “arrumava” para aquelas briguinhas, onde ele até chorava copiosamente... eram motivados pela necessidade de ir ver a outra!Pois é amigas! Ele namorava com as duas. Eu que sempre me considerei a esperta, estava sendo passada pra trás havia muito tempo! Eu era uma espectadora de mim mesma. Era como se eu fosse o tema da piada, que só tinha graça pra eles dois. Depois de poucas e boas que ele ouviu (incluindo aí um tapão muito bem merecido no meio das fuças). Dei ao palhaço a carta de demissão. Até hoje ele não se conforma com a separação e tenta fazer da minha vida um inferno. Mas já me sinto muito aliviada em saber que aquela que um dia esteve no meu espetáculo e rindo às minhas custas, hoje é a piada principal. Espero que ela faça do palhaço magistrado, palhaço-cuscuz (que sabe e abafa), fica só desconfiando sem saber quando será a próxima gaia. Agora estou solteira e feliz. Convicta que na próxima contratação vou pedir todos os antecedentes criminais do candidato a vaga de palhaço da vez. É isso!! É tudo palhaço mesmo, né!


Leitora G.V.

sexta-feira, 2 de maio de 2008

Amigo Palhaço e Palhaço Amigo
Português não é como matemática. Para a última flor do Lácio a máxima “a ordem dos fatores não altera o produto” não vale. Amigo Palhaço é bem diferente de Palhaço Amigo.

Amigo Palhaço é aquele amigo ou calega mais chegado que já que pertence ao gênero masculino, é palhaço por definição e excelência. Ele te conta seus pequenos (ou grandes) espetáculos e você, depois do esporro de praxe, perdoa porque afinal o artista é seu amigo de fé, irmão camarada.

Já o Palhaço Amigo é aquele palhaço que teve seus quinze minutos de fama no centro do picadeiro, deu seu show e quando tinha que passar na gerência só pra pegar o cachê e ir embora, quis ficar de papo, saber das novidades, tomar mais uma. O Palhaço Amigo é aquele palhaço que “garra amizade” com você depois de te sacanear. Tomá no cu, né, mermão? Vai querer ser amiguinho depois de me dar uma volta? Ah, não! Tinha que ter sido amigo ou pelo menos ter consideração comigo enquanto estávamos saindo, ora pois.