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segunda-feira, 31 de maio de 2010

Novas sobre o livro do HTP

Amanhã darei entrevista na Rádio Roquete Pinto - 94,1 FM sobre o livro do HTP. Será às 11h05 no programa Primeira Página, com Luiz André Ferreira.

Mais um passo rumo à Ilha de Caras!

Tá com pena do Palhaço Glamour?

Como o mundo é estranho, até uma Dona de Circo escolada como eu se surpreende vez por outra. Não é que muita gente veio defender o Palhaço Glamour, dizer que ele me dá atenção, que gosta de mim, que sou má com ele? Né que uma empresária circense muito minha amiga disse que ele é um homem de verdade e o melhor que eu andei pegando? Humpf.

Pois sabe que nem sempre foi assim? No começo eu tratava ele muito bem. O negócio foi esse, o bruto ficou de estrela da companhia por um tempo e pronto, tava pensando que era o rei do circo. Vou contar a história toda. Que rufem os tambores, que o Palhaço Glamour está no centro do picadeiro!

Nos conhecemos há pouco mais de um ano. Divertido, chegou em mim me chamando pra dançar num lugar onde "não se dançava". Sorri e ele disparou "então você toma uma cerveja comigo?". Educado e galante, falou que reparou em mim logo que cheguei, mas demorou pra vir falar comigo porque eu era "muito séria" e ele não sabia como quebrar o gelo. Elogiou meu cabelo, disse que eu era linda. Conversamos a noite toda e depois ele me trouxe em casa. Ligou no dia seguinte e saímos de novo. Logo, logo garramos amizade e passamos a nos divertir muito juntos.

Pois bem, parecia ser um casinho promissor. Nos víamos duas ou três vezes por semana, conversamos por telefone de vez em quando, mandavamos um torpedinho aqui, um e-mail ali pra manter aquele contatinho básico, aquela coisa de alimentar o gado. Não ia virar namoro, mas divertia, até fazia um verão, sabe?

Tudo muito bem, tudo muito bom até que sexta-feira dessas, eu não tinha nada pra fazer mermo, resolvi chamar o bruto pra tomar uma cerveja. Fim de tarde, peguei meu celular, saí da sala, sentei num banquinho no jardim da repartição e liguei. Toca umas duas ou três vezes e ouço a voz dele em tom de deboche, cheio de marra "sexta-feira... fala sério... sem compromisso....". Em seguida uma gargalhada masculina e a ligação foi interrompida. Neste momento lembrei do celular do catiço. Um modelo com flip, sem visor externo. Provavelmente, o bruto configurou o aparelho para atender as ligações automaticamente ao ser aberto e não lembrava. Quando tocou, abriu o celular, olhou meu nome, fez a graça com o amigo e pensou que tava me dando um tocobina, sem saber que ouvi tudo.

Sabe como é, palhaços quando se juntam ficam mais palhaços. Certamente ele quis fazer o Número do Bofe (bobo) pra aparecer pro outro palhaço idiota. Como queria continuar me comendo, quando estivesse longe do amigo ia ligar dizendo que não ouviu o telefone e marcar um encontro pro dia seguinte. Ahã.

Respirei fundo, contei até três, respirei mais uma vez e liguei de novo. Dois ou três toques e ele atende, todo ressabiado, como quem sabe que tá devendo. "Eu ouvi, viu?"

- Ouviu o que? Que? O que? Ahn? - Pego em flagrante, o artista circense não sabia como se safar ou se desculpar, chegou a gaguejar.
- Ouvi você atender o telefone, dizer "sexta-feira, fala sério, sem compromisso" e algum amiguinho seu rir. Precisava isso? Você acha bonito isso, é?
- Não, não, nada a ver. Eu tava falando de outra coisa.
- Não sou idiota, não tenta me enganar que você só piora sua situação.
- Não, imagina, eu nunca faria isso com você, sei que você é uma mulher inteligente..
- Eu liguei pra te chamar pra tomar uma cerveja. Você podia ter feito como um adulto e atendido, me tratado com o respeito que te trato. Era só dizer que não podia, que já tinha marcado outra coisa. Eu ia dizer pra você me ligar quando pudesse e ia ligar pro próximo da agenda. Tudo ficava como antes. Não me interessa quem você come quando não tá me comendo. Mas não, como tava com outro palhaço quis aparecer. Precisava se comportar como moleque, mostrar que também tem idade mental de 12 anos...

O bruto começou a se desculpar, inventar lorotas, dizer que eu tava fazendo tempestade em copo dágua, que não era nada disso, que não queria me perder, que ia me mostrar que eu tava enganada, que eu tava com ciúme, que ia vir na minha casa, blábláblá whiskas sachê... Cortei a falação.

- Não vai me convencer.
- Vou te ligar quando você estiver mais calma pra gente conversar.
- Liga e tenta a sorte. A partir de agora é assim, tenta a sorte, palhaço. Se eu não tiver nada pra fazer de repente te vejo, mas olha só, veja bem... NUNCA, NUNCA mais vou te ligar.
- Ah, você não vai ter coragem de me tratar assim....

Um ano depois ele continua me ligando, continua tentando a sorte.

****

Outro dia tava voltando da praia com uma amiga e passei por ele na rua. Dei um oi e segui. No dia seguinte ele me ligou "você continua gostosa e marrenta, né? Por que não falou comigo direito?". Apenas dei uma gargalhada e respondi "você merece". Noutra ocasião ele perguntou se eu penso que ele só funciona na porrada. Relembrei o episódio daquela sexta.

E aí, continua com pena?

domingo, 30 de maio de 2010

Palhaço estilista ou astrólogo?

Ontem saí para dançar com a gangue de mulheres loucas. Fomos na festa Arriba, na sede do Bola Preta. Tamos lá, gastando nosso gingado na pista, quando um bruto de camiseta regata me cutuca. Pois é, acho que mulher nenhuma gosta de ser cutucada, mas como a vida é bela, estava uma linda noite de lua cheia e eu tava muito feliz, não mandei ele circular logo. Resolvi ser simpática e ouvir o que o palhaço tinha a dizer.

- Seu vestido é de primavera e nós não estamos na primavera.
- Hein? - eu até tinha ouvido, mas não acreditei que tivesse entendido certo. Ele me cutucou pra criticar minha roupa, foi isso mesmo?
- Eu disse que seu vestido é de primavera, mas nós não estamos na primavera.

Eu trajava um simpático vestido colorido, que já recebeu elogio de muitos palhacinhos. Apesar de estar uma noite fresca de outono, escolhi um vestido sem mangas por ia dançar e o local não possui ar condicionado, apenas ventiladores.

- Peraí, você me chamou pra criticar minha roupa? Você é estilista? Trabalha como moda? - perguntei já gargalhando.
- Qual é seu signo?
- Peixes....
- Ascendente em Gêmeos!
- Não, em Touro...
- Essa não!
- O meu signo é tão ruim quanto meu vestido? Signo eu não pude escolher...
- Não é isso, então esquece tudo que eu disse... eu achava que você tava com um vestido de primavera por causa do seu signo...
- Cara, esse teu papo é muito ruim. Chega, tá?

É, tentei ser simpática, mas não dei. Mandei o catiço circular.

Sucesso!


Livraria da Travessa da Avenida Rio Branco. Foto enviada pela leitora Erika Roberta. 
Amanhã vou passar lá pra conferir ao vivo!

sábado, 29 de maio de 2010

As Donas do Circo querem saber!

Qual sua palhaçada favorita das postadas até hoje? Qual você quer encontrar no livro?

Poooodres de famosas!

Já leram a matéria do palhacinho querido deste blog, o Nelson Vasconcelos, no caderno Ela de hoje? Para quem não tem acesso ao jornal impresso, dá pra conferir a versão no Globo Online: Livro expõe com humor vacilos e cantadas desajeitadas dos homens.

Ai, ai.... Ilha de Caras, tremei!

sexta-feira, 28 de maio de 2010

Como é bom casar, não é mesmo?

Eu sei que o mundo está diante da TV, paralisado por notícias da Copa do Mundo e do lançamento do livro do HTP. Normal, entendo. Afinal são dois fatos de tamanha importância que seria até estranho se não causassem tanta comoção.

Mas, seguindo os conselhos do adorável Fred Mercury, que já não está mais entre nós .. the show must go on .. as palhaçadas continuam ainda que a expectativa seja enorme para o evento do próximo dia 5. O picadeiro nunca para, sempre nos surpreende, e hoje, leitores, amigas e palhaços, venho aqui relatar mais um fato digno deste picadeiro. É claro que envolve um homem, uma mulher e uma falta de LOÇÃO sem limites nesse mundo.

Pois bem. Estava eu, a relatora, saboreando um café da manhã digno de Rei Momo em uma aprazível localidade do interior. Hotel confortável, dia lindo de céu azul. Como acordei tarde, já degustava pães quentinhos praticamente sozinha no salão, tendo como diversão (além da comida, claro) um grupo que, sentado na varanda, tomava um solzinho (que deu as caras após alguns dias de frio e chuva).

A paisagem era exeburante. Apesar de estar cercada de vidros por todos os lados, podia ver a natureza em seu máximo esplendor do lado de fora. Tudo tão limpo que pensei na quantidade de vidrex que tinha sido gasta ali. A porta de vidro que dava acesso à varanda estava aberta o suficiente para passar assim ... uma pessoa muito magrinha e ainda assim de lado. Na varanda, um palhaço de uns 50 e poucos anos falava ao telefone (em um tom um tanto quanto alto) acompanhado de um palhaço-adolescente e da dona do hotel, que de pé dava pinta de simpática.

Súbito, entra no salão uma loira platinada, surgida sabe Deus de onde, de bota e casaco de couro (apesar do sol fazia frio), ostentando muitas sacolas de compras, óculos até o joelho, brincos de ouro e um sorriso de orelha a orelha. Acenou para o grupo lá fora, tomou uma reta e ... meteu a cara no vidro!

Foi tão forte que a pobrezinha chega caiu para trás, apesar de ter mantido as sacolas de compras nas mãos. O óculos ficou torto, a boca logo deu sinais de manchas vermelhas e a pobre não escondia aquele estado meio zonzo .. na linha .. "onde estou? que mundo tão estranho ...".

Eu levei um baita susto porque a porrada que ela deu no vidro fez um barulho enorme. A dona do hotel logo correu para ajuda-la e abriu a porta toda. O mesmo movimento fez o garçom que me atendia. Assim que a dona do hotel abriu a porta de vidro, ouvi o palhaço, aquele de 50 e poucos, que ainda estava ao telefone, dizer entre muitas risadas quase histéricas:

- Filha .. você não sabe o que aconteceu .. kkkkkkkkk ... sua mãe ... kkkkkkkk ... sua mãe deu uma pancada aqui na porta ... kkkkkkk ... de cara, filha .. kkkkkkk.... quase cai, filha.. kkkkkk... tá até meio tonta... kkkkkkkkk ...

Terminada a frase (mas não o riso incontrolável) ele n-ã-o-s-e-m-e-x-e-u. Pior, encontrou no outro filho, o adolescente que estava ao seu lado, um parceiro de risada. Enquanto providenciavam gelo para a loira platinada colocar na testa já roxa, os dois continuavam o espetáculo da risadinha.

Não dá orgulho ter um marido e um filho assim?

quinta-feira, 27 de maio de 2010

A volta do Palhaço Glamour

Desde que voltei de viagem ele vinha me ligando todos os dias, até o ápice de acordar sem entender o que tava acontecendo e ver o nominho dele piscando no display do meu telefone fixo. Eram 9h da manhã do sábado seguinte ao meu retorno. Ninguém merece e não atendi.

Na segunda-feira ele ligou de novo, de outro número. Distraída, atendi. Tava preocupadíssimo comigo porque sumi. Oi? Vinha ligando todos os dias, em horários diferentes, passava em frente ao meu prédio todos os dias e até perguntou de mim aos porteiros, mas ninguém sabia de nada (rá, os portêro tudo é parcêro). Praticamente me deu uma bronca por deixá-lo indócil sem notícias. O motivo de tanta inquietação, segundo ele, foi um sonho estranho que teve comigo 15 dias antes. Ah, tá.

- Eu tava viajando, da última vez que nos falamos te disse que ia tirar férias e viajar.
- Mas não disse que ia demorar tanto, não disse quando voltava. Fiquei pensando se tava viajando mesmo ou se tinha acontecido alguma coisa com você.

Eu devo merecer. Depois do Número do Palhaço Preocupado, me chamou pra sair. Recusei e expliquei, pela vigésima vez, que não quero mais sair com ele, que da última vez que nos vimos já não foi legal e, principalmente, que me ligar várias vezes seguidas não vai me fazer querer vê-lo, ao contrário.

- Broxou, né?
- É, broxei.
- Tudo bem, mas continuamos amigos, né? A gente podia tomar uma cerveja pelo menos.
- Hoje não, tô ocupada terminando um texto. A gente se vê por aí, mais fácil. O mundo é pequeno, qualquer hora nos esbarramos.
- Tudo bem, mas é porque você broxou que eu vou parar de te ligar. Tô feliz de saber que você tá bem.

Quase perguntei como é que eu fazia pra ele parar de ligar, mas simplesmente desliguei.
Você, querido leitor, palhaço com um mínimo de loção, depois dessa não ligaria nunca mais, né? Humpf.

****

Tô eu em casa quinta à noite terminando um artigo importante, era o último dia e eu não queria perder o prazo. Toca o telefone fixo e eu atendo quase sem pensar.

- E aí, gata, tá melhor?
- Palhaço?
- Sou eu!
Respiro profundamente, entoo o mantra pedindo paciência e pergunto "melhor de que?".

- Ah, naquele dia que te liguei você não tava legal, parecia meio triste, não quis me ver...

E lá vamos nós... expliquei que não tava triste, só ocupada, mas que de qualquer jeito não quero mais vê-lo.

- Ah, vamos fazer uma brincadeira gostosa mais tarde?
Gargalhada. Lembrei que já tinha dito que não queria mais sair com ele.
- Pô, gata, não quer fazer o pente comigo?
- Não. Nem pente, nem escova, eu já te disse.
- Pensei que naquele dia você tinha dito não porque não tava bem. Tà bom, não vou insistir, não quero ser chato. Outra hora eu te ligo. Não vou deixar de te ligar.

É, já me conformei que ele não vai parar de ligar. Acho que vou ter que mudar o número do telefone fixo.

****

Mal desliguei, telefonei pro meu amigo Palhaço Vicente e contei. "Caralho, esse cara é um frasista, só perde pro Romário!".  Pois é, apesar de ser frequentadora debailes funk, foi a primeira vez que me chamaram pra fazer um pente. Mó Glamour!

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Vejo vocês lá!

Eu, leitora e empresária circense

Estava eu numa baladinha essa semana, tudo normal até que, no meio da noite, um amigo de um amigo chega em mim.


- Oi tudo bem?
- Tudo.
- Onde você comprou o seu sapato?
- Por que, você quer um? - disparei, achando que tinha arrasado na resposta.
- Não, quero processar a loja, porque ele é feio pra caralho!!!

Lembrei do HTP na hora!

Leitora P.N., Brasília


*****

Resolvi trocar meu palhaço de 31 anos por um palhacinho de 20. E, realmente, homem é tudo palhaço, não importa a idade. Após aprontar uma daquelas típicas dessa idade, o brutinho me olha na hora do jantar e diz:
- Eu te amo!
Permaneci calada, quase perco a fome com tanto romantismo.
- Você não diz que me ama nem a pau né? - reinvidicou.
Continuei concentrada na minha refeição e apenas respondi friamente:
- É porque eu não gosto de mentir...


Ora, o catiço me trai descaradamente numa festa depois vem me dizer que me ama? Palhaçada demais pra um homem só!

Leitora F.P.

***

ex-namorado: Oi, fazendo o q?
eu: Estudando.
ex-namorado: Vamos sair hj?
eu: Não, prefiro estudar.
ex-namorado: Vc vai estudar de 23h até às 4h?
eu: Não, prefiro dormir. Quando eu era sua namorada vc nunca queria sair.
ex-namorado: Mas quando você era minha namorada eu já ficava contigo sem sair...


Leitora J.R.

Palhaços mentem mais. Mas nós mentimos melhor!

Um repórti queria a nossa opinião sobre a pesquisa britânica que diz que homens mentem mais que mulheres. Entretanto, dado ao adiantado da hora, a matéria foi pro pau sem que ele conseguisse fazer contato conosco. Mas já que ele perguntou, agora eu vou dizer. Eu acho que os homens podem até mentir mais, mas sem dúvida as mulheres mentem melhor! Ou vai me dizer que uma mulher ia sumir por três dias e depois dizer pro peguete que sumiu porque ficou presa em um curso de imersão no trabalho? Já viu alguma mulher dizer que não pôde encontrar o ficante numa sexta à noite porque estava internada e não quis atender ao telefone só para não deixá-lo preocupado? Não, respeitável público, uma mulher sairia destas situações com desculpas muito mais verossímeis.

E antes que digam que estou puxando a sardinha pro nosso lado, adianto que isto também é apontado pela pesquisa: 55% dos britânicos entrevistados acham que as mulheres contam mentiras melhores, embora mintam menos.

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Palhacinho modesto

Postado na Comunidade do HTP no Orkut, no tópico sobre o livro Homem é tudo palhaço.

Eu comprei
Comprei na Saraiva e vou dar para a minha namorada no Dia dos Namorados! Para ela ver q tem palhaço pior do que eu por ai..........rsrs

A notícia que todos esperávamos!

Está marcado o lançamento do livro do ano: festinha happy hour pós praia na Argumento no sábado, dia 5 de junho. 

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Palhaço Bizarrinho

Mas o livro do HTP nem teve lançamento oficial ainda e os palhacinhos já estão frenéticos. Lembram do personagem O Bizarrinho, popular no meu blog pessoal O mundo é estranho há uns anos? Pois não é que ontem eu soube que o bruto anda espalhando pelos bares de Belo Horizonte, aprazível localidade onde fixou residência, que ele foi a inspiração do HTP e, por conseguinte, do livro Homem é tudo palhaço? Parece que o bruto afirma que só criei o blog por causa dele. Dizem que bate no peito pela noite se vangloriando, dizendo que o livro existe graças a ele.

Sensacional, né não? Biza deve andar meio esclerosado ou um tanto mais desgovernado desde que trocou o Rio por BH. É de domínio público que a inspiração do HTP é o Dr. Trololó. Esse, apesar de maluco emérito, não se vangloria de ser meu primeiro muso circense e prefere não ser identificado.

Quando conheci o Biza eu já tinha criado os dois blogs. Além disso, que me lembre, de tão estranhas suas peripécias iam pro OMEE e não pro HTP. Sinto te decepcionar, mas você não foi a inspiração dos blogs, no máximo, de  uns posts engraçados.

O que é a ânsia pela fama, hein? Pois bem, Biza, você conseguiu, logrou êxito! Finalmente veio para o centro do picadeiro. Os holofotes são seus por hoje. Aproveita que amanhã o palhaço da vez é outro. ;-)

****

Nota: Educado, no lugar de se vangloriar por aí, meu muso inspirador mandou um e-mail com assunto "Do Dr. Trololó":

Que belo livro hein Robertinha? Fico feliz com a publicação e de saber que de certo modo ajudei como um bom palhacinho o surgimento da obra. beijo, Trololó.

Não é fofo?

Hoje, quando combinamos a entrega do seu exemplar autrografado, ele se despediu  "Que a fama não perturbe essa mulher intragável e doce que vc é. beijo". Na assinatura ainda fez uma brincadeira misturando as sílabas do próprio nome com as de Trololó.

É palhacinho, mas é fofo.

Entrevista na Rádio Eldorado AM

Hoje de manhã concedi (que não sou mulher de sair dando assim) entrevista sobre o lançamento do livro do HTP para a Rádio Eldorado AM. Quem perdeu não precisa ficar triste, já está disponível online no site da rádio.

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Ao vivo!

Amanhã, às 9h40, vai ter entrevista ao vivo sobre o livro do HTP na Rádio Eldorado de SP.

Fresquinha

De: Amigo de infância
Data: 19 de maio de 2010 09:11
Assunto: Fulano, o palhaço
Para: Roberta Carvalho



meu primo quer te comer
hahhaahhaahahhaahah
  
Cheguei na repartição hoje de manhã e abri meu e-mail. Encontrei a mensagem acima, de um grande amigo. Detalhe: o primo Fulano nunca me viu. Ai, o preço da fama...

Eu, leitora e empresária circense

Provando que homem é tudo palhaço, em qualquer lugar do mundo, a leitora R.S. se animou com meus relatos chilenos e bolivianos e enviou umas rapidinhas argentinas, que ela viveu na primeira vez que foi trabalhar lá.

I) Palhaço taxista qdo percebeu meu sotaque
- Brasileira?
- Sim.
- Brasileira faz tudo que quer, né?
- Como assim?
- Tipo, se tá com vontade de fazer coisas, faz né? Não importa se tem namorado, noivo, marido…
- ?

II) Outra de palhaço taxista internacional:
- Brasileira?
- Sim…
- Morei no Brasil um tempo, era caminhoneiro..
- Hum…
- Arrumei uma namorada lá que não quis me deixar voltar…
- …
- Tinha corpão, brasileira tem tudo corpão. Mas são feias de rosto.
- ??

III) No meu último dia de trabalho, depois de 30 dias trabalhando com um mesmo grupo, um dos palhaços solta:
- Nossa, você nem parece brasileira. (Falou como se estivesse me elogiando!)
- Como assim?
- É que você ficou aqui 30 dias e não transou com ninguém!
- ???


Leitora R.S.

terça-feira, 18 de maio de 2010

Bolivianas

Já voltei há cinco dias e o circo não para, melhor eu encerrar logo a sessão de bolivianas e chilenas pra voltar a contar as palhaçadas cariocas. Vamos lá, que rufem os tambores!

2º Dia
Não contente com a atuação no primeiro dia e muito menos se intimidando com nossas 'simpatia', o guia boliviano tratou de continuar sua apresentação e garantir um espetáculo diário. Tamos nós lá, mais frio, mais cansadas e mais saco cheio dele nos geiseres a caminho do Salar de Uyuni. Havia uma piscina de água termal e os meninos resolveram entrar. Eu e Fernanda não nos animamos, afinal, com uma temperatura perto de 0 graus celsius do lado de fora e um vento gelado do capeta, a piscininha tépida não nos deu motivo. Tamos lá as duas comentando os biquinões das européias, a belíssima envergadura de peito dos holandeses praticantes de snow board e quetais quando se aproxima o Palhaço Guia. Ele sempre vinha numa de dar informações sobre o lugar - diga-se de passagem, sua obrigação como guia - pra gente se distrair e, em seguida, emendava alguma tirada palhaça. Eu, mulherzinha intragável que sou, só balançava a cabeça concordando enquanto tiritava semicongelada.

Sorridente, o bruto perguntou se eu tava bem e se estava triste, porque falava pouco. Resmunguei que meu espanhol não era bom, que preferia ficar quieta. Holofotes no centro do picadeiro! O palhaço não titubeou "você precisa é de um boliviano pra treinar". Eu e Fernanda nos olhamos e saímos de perto. Fomos fotografar flamingos do outro lado.

3º Dia
Depois de conhecer o Salar propriamente dito, o Hotel de Sal e a Isla Pescado, rumamos pra cidade de Uyuni. A volta foi uma aventura, mas isso é assunto pro OMEE. Na porta da agência onde trocaríamos de jipe para voltar a Atacama, Cecílio, o Palhaço Guia, veio se despedir. Sorriu, apertou nossas mãos (felizmente não ousou dar beijinhos) e avisou que viria ao Brasil nos buscar. Ah, tá. Estarei esperando ansiosa.

Olha, eu achei palhaçada!

Livro do HTP

Uma leitora avisou nos comentários que está a venda na Saraiva. Dei uma busca e encontrei também na Travessa e na Americanas, Cultura e Martins Fontes.

Já sabem, né? Durante, no mínimo, os próximos dois anos vocês só vão dar de presente o nosso livro. É aniversário da mãe, do pai, da melhor amiga, da sogra, é amigo ou inimigo oculto... o presente é o livro do HTP!

sábado, 15 de maio de 2010

Finalmente!

sábado, 8 de maio de 2010

Chilenas (atacamenhas)

O que eu não faço pelos meus leitores? Tô na lan house mais escura e xexelenta do mundo, só pra atualizar vocês das aventuras da minha caravana circense. Cansei de brigar com o teclado por acentos, depois ajeito. Estranhamente, é meio difícil achar esse tipo de estabelecimento aqui em Santiago, pelo menos nos bairros de Bellavista e Providencia, onde circulo. Em San Pedro de Atacama havia muito mais! 

Mas vamos ao que interessa. Na última postagem, eu tava em San Pedro, fazendo hora pro ônibus que saía às 4h. A novela do Cecílio ainda tem outros capítulos e eu pretendia postar todos, mas perdi tempo brigando com o teclado e quando vi eram 3h20. Ainda tínhamos que ir na pousada buscar os mochiloes, voltar tudo e atravessar a estrada pra pegar o ônibus pra Calama. Fernanda que deu o alarme "caralho, vamos nos foder". Levantei correndo e publiquei sem revisar (na verdade eu pretendia só salvar, mas publiquei na pressa e deixei, depois dou uma guaribada). 

Enquanto minha companheira de viagem pagava, percebi uma movimentação estranha no balcao. Ela avisou que ia me esperar do lado de fora. O catiço balconista me olhou e mandou a pergunta infalível "brasileña?". Ao ouvir a resposta afirmativa, o bruto abriu um sorriso e comecou a cantar "Ô, ô, ô, ô, ô, ariá, raiô. Obá, obá, obá". Inacreditável. Quase mandei "sai da minha frente que eu quero passar", mas ele podia achar que eu não queria pagar pelo serviço utilizado. Tá pensando que a performance acabou? Humpf. "Arraial do Cabo é muito melhor que Ipanema!". Cara de tédio, perguntei quanto devia e avisei que meu onibus pra Calama saía em alguns minutos. 

Do lado de fora, Fernanda confessou ter presenciado espetáculo semelhante, com direito a exibição de uma pulseirinha brasileira. "Ele achou que a gente ia tirar um penacho e uns tamancoes da bolsa e começar a sambar na praça".


Homem é tudo palhaço, até em San Pedro de Atacama. 

PS. Quando achar outra lan house termino as histórias de Cecílio, o guia palhaço. Agora vou tomar uns chopex no Liguria, que eu mereço.

terça-feira, 4 de maio de 2010

HTP, o livro

Leitoras, fãs, palhaços, amigos em geral,

HTP, o livro, já existe. Já está prontinho, prontinho para ser lançado. Adianto que ficou lindo!
Avisaremos a data assim que todos os patrocínios e entrevistas forem marcadas. Sabem como é, né? O sucesso, a fama .. Afff ...

Reservem um lugar na agenda, corram para comprar seu exemplar. Aguardem notícias!

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Bolivianas

Não é porque a Dona do Circo está em férias que o picadeiro fica parado. Sabe como é, minha caravana circense segue pelo mundo recolhendo novos talentos e mostrando que homem é tudo palhaço, em qualquer lugar.

Minha companheira de viagem, Fernanda, comentou como é bom e ruim ser brasielira no estrangeiro. Todos são simpáticos com brasileiros, todos adoram o Brasil. O negócio é que se você é mulher todos os homens acham que vão te comer, o que raramente é verdade, afinal, os homens interessantes são educados e, se pensam que brasileiras são vagabundas, não dizem isso na sua cara. Já os boitatás (espécie de palhaço sem noção nenhuma) ao ouvir que somos brasileñas, e em seguida que somos do Rio de Janeiro, imediatamente dizem "Ôôô, cariôôcas, calieeeeentes, alegres, bailam samba" e já vão botando a mão na gente. Odeio contato físico com desconhecidos, especialmente com desconhecidos feios.

Como todos sabem (ou deveriam), estou de férias no deserto do Atacama. Semana passada fui conhecer o Salar de Uyuni, na Bolívia. Além de mim e Fernanda, nosso grupo era formado por dois holandeses, um francês e o guia boliviano, Cecílio. A viagem foi maravilhosa, mas isso é assunto para o OMEE, aqui vamos nos contar as peripécias de Cecílio.

Logo no primeiro dia, um frio do capeta, a gente lá trincada naquela ventania abaixo de zero, quando saímos do carro na primeira parada Cecílio perguntou se estávamos tristes. Fernanda respondeu que távamos adorando, mas sentindo muito frio. Rapidamente o palhaço mandou que as brasileiras que ele costuma conhecer são mais alegres, animadas, calientes, mas que nós éramos quietas. Me limitei a um sorriso amarelo que para bom entendedor significava "cala a boca e não enche o saco" e Fernanda repetiu que távamos felizes, mas com frio. Não contente, o bruto disparou "é que elas estão sozinhas, por isso estão tristes. Mulheres sem um companheiro ficam tristes. Se estivessem acompanhadas estariam felizes". Os palhacinhos companheiros de viagem pelo menos eram educados e são responderam, saíram de fininho. Fernanda e eu olhamos com cara de "vai tomar no teu cu" e saímos também, deixando o palhaço todo sorridente com o número de abertura. 

Se tem uma coisa que me deixa puta e me ofende é gente que acha que mulher solteira não é feliz, que tá em busca de marido. Pois é, voces já imaginam como fiquei feliz e como achei nosso guia um cara legal. Com certeza, podem imaginar ainda como passei a ser simpática.