Páginas

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Eu, leitora e empresária circense

I. O Palhaço 9090

Estava eu trabalhando em pleno sabadão (pois é vida de gado), desanimada, quando toca meu celular. Número desconhecido. Penso que é algum palhacinho novo no picadeiro e atendo. Para minha surpresa a ligação era a cobrar. Passa a esperança de ser um palhacinho e vem a preocupação, tipo será que esta acontecendo alguma coisa na minha casa? Alguém me ligando as pressas... minha avó não está muito bem de saúde. Fico apreensiva enquanto ouço a musiquinha. Pois é, vai começar o circo:

– Alô?
– Alô? Aqui é o Palhaço 9090, lembra de mim, sou policial lá de Santana de Parnaíba, agente se conheceu no carnaval...
– (putíssima) Lembro sim, mas você esta me ligando a cobrar?
– É, então, estou sim. Desculpa viu, mas eu queria te chamar pra sair... Topas?
– Você está me ligando a cobrar e ainda quer sair comigo?
– É! Ué, qual problema?
– Meu, vai tomar no cu - desliguei na cara dele.

Detalhe: o bruto tava me ligando a cobrar cinco meses depois da gente ter se conhecido. Na hora pensei no HTP!!!


Leitora L.W.



II. O Palhaço internacional


Conheci uma criaturinha liiiinda, um negrão da República Dominicana. Amável, ligava e declarava amor incondicional – o que a gente sabe que não rola no início, mas reconhecemos o esforço em ser agradável. Como ele era outro país, eu ouvia várias histórias e relatos culturais, até que um dia ele comentou comigo da importância de não estar só. Como assim? Entre outras barbáries, disse que não devemos ficar sem liberar os fluidos – sem fazer sexo – pois essa "retenção", além da depressão, causaria enormes malefícios à saúde. Ah, os sinais....

A gente tinha se conhecido via Internet, mas o sujeito realmente se fez presente em (boa) carne e osso, me ligava todos os dias antes e durante a convivência real. Bastou retornar a seu local de origem pra NUNCA MAIS dar uma palavra. Ou seja: PALHAÇADA NÃO TEM NACIONALIDADE!


Leitora A.C.

0 comentários: