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quarta-feira, 6 de maio de 2009

Eu, leitora empresária circense

Sou uma mulher casada de 36 anos. Como infelizmente a vida não é perfeita, acabei me entediando no casamento e conheci um palhacinho casado no Orkut. Nós dois fazemos parte de um grupo animado de amigos que bate-papo quase todo dia numa comunidade maravilhosa.

Começamos a conversar no MSN e inevitavelmente pensamos em nos encontrar. Ele mora longe, em outra cidade, mas resolveu dar um baile na esposa e vir me ver. Veio, chegou no fim da manhã, nos encontramos e fomos pro motel. No fim da tarde ele foi embora. Dois dias depois ele viajaria de férias com a família, eu já sabia, e ficaríamos sem nos falar 20 dias. Por mim, tudo bem.

Mas como um membro da classe circense, é claro que ele tinha que fazer uma bela palhaçada. Durante as férias o palhaço entrou no Orkut mas nem me deu um oi. Como sei que ele se péla de medo da mulher, nem dei bola. Ao voltar, na primeira vez que entrou no MSN, ele me sai com uma dessas:

- Estou preocupado com a Fulana (da mesma comunidade do Orkut). Ela disse que quer dar pra mim. Achei que fosse alguma brincadeira, mas ela disse que é sério!

- Você tá me testando?

- Não, não tô te testando... Você é minha conselheira...

Vejam bem, foi a primeira coisa que ele falou comigo depois de voltar da viagem. Inacreditável. Agora o palhaço quer me ver de novo e não entende porque eu não quero.


Leitora N.

Como eu sempre digo, quase todos os espetáculos se resumem a "não precisava". Por mais que seja um caso, por mais que seja só sexo, não precisa ser mal educado, não precisa ser grosseiro, não precisa ser babaca, não precisa ser escroto. A gente nem pede muito, não esperamos príncipes encantados. Só pedimos boa educação, que nos trate com gentileza e consideração, a mesma com que se quer ser tratado, aquela que se trata um amigo, um colega de trabalho, um primo. Enfim, não precisa ser palhaço.

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