Páginas

terça-feira, 26 de maio de 2009

Rapidinha

Madrugada dessas, após um show em certa casa noturna da Lapa, fui desfilar minha beleza morena ao lado da companheira Lolita G. e passamos na porta daqueles bares mais novos e mais arrumadinhos. Um grupo de quatro palhaços quarentões estava acomodado numa daquelas mesinhas redondas na porta. Eram aqueles típicos palhaços que frequentam as casas de samba mais caras em busca de periguetes: enfiados em camisas de botão em pleno sábado à noite, com relogios e jóias vistosas para tentar eclipsar a calvície que começa a dar pinta.

Eis que quando eu passo, um dos brutos, certamente mais velho que eu, manda "não sou rei mas me amarro numa coroa" e os outros três palhaços começam a rir. Magnânima, além de linda, loira e japonesa, nem me dei ao trabalho de responder "mas eu não", apenas fitei o horizonte, empinei o nariz e a bunda e segui em frente sem olhar para o nariz de palhaço do bruto.

Certamente, àquela hora, já tinham perdido a esperança de pegar alguém e resolveram se vingar zoando as empresárias circenses maravilhosas que nem olham para eles. Definitivamente, assim não vão descolar nem um frila em picadeiro algum. Rá!

0 comentários: