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quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Palhaço Internacional
Homem é tudo palhaço em qualquer lugar do mundo. Vejam vocês que nas minhas férias eu estava toda-toda em um pub em Londres com Fernanda tomando meu segundo pint de cerveja (segundo Michaelis, pint: n medida de capacidade (Brit 0,568 litro, Amer 0,437 litro). Gente, eu bebi pra caralho!), quando um palhacinho sueco se aproximou. Mal ele encostou do meu lado, perguntou de onde a gente era e começou a conversar sobre turismo, férias, viagem. Um papo muito amigável, devo admitir.

Aí, o pessoal do pub tocou o sino pra avisar que era hora de fazer os últimos pedidos porque já iam fechar. O sueco, muito gentil, fez questão de pagar esta última cerveja para nós duas. A gente já tinha bebido mais que o suficiente, mas quem resiste a “free beer”, né? Aceitamos e acabamos tendo que engolir aquele monte de cerveja bem rápido porque o bar ia fechar. Castigo divino.

Pub fechado, bêbadas, aproveitamos que estávamos na mesma rua do nosso hotel e tomamos a sábia decisão de não esticar a noite.

O sueco disse que ia na mesma direção que a gente. Ok.

Não chegamos nem no primeiro cruzamento da rua e começou o espetáculo.

– É verdade que mulher brasileira coloca silicone na bunda?

Hein? Expliquei que não era na bunda, era no peito. As nossas bundas (uma minha e outra da Fernanda) são de "naiscência". Ali eu já pressenti que estava em frente a um artista circense internacional!

Quando chegamos à porta do hotel, o palhacinho sueco disse a maior piada da noite:

– Eu vou subir com vocês.

HAHAHA! Soltamos gargalhas bêbadas e respondemos em português mesmo, numa só voz:

– Ah, mas não vai, não.

Acho que nesta hora a barreira da língua foi superada e ele entendeu português melhor que sueco, porque meio sem jeito, mas conformado e sem argumentar, disse “bye” e seguiu seu rumo (a Estocolmo, suponho).

Apesar do cara não fazer o meu estilo, ele estava indo bem. Teve um bom approach, foi simpático, falou amenidades, pagou uma cerveja e se ofereceu para nos acompanhar até o hotel, mas não resistiu ao glamour do picadeiro e entrou em cena com um pocket show digno de aplausos.

3 comentários:

lariluz disse...

Palhaçadas internacionais:

1) Qdo eu tinha meus 18 anos e me sentia no auge da liberdade (CNH fresquinha, hahahahaha), conversava já há algum tempo com um americano (não me lembro mais de que Estado ele era) de 34 anos. Tinha um papo agradável, bonitão... Pro meu conceito de "coroa" naquela época, era um dos bem "enxutos"!
Um dia ele me solta que viria passar um mês aqui no Brasil, conhecendo o interior de São Paulo, e que passaria dois dias aqui em Santos e queria me encontrar pessoalmente para um drinque.
Quando nos encontramos, o palhaço se mostrou inconveniente demais, daqueles que pra qualquer assunto soltam uma piadinha obscena.
Em resumo, tentou várias investidas, eu dizendo que não ia rolar (antes de bonito o palhaço tem que ter noção, e disso eu sempre exigi), até que tentou me agarrar à força no elevador do hotel em que ele estava hospedado.
Moral da história: fui embora e não atendi mais às ligações dele enquanto ele estava por aqui.

lariluz disse...

2) Outra de americano! Esse foi palhaço-mor! Estava em férias num cruzeiro pelo Caribe (vendi um rim e as córneas por essa viagem, hahahaha) e conheci um americano do Texas. 28 anos, piloto da American Airlines, papo agradável, ofereceu-me uma bebida. Eu estava viajando sozinha, gostei do approach, toquei o "dane-se" e começamos a dar uns peguinhas.

Primeira noite, ninguém tinha camisinhas, ficamos só nos amassos. Passou a noite na minha cabine, todo cheio de dengos, achei fofo.

Segunda noite, o palhacinho tb não providenciou a dita, daí já foi para o quarto dele.

Terceira noite, eu já muito indignada, comprei algumas (e acabou que ele tinha comprado também). Rolou um sexo (bem ruinzinho, do tipo "miojo" - pronto em 3 minutos) e depois ele foi para a cabine dele. Já tinha perdido pontos comigo: passa a noite toda quando não fazemos nada e vai pra própria cabine depois de rolar???

Último dia a bordo, navio sem paradas em nenhum porto. Ele foi a minha cabine depois do almoço, depois de duas "miojos" o boçal me solta a pérola "I'm done!" (Terminei).

Que diabos, como assim "terminei"? Sexo se faz a dois, e eu precisava de muito mais do que aquilo pra achar no mínimo "bonzinho".

Pra completar a palhaçada, levantou e começou a se vestir, dizendo que tinha "muitas coisas a fazer" (se vc não está num navio a trabalho, que diabos de compromisso inadiável vc pode ter?).

lariluz disse...

Me revoltei e disse que, se ele ia me tratar como uma p***, estava se esquecendo de deixar o pagamento na cabeceira da cama!

Ele me olhou com cara de espanto e disse que não me entendia, que já tínhamos dito que "não tinha compromisso" (eu no Brasil e ele viajando pelo mundo, quem em sã consciência estaria criando expectativas ali???), enfim! O palhaço saiu, eu me troquei e fui pra piscina.

Chego na piscina, está lá o bonitão tomando um drinque e curtindo (nada que não pudesse esperar ou que não pudéssemos fazer juntos).

Conversei com outras pessoas com quem já tinha feito amizade, fingi que não o vi e, quando ele me ligou à noite, não atendi.


Homem é tudo palhaço, em qualquer lugar do mundo!