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quarta-feira, 21 de maio de 2008

Palhaço invejoso

O palhacinho em questão é um ex-namorado da dona do picadeiro aqui. Nos conhecemos na faculdade de jornalismo, éramos da mesma sala e depois de um porre homérico no churrasco de formatura, lá estava eu: aos beijos com o cara mais mal vestido que eu já tinha visto na vida.
Bem, vestido ele era um horror, mas despido... Hum, maravilha, coisa linda. Um ano de ótimo sexo, nenhum papo - não existia nada em comum!
Mulher esperta que sou, troquei o palhacinho por um modelo mais novo, calibrado. Casei quatro meses depois e estou até hoje, após três anos: feliz da vida pela escolha.

Abram as cortinas, o espetáculo vai começar!

O tempo passa, o tempo voa e estava eu no MSN, feliz da vida, quando vejo que o contato (já bloqueado e excluído) pediu para adicioná-lo novamente. Pensei: "Ah, o que tem demais?". Aceitei. E papo vai, papo vem, como está a vida, e sua mãe, seu pai, entre outras cositas, começa o show:

Eu: - Vc tá trabalhando com o quê?
Ele: - Virei instrutor de auto-escola.
Eu: - Hum...Bacana.
Ele: - E você?
Eu: - Estou de freela. Escrevo umas matérias pra uma revista de adolescentes e estou feliz com isso, foi uma conquista legal pra mim. Fiz a minha primeira capa esta quinzena, pode ir na banca ver. Está lá: "Vida real: Transei porque bebi demais" - a matéria é minha. Pode me dar os parabéns! Rsrsrsrs
Ele: - Foi baseado na sua vida?
Eu: - Não nesse caso. É a história de uma menina que entrevistei...
Ele: - Parabéns por ter transado porque bebeu demais... (COMO ASSIM?????)
Eu: - Não, não. Parabéns por ter a competência de escrever uma matéria que não fala sobre você, em uma revista de circulação nacional e ainda ter chamada na capa! (PERDI A PACIÊNCIA!)
Ele: - Ah, parabéns por tudo isso aí então... Vc faz pauta lá também?
Eu: - Depende. Posso mandar a pauta e se eles toparem, faço a matéria.
Ele: -Ah, então sugere umas pautas melhores... A revista que você escreve não é vista com bons olhos não... (COMO ASSIM????)
Eu: - Eu não concordo. E também não me importo com o que você acha ou os outros. Acho bacana o meu trabalho, é gostoso fazer o que faço e ganho por isso. Como eu disse é uma revista de circulação nacional e me sinto orgulhosa em ter conseguido esse espaço na unha, com a minha competência e nada mais. Deixa eu ir, tenho umas coisas pra resolver. Tchau.

(O pensamento era: agora eu me lembro porque o excluí. Eu pelo menos trabalho na minha área, babaca. Vai lá, jornalista-instrutor de auto-escola!!! Que ódio! Palhaço!)

Fecham-se as cortinas. Fim do espetáculo!


Leitora I.O.

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